Nunca Atrasado, Nunca Longe romance Capítulo 2369

“Ainda tenho a minha carreira em que pensar”, ela declarou depois de engolir a comida.

Quem disse que você não pode ter carreira e amor? Lucas a estudou em silêncio, com as sobrancelhas franzidas de preocupação. “Peça a Cauã para ajudá-la em sua carreira.”

Na verdade, esta seria a maneira perfeita de unir o útil ao agradável, podendo aproximá-los, sem afetar a carreira de Jéssica. Mas, por alguma razão inexplicável, ela não conseguia reunir coragem para aceitar Cauã. “Para ser sincera, acho que tenho fobia de me apaixonar. Sou muito insegura e estou com medo!” Ela se sentia confortável perto de Cauã, mas a ideia de estar em um relacionamento com ele a assustava profundamente.

“Do que você tem medo? Que ele abandone você um dia? Ou o contrário?”

Como Jéssica havia perdido os pais, não confiava em ninguém.

Lucas conseguia entender de onde vinha o seu medo, mas não conseguia entender por que ela se recusava a dar a Cauã a chance de protegê-la e cuidar dela.

Jéssica franziu os lábios. “Também não sei do que tenho medo.”

Era normal uma mulher se sentir insegura, mas não ao ponto de evitar os seus próprios sentimentos.

Lucas continuou investigando. “Quando você planeja enfrentar os seus sentimentos?”

A visão dela ficou ligeiramente turva. Ela não tinha uma resposta, pois não sabia quando finalmente se abriria e aceitaria Cauã, ou quanto tempo ele estaria disposto a esperar por ela.

A atmosfera era sombria e a conversa bastante monótona. Mas, apesar disso, a refeição não foi totalmente em vão, pois Lucas passou a ter uma compreensão mais profunda de Jéssica.

Na manhã seguinte, a luz do sol entrou no quarto e iluminou Jéssica, que lentamente abriu os olhos e massageou as têmporas, tentando desanuviar a sua mente. Pegando o telefone, ela percebeu que Cauã havia ligado para ela inúmeras vezes na noite anterior. Todas as suas chamadas perdidas tocaram o seu coração. Não posso reclamar dele. Eu deveria tentar aceitá-lo, certo? Jéssica refletiu enquanto abria as cortinas.

O telefone dela tocou novamente. Era Cauã. “Onde você está? Vou buscá-la.”

Jéssica sentiu um nó na garganta. Por um tempo, ela não conseguiu formular uma resposta adequada. Ninguém nunca se importou comigo como ele.

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