O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 225

"Ah, você não tem ideia de como o cliente de hoje foi difícil."

Ela se espreguiçou, e suas costas retas logo se curvaram.

Passei a ela um copo de chocolate quente que havia trazido da cafeteria.

Seus olhos brilharam imediatamente.

"Você sempre sabe como me agradar!"

Guerrero se pôs na ponta dos pés, aproximando seu rosto do meu, e se eu não tivesse desviado rápido, nossos lábios já estariam se tocando.

"Por que você está fugindo? Não é como se não tivéssemos nos beijado antes."

Guerrero fez bico, franzindo a testa, como uma criança a quem negaram comprar doces, mostrando-se chateada comigo.

"Eu deveria gravar como você é quando não está trabalhando. Ninguém acreditaria que a advogada brilhante e implacável no trabalho é tão infantil privadamente."

Eu cobri minha boca, sorrindo.

Gosto do jeito de Guerrero, desprendido e radiante, com um ar de felicidade que me lembra um pouco o de Mirela atualmente.

"Eles provavelmente achariam que sou adorável, talvez nem precisássemos negociar, eles simplesmente assinariam o contrato!"

Guerrero balançou seus longos cabelos ondulados com um ar de arrogância.

"Mas, querida, por que você veio à Féria Santa hoje?"

Contei a ela sobre meu encontro com Mirela.

"Sério? Aquela com cara de quem odeia o mundo todo?"

Ela ficou incrédula ao ouvir minha descrição, incapaz de associar a pessoa de quem eu falava com a Mirela de alguns anos atrás.

"Minha reação foi exatamente como a sua!"

"O amor realmente faz mágica, até cura cara de poucos amigos?"

Guerrero não nutria uma grande antipatia por Mirela, mas era evidente que não gostavam uma da outra.

Na universidade, enquanto Guerrero era um vulcão de energia, Mirela era seu oposto direto.

Consequentemente, a interação entre elas era como o encontro entre fogo e gelo, intolerância mútua.

Guerrero frequentemente desabafava comigo sobre o distanciamento de Mirela, chamando-a privadamente de "a mulher de cara fechada", embora eu tentasse manter uma posição neutra, eu entendia.

"Mesmo estando na mesma cidade, até no mesmo apartamento, parece que nunca temos tempo para estar juntas como agora."

Caminhando de mãos dadas de volta para casa, me perdi em pensamentos.

Guerrero olhou para o relógio, eram exatamente dez e meia.

A cidade estava envolvida em luzes neon brilhantes, com tráfego intenso nas ruas, enquanto muitas pessoas ainda voltavam para suas casas em outras cidades da região de Brasília.

Os altos edifícios comerciais permaneciam iluminados, seguindo um ciclo contínuo, indiferentes à mudança entre dia e noite.

"Larissa, o que houve com você hoje?"

Eu geralmente não sou de sentimentalismos, e Guerrero frequentemente me criticava por não ser romântica.

"Não é nada, só estava pensando nos tempos da universidade, me bateu uma saudade..."

E também, Ricardo Rodrigues.

Depois que ele me respondeu, eu não abri mais aquela conversa.

O telefone não acendeu mais.