Nunca Atrasado, Nunca Longe romance Capítulo 7

No entanto, não havia tempo para pensar sobre o que ela havia sentido. Não ousando olhar nos olhos de Felipe novamente, ela correu para o banheiro.

Batendo a porta, Vivian se encostou nela, com o coração batendo rapidamente no peito.

Foi por pouco! Mais um pouco e...

Apenas o pensamento do que poderia ter acontecido a assustava. Ao mesmo tempo, ela estava um pouco confusa.

Estamos oficialmente casados, então, tecnicamente, fazer “aquilo” seria normal e razoável. Foi maldade minha fugir assim?

Enquanto ela se perguntava isso, o olhar perigoso de Felipe passou por sua mente novamente. Ela não pôde evitar o arrepio que percorreu sua espinha.

Esta era apenas a terceira vez que ela e Felipe se encontravam. Ela não podia aceitar que eles tivessem relações sexuais, assim, tendo se conhecido há tão pouco tempo.

No entanto, levando em consideração sua reação, será que isso significava que seus colegas homens estavam errados? Felipe aparentemente tinha ficado excitado, assim como qualquer outro homem. Então, isso significa que ele não era afetado de forma alguma “naquilo”, apesar de ser uma pessoa com deficiência?

Percebendo para onde seus pensamentos estavam indo, ela se repreendeu mentalmente.

Vivian Souza, o que você está pensando? Por que você se preocupa se ele consegue ou não fazer aquilo? A única razão pela qual você se casou com ele foi para conseguir o registro de naturalização de São Paulo! Pare de pensar em todas essas outras bobagens!

Porém, havia uma coisa que era muito estranha.

Quando ela caiu no colo de Felipe agora há pouco, ela acidentalmente tocou suas pernas.

Ela sempre pensou que pessoas em cadeiras de rodas tinham pernas finas e fracas, por não conseguirem usar os músculos. Curiosamente, suas pernas eram bastante firmes. Elas não eram como as pernas de um homem com deficiência deveriam ser...

Toc, toc.

A batida repentina na porta do banheiro interrompeu seus pensamentos caóticos.

Dando um pulo de susto, Vivian levantou a cabeça para olhar para a porta. "O quê?"

"Abra a porta." A voz profunda de Felipe falou do outro lado.

Seu coração saltou para a garganta e ameaçava sair pela boca.

Abrir a porta? Por quê?

Recordando o olhar lascivo do homem agora há pouco, seus dedos agarraram a pia com mais força, enquanto sua imaginação corria solta.

Como Felipe não obteve uma resposta, falou novamente: "Você deixou cair uma coisa."

Com essas palavras, seus pensamentos pararam, e ela logo hesitou. Depois de um tempo, se aproximou da porta e abriu um pouco.

Uma mão fina apareceu, com uma toalha branca e felpuda.

Vivian foi pega de surpresa.

“Você estava procurando por isso, não estava? Foi por isso que você saiu.” Havia um tom quase que imperceptível de diversão em sua voz, fazendo-a corar intensamente.

“Obrigada,” murmurou enquanto aceitava a toalha. Ela rapidamente fechou a porta depois disso.

Quando ela terminou de se secar e de se vestir, saiu do banheiro e encontrou Felipe já vestido com um pijama de seda azul marinho. Ele estava sentado na cama, com o laptop nas pernas. Seus dedos deslizavam pelo teclado rapidamente, enquanto ele parecia absorto no que quer que estivesse fazendo.

Essa cena fez com que a curiosidade de Vivian ressurgisse.

Ela pensou que como ele tinha dificuldades para se locomover, haveria muito mais empregados para cuidar dele. No entanto, havia apenas Maria e Luís na casa inteira para atender suas necessidades. É estranho que ele não tenha um cuidador.

Como ele subiu na cama sozinho? Ele não precisa tomar banho?

E cá estava eu, preocupada que ele tivesse problemas para se limpar. Mas ele já até tomou banho? Espere um minuto, ele tomou banho em outro lugar que não aqui? Isso significa que ele tem outra mulher?

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