O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 190

Após nos lançar alguns olhares, o homem se levantou sem hesitar e saiu.

Guerrero fez um gesto com a boca.

"Esse homem não vai estar esperando no seu prédio agora, né?"

"Não."

Eu sorri.

"Nosso condomínio tem um ótimo sistema de segurança, ele provavelmente não conseguirá entrar."

"Que bom."

Guerrero finalmente se tranquilizou, mas ainda me deu alguns conselhos.

"Você não deve ser muito gentil com Carlos Rodrigues. Ele está se aproveitando do fato de você ter sido complacente no passado, tentando marcar presença na sua frente, para tentar reconquistar você antes que o período de reflexão de 30 dias para o divórcio termine."

"Um verdadeiro amor não precisa ser reconquistado intencionalmente."

Guerrero demorou um pouco para dizer isso, mas era uma frase bastante filosófica, com a qual eu concordei.

Mas o que eu não esperava era que, durante os quatro ou cinco dias em que estive me recuperando no hospital, Carlos Rodrigues me enviava cestas de flores todos os dias, cada dia uma diferente.

Sem surpresas, pedi a Guerrero que se livrasse de todas elas.

Felizmente, Carlos Rodrigues não tinha sido liberado do hospital.

Perturbada por seu assédio, eu também não queria mais ficar no hospital, então tratei de dar alta secretamente no mesmo dia.

Guerrero me levou de volta ao apartamento e logo foi chamada de volta para uma reunião urgente.

Olhando para minha aconchegante casinha, eu até me senti um pouco desorientada.

Mesmo tendo ficado fora apenas alguns dias, senti um certo estranhamento.

Talvez porque dormi demais no hospital, não senti sono nenhum no apartamento e decidi mudar de roupa e descer.

Lá embaixo, havia muitas pessoas passeando com seus cães e gatos, e eu me diverti muito brincando com um gatinho.

Não percebi que Ricardo Rodrigues já estava me observando de longe há algum tempo.

Sinceramente, fazia tempo que não brincava com animais, e me sentia relutante em deixar aquele gatinho.

"Adeus, Beile."

Eu e Ricardo Rodrigues entramos no elevador, um na frente do outro.

Ele baixava a cabeça de vez em quando para responder mensagens, mantendo-se em silêncio.

Ao sair do elevador, Ricardo Rodrigues me chamou.

"Larissa Lage."

O homem disse meu nome, mas não continuou.

Por alguma razão, senti como se houvesse milhares de palavras não ditas em seus olhos.

"O que foi?"

"Nada, vamos voltar."