O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 263

"Você sabe por que ele se deu ao trabalho de fingir ser um amante devoto por mais de cinco anos, armando toda essa trama meticulosa para te pegar na armadilha?" perguntou Ricardo Rodrigues.

Eu me lembrei de quando nos conhecemos, foi num seminário de empreendedorismo jovem. Ele chegou correndo no último minuto antes do seminário começar, fazendo questão de ficar ao meu lado. Aquela foi a primeira vez que ele falou comigo, e depois disso, a cada poucos dias, eu o via na biblioteca da universidade, no caminho de volta para o dormitório, na associação estudantil. Naquela época, eu pensei que era destino, mas agora vejo que foi tudo planejado.

Naquela época, ele era apenas um estudante sem um tostão, enquanto eu já pertencia a uma família poderosa e influente. Meu pai era o presidente de uma empresa listada na bolsa e presidente da câmara de comércio, minha mãe era uma filantropa renomada. Assim que entrei na universidade, já era muito conhecida. Todos que se aproximavam de mim tinham um objetivo claro: explorar as conexões da minha família. Eu sabia que todos eles queriam se aproximar de mim para usar as conexões da minha família, então recusei todos eles sem hesitar.

Até a aparição de Carlos Rodrigues, sua simplicidade e bondade o destacavam entre todos esses supostos herdeiros ricos e filhos de famílias abastadas. Rapidamente fui atraída pela persona que ele criou, caindo passo a passo na armadilha meticulosamente preparada por ele.

"Então, era isso... Ele também queria minha família. Ele também precisava dos meus recursos para pavimentar sua ascensão." Eu revelei a verdadeira natureza de toda a situação, a verdade por trás dele aparecer frequentemente diante de mim, a verdade por trás de nosso longo relacionamento de mais de cinco anos, a verdadeira razão pela qual ele se aproximou de mim... Era isso.

Pensando em como meus pais me aconselharam a não casar com ele, mas eu fui cega por esse suposto amor, discuti com minha família, decidida a ficar com ele para sempre, comecei a detestar a mim mesma! Agora, com cada memória me atingindo como estilhaços de vidro, percebo que não só eu fui vítima; até meus pais caíram nas garras dele. Essas memórias, como punhais, continuavam a me ferir, girando no local onde haviam entrado em meu coração, envolta em uma imensa dor.