O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 221

Ao receber a confirmação da outra parte, suspirei aliviado.

Um dia, farei com que a Swan e a FeliciMoral estejam em pé de igualdade, ou até mesmo as ultrapasse.

Não era uma questão de rivalidade com Ricardo Rodrigues, mas uma resposta para o meu eu mais jovem.

A caixa de diálogo com Ricardo Rodrigues permanecia sem atualizações.

Decepcionado, fechei a interface.

Olhando para cima, vi os ponteiros do relógio girando, "tic tac, tic tac", completando voltas após voltas, e em um piscar de olhos já eram oito horas.

O WhatsApp tocou, era Mirela enviando um endereço.

Olhando para a distância marcada no mapa.

Embora estivéssemos separados por apenas uma rua, parecia que nunca tivemos um encontro.

O mundo é tão grande que um passo pode fazer você perder alguém, perder a chance de conhecer alguém.

O mundo é tão pequeno que uma volta pode fazer você encontrar alguém, ter um encontro inesperado.

[Nos vemos às nove]

Sem nenhum símbolo ou emoji, a mensagem era curta e tranquila.

Exatamente como nos velhos tempos.

Lembrei-me de um incidente particularmente marcante dentre as poucas interações que tive com Mirela.

Naquela época, nosso dormitório tinha regras estritas, com um foco em uma rotina saudável, apagando as luzes pontualmente às onze horas.

Como as quatro pessoas do nosso dormitório vinham de diferentes cursos, os exames finais e as defesas variavam.

Durante a aproximação da formatura no último ano, eu estava extremamente ocupado todos os dias. Duas das companheiras de quarto, que haviam terminado seus cursos antes, já tinham se mudado.

Restávamos apenas eu e ela no dormitório.

Ela, uma especialista em TI, já havia garantido uma posição em uma grande empresa e passou a maior parte do último semestre fazendo estágio, só voltando para o dormitório dois meses antes da formatura.

Naquela época, Mirela chegava exausta do estágio e ia direto dormir, nossos horários eram completamente opostos, mal conversávamos durante a semana.

Uma vez, ao voltar da biblioteca depois do horário de apagar as luzes, tentei entrar sorrateiramente no dormitório.

Rapidamente, ela saiu da cama e veio até mim.

"Vamos ao hospital."

Meu tornozelo estava inchado e dolorido, dificultando até mesmo me levantar.

Vendo minha dificuldade, ela não disse mais nada e me carregou nas costas.

Nossa universidade fica em uma montanha, e do dormitório até a entrada do campus é preciso passar por uma meia encosta.

Ela era magra e pequena, suas mãos finas como papel mal disfarçavam as veias salientes.

Deitado em suas costas fracas, cada passo que ela dava me fazia bater nos seus ossos, cujos contornos eram nítidos e definidos.

Não sei quanto tempo passou, mas a dor na testa fez com que eu perdesse a consciência.

Quando abri os olhos novamente, fui informado de que levei oito pontos e meu tornozelo estava firmemente enfaixado, parecendo um pão inchado.

A dor ardente me fazia sentir como se estivesse sendo golpeado por um martelo pesado, mordi meus lábios com força, mas não derramei uma lágrima.

"Obrigado, Mirela."