Nunca Atrasado, Nunca Longe romance Capítulo 766

Vivian tinha visto claramente um gafanhoto entrar na sala. Como sempre teve pavor de insetos, ela ficou pálida na mesma hora. Ao vê-lo entrar, pensou que ele sairia pela janela, mas o bicho acabou indo em sua direção e pousando em seu braço.

Desesperada, ela ofegou e tentou fugir, mas de alguma forma acabou tropeçando e caindo nos braços de Felipe.

O calor de seus corpos os acalmou enquanto ela olhava desajeitada e com medo para ele. Ele envolveu um braço em volta da cintura dela e um sorriso encantador e satisfeito surgiu em seu rosto.

Lucas conhecia sua mãe muito bem, e estava bem ciente de seu pavor por todos os tipos de insetos. Vendo que o casal havia reagido exatamente como desejava, ele riu em silêncio e se preparou para realizar a última fase do plano.

Enquanto isso, o gafanhoto já havia sido pisoteado até a morte por Felipe. Desvencilhando-se dos braços de Felipe ela o encarou, com as bochechas coradas em um tom profundo de vermelho.

“Tudo bem?” Ele perguntou preocupado.

“Tudo.” Pensando que isso era tudo o que diria, ele ficou surpreso quando ela seguiu com: “Obrigada.”

A mãe de Vivian costumava ficar constantemente doente e precisava beber ervas medicinais tradicionais, mas sua família era pobre e não tinha dinheiro para comprá-las. Então, ela não teve escolha a não ser colhê-las e reprimir seu medo e nojo toda vez que pisava na grama alta infestada de todos os tipos de insetos.

Como resultado, ela eventualmente desenvolveu uma fobia. Suas pernas ficavam fracas só de vê-los de longe.

Graças a Deus que Felipe está aqui.

Ela não tinha certeza se seria capaz de permanecer sã até que Lucas fosse salvo.

“Está tudo bem. Já foi.” Percebendo que Vivian estava olhando fixamente para o nada, assumiu que ela ainda estava assustada.

Ele deu um passo à frente e a abraçou, acariciando suas costas na tentativa de acalmá-la.

Depois de um longo tempo, ela se afastou, provando que estava bem. Antes que ele estivesse disposto a soltá-la.

“O que é aquilo?” Vivian viu uma bolinha de papel na porta que não havia notado antes.

“Fique aqui. Vou dar uma olhada.” Ele instruiu imaginando ser uma armadilha.

Preocupada, ela o alertou: “Ok. Tome cuidado.”

Felipe parou no caminho.

Quanto tempo faz desde a última vez que ouvi essas palavras carinhosas? Quanto tempo faz desde que ela falou comigo de bom grado? Quanto tempo faz desde a última vez que a ouvi com uma voz tão suave e gentil ao falar comigo?

Ele não conseguiu evitar que um sorriso crescesse em seu rosto.

As palavras “Durmam na cama” estavam escritas com uma caligrafia elegante, mas infantil.

Ele deu uma segunda olhada na mensagem e a entregou a Vivian, querendo saber sua reação. Um choque passou pelo rosto dela e suas sobrancelhas se juntaram.

Assumindo que ela não aceitaria aquilo, Felipe sugeriu: “Pode ficar com a cama. Eu durmo em uma das cadeiras.”

Após dizer isso, ele se virou prestes a ir para uma delas.

Mas ele mal tinha dado mais do que alguns passos quando Vivian se agachou de repente, e começou a tremer.

“Felipe!” ela choramingou, soando claramente como se estivesse com dor e desconforto.

Ele rapidamente correu em sua direção, sem saber o que fazer.

“Vivian? Vivian, o que aconteceu?”

Seu coração doía ao vê-la daquela maneira e ele só queria ajudá-la, mas não tinha ideia do que se passava.

Eu apenas me virei e agora ela está tremendo de dor. O que está acontecendo?

Sem tempo a perder, ele estendeu a mão e a apoiou sob o pescoço de Vivian, ajudando-a a ficar em uma posição mais confortável.

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