O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 431

Guerrero e Lucas Serra levaram Daniel Rodrigues embora, e nós voltamos para o carro.

Agora, estávamos a caminho para enfrentar aqueles que claramente não tinham boas intenções.

Uma sensação de inquietação surgiu de repente em meu coração. Não era medo, mas sim uma adaptação antecipada a um mau pressentimento que surgia dentro de mim.

Meus sentimentos estavam emaranhados como um novelo de lã, complexos e confusos, deixando-me sem saber como reagir. Neste momento, os batimentos do meu coração eram excepcionalmente claros, cada batida parecia expressar a inquietação interior.

Ricardo Rodrigues pareceu perceber minha tensão, virou-se lentamente e olhou para mim. Seus olhos, profundos e escuros, carregavam significados indistintos e emoções que eu não conseguia compreender.

"Quando chegarmos lá, não saiam correndo sem pensar. É melhor ficarem no carro. Eu cuidarei do resto."

Ricardo falou com uma calma que parecia a superfície de um lago sem ondas.

"Isso não vai acontecer."

Eu imediatamente discordei.

Ainda não sabíamos o que nos esperava lá, e se fosse mais grave do que imaginávamos, mesmo Ricardo com toda a sua habilidade poderia ser sobrecarregado.

"Se sairmos, sairemos juntos."

Lembrei-me de um incidente no campo de treinamento, que me encheu de receio. Naquela vez, Ricardo era tão ágil, mas ainda assim acabou ferido. A lâmina cortou perto de sua coxa, deixando uma cicatriz profunda que ainda permanecia.

Lembrei-me de como ele foi levado ao hospital, recebendo vários pontos para estancar o sangue, e como andou mancando por vários dias até começar a melhorar.

De qualquer forma, eu não permitiria que ele se arriscasse tanto novamente.

Ricardo não respondeu, ignorando meu aviso e meu pedido como se não tivessem importância.

Frustrada, eu o repreendi: "Não dá para você mudar essa sua mania de querer controlar tudo?"

Então era assim, se a abordagem suave falhava, ele recorria à força.

Desesperada, comecei a bater na janela, tentando impedir sua partida, mas parecia inútil. Gritei com todas as minhas forças: "Ricardo Rodrigues, volte aqui! Me deixe sair!"

Mas Ricardo seguiu em frente sem olhar para trás, deixando-me apenas com a visão de sua silhueta determinada e distante.

"Fique no carro e não saia."

Ele ordenou severamente.

Então, várias figuras surgiram repentinamente por trás, correndo em direção a Ricardo.

"Meu Deus, são... são Diogo Galvão e Isis Galvão!"