O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 144

"Carlos Rodrigues, por favor, afaste-se."

Carlos Rodrigues olhou para Guerrero, seus olhos cheios de descontentamento, mas, por minha causa, ele se conteve e não explodiu.

Seu olhar fixou-se em meu rosto, carregado de súplica e amor.

"Larissa, podemos conversar a sós?"

"Não."

Respondi sem emoção.

"Não há nada entre nós que precise ser discutido."

Eu não queria me envolver com ele, simplesmente passei por ele, mas subestimei a persistência de Carlos Rodrigues.

Quando eu estava prestes a fechar a porta, ele segurou-a aberta com a mão, seus olhos vermelhos de desespero, parecendo extremamente abatido.

Ele me olhou desesperadamente.

"Larissa, eu não posso viver sem você."

"Mas eu posso viver sem você."

Repliquei calmamente.

"Carlos Rodrigues, vamos manter a dignidade um do outro, tudo bem? Sua insistência incessante realmente não é elegante."

Eu já estava sendo bastante considerada com sua dignidade.

Suas mãos quentes seguraram meu braço.

"Você está apenas chateada. O que eu posso fazer para você me perdoar?"

Eu franzi a testa, olhei para ele com surpresa, hesitei por um momento e então disse:

"Você está com febre."

"Senhor Carlos, tenha um pouco de dignidade, certo? Se você é homem de verdade, apenas se divorcie de Larissa de uma vez por todas, em vez de querer o melhor dos dois mundos e ainda vir aqui fingir profundidade. Estou quase enjoada de ver isso."

"Larissa é de bom coração, mas eu não sou."

Guerrero colocou os temperos no chão e cruzou os braços, desdenhando sem dar espaço para defesa.

"Enquanto você pede para reatar, sua família está na internet anunciando seu divórcio com Larissa, contratando até trolls para espalhar rumores, e há pessoas por toda parte falando mal de Larissa."

Eu a olhei e finalmente assenti com a cabeça.

Durante essa refeição, eu e Guerrero conversamos sobre tudo, como nos velhos tempos da universidade.

Por estar de bom humor, até bebi um pouco de vinho.

"Guerrero, você ainda tem contato com Jerônimo Serra?"

"E aí, o que você acha?" Guerrero se esparramou na cadeira, a pessoa sempre descolada agora tocada por uma sombra de tristeza, "Não entendo, eu fui tão rude, como ele ainda pode estar ao meu redor?"

"Larissa, você acha que ele é bobo."

Eu entendi seu desconforto.

Porque, no coração dela, Jerônimo Serra tinha um lugar muito especial.

Ela não conseguia ser indiferente, e as palavras duras que disse também a deixaram abalada.

"Você também é boba. Guerrero, somos como dois extremos."

Ri, cobrindo os olhos, achando a luz um pouco forte.