O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 235

Ao me deparar com a súbita onda de rumores e calúnias, a primeira medida que tomei foi responder ao público. Caso contrário, especulações infundadas e conversas paralelas apenas complicariam a situação.

"Larissa, preciso voltar para a empresa urgentemente. Fica aqui descansando, e não se preocupe."

"Que ódio, essa turma que espalha boatos vai ter que se ver com os meus advogados!"

Assim que Guerrero recebeu a ligação de um colega do departamento jurídico, não perdeu tempo e correu para a empresa.

Enquanto protagonista desse incidente, não demorou para que minha conta pessoal fosse descoberta e atacada por inúmeros internautas desinformados, logo após a postagem inicial. Ao tentar acessar minha conta no Ins, me deparei com mais de 999 mensagens privadas, o que sobrecarregou meu servidor. Diversos veículos de mídia também estavam compartilhando e comentando o caso.

Decidi então desativar minha conta e deitei na cama do hospital, enquanto a imagem que haviam usado para me difamar insistia em aparecer em minha mente.

A foto havia sido tirada naquela mesma manhã.

E o local era o escritório de Ricardo Rodrigues.

Lembro-me claramente de ter trancado a porta ao entrar, e ninguém mais havia entrado durante aquele tempo. Além disso, o escritório de Ricardo Rodrigues sempre foi um ambiente fechado, apenas visível através de persianas cerradas.

Portanto, só havia uma possibilidade: a foto foi tirada por uma câmera escondida.

"Presidente Rodrigues, quantas câmeras há no seu escritório?"

"Três."

Ao ler a resposta de Ricardo Rodrigues, mergulhei em reflexões.

Lembrava-me que, de fato, havia câmeras instaladas nas direções leste, sul e oeste de seu escritório.

Embora estivessem posicionadas em diferentes locais, todas tinham ângulos de visão de cima para baixo, enquanto o ponto de vista da foto era claramente ao nível dos olhos. Portanto, alguém definitivamente havia instalado uma câmera oculta em seu escritório.

Examinei a foto com atenção.

Ela capturava uma grande parte do escritório de Ricardo Rodrigues, o que significa que o local mais provável para a câmera estar escondida era próximo à entrada.

"Presidente Rodrigues, cheque por favor se há alguma câmera escondida no vaso de planta perto da porta."

Lembrei-me do vaso de samambaia colocado próximo à entrada do escritório.

Ricardo Rodrigues nunca foi de encher seu espaço de trabalho com objetos desnecessários.

Quando vi aquele vaso pela primeira vez, fiquei um pouco surpreso, pensando que ele queria mudar o ambiente, trazendo um pouco de vida para o escritório normalmente monótono. Por isso, nunca questionei sua presença.

Com o passar do tempo, o vaso permaneceu lá, recebendo água ocasionalmente de um assistente e crescendo abundantemente.

Ao retornar ao escritório, encarei os olhares curiosos dos colegas, que discutiam o ocorrido avidamente. Alguns até lançavam olhares de desprezo em minha direção.

"Como tem gente que ainda tem cara de voltar aqui?"

Cecília Batista apareceu subitamente à minha frente, lançando suas críticas venenosas.

Ela parecia aproveitar a situação para me atacar ainda mais.

"Eu sabia que um novato como você jamais conseguiria uma parceria com a FeliciMoral sem recorrer a métodos desprezíveis. Que falta de vergonha."

Cecília Batista apontou para mim, como se estivesse acusando um criminoso de um grave delito.

Os colegas ao redor foram influenciados por seu estado emocional.

Mas, considerando que eu era o chefe da Swan, eles não podiam simplesmente me repreender na cara dura como Cecília Batista fez. No entanto, eu podia perceber claramente a expressão de desgosto em seus rostos.

Eu não queria me envolver em uma discussão com Cecília Batista. Antes que a verdade fosse revelada, qualquer explicação da minha parte seria vista como uma desculpa esfarrapada.

Sem responder à sua acusação, virei-me e caminhei em direção ao escritório de Ricardo Rodrigues.

"Viu só? Eu disse que ele ia ficar furioso de vergonha", ela comentou.