O Amor Perdido romance Capítulo 132

Atormentada por suas lembranças, Dorothy não dormiu bem a noite, devido a uma forte dor de cabeça.

Ela teve um pesadelo. No sonho, o homem que ela amara fez um grande casamento, de parar o quarteirão, para Rosalie, que deu à luz a gêmeos, lindos.

Eles eram iguaizinhos a ela, qualquer um que os visse, saberia dizer que eram filhos de Credence. Não eram nada parecidos com Belle, que tinha cabelos dourados e olhos azuis, além de não se assemelhar em nada com o pai. Ninguém acreditaria que ele era filha biológica de Credence.

Quando Belle nasceu, nem mesmo Dorothy conseguia acreditar que sua filha não se assemelhava em nada com seus progenitores.

Porém, depois de cuidar de Belle em seus momentos mais difíceis, ela se afeiçoou a fofura e beleza da filha. Ela lentamente apaixonou-se pela criança, a qual pertencia somente a ela.

O mais assustador do sonho era Credence recusar-se a fazer o exame de compatibilidade da medula óssea, além de zombar dela. Ele falava com toda certeza de que Belle fora encontrada na rua e usada para chantageá-lo. Assim, terminou dizendo que ela subestimava as próprias habilidades!

Não importava o quanto Belle chorasse e clamasse pelo pai, ele a chutou sem piedade. Ela caiu no chão e continuou a chorar inconsolável, soluçando e arfando, fazendo o coração de Dorothy se despedaçar.

Era a sua filha, como ele podia fazer algo contra ela?

Dorothy estremeceu e acordou do pesadelo, o suor frio encharcando seu corpo. Ela envolveu a filha adormecida em seus braços com força. Seu coração doía tanto que ela quase começou a chorar.

D Desde que Belle fora diagnosticada com leucemia, Dorothy estava física e mentalmente exausta. Ela gostaria de poder trocar de lugar com Belle e passar todo o sofrimento da leucemia, no lugar da filha.

Todas as vezes que Belle ia para o hospital fazer transfusão de sangue, Dorothy desabava e chorava de agonia. Ela tinha para si, que os céus deviam estar punindo-a por dar à luz a Belle, sem o consentimento de Credence!

Dorothy se deitou na cama, ela ficou de olhos abertos por algum tempo, enquanto sua mente estava inundada por pensamentos. De repente, ela notou que o céu já estava ficando claro e o sol nascente brilhava através da janela, preenchendo o quarto com sua beleza e calor.

Ela olhou para a tela de seu celular. Eram quase sete da manhã, então era hora de ela se levantar e se preparar para ir até a empresa de Juelz, pois precisava estar lá às nove horas.

Ela saiu da cama e foi para a cozinha preparar o café da manhã. Não houve o menor movimento vindo do quarto de Germaine. Ela ainda devia estar dormindo, pois ela ficou até tarde da noite flertando com os namorados.

Às sete e meia, Dorothy trouxe um prato de sanduíches e alguns outros pratos para a mesa de jantar. Germaine abriu a porta e saiu bocejando do quarto. Ela olhou para o delicioso café da manhã, seus olhos encantadores brilhavam quando ela disse: "Garota, eu não como sua comida há anos. Imagine como eu estou faminta."

"Agora que voltei, você pode pedir o que quiser. Sirva-se."

Dorothy sorriu e pediu a Germaine que se lavasse rapidamente, pois ela ainda precisava de uma carona até a empresa de Juelz.

Quando eram quase oito horas, Dorothy entrou no quarto de Belle e a acordou. Depois de escovar os dentes e lavar o rosto, ela trocou Belle, colocando um vestido rosa e um par de sapatinhos de couro da mesma cor. Ela então a levou para a mesa para que pudesse tomar café da manhã com Germaine.

Após o café da manhã, Dorothy fez uma leve maquiagem e vestiu uma camisa preta e uma saia lápis. Seu cabelo estava arrumado em um coque preso na parte de trás da cabeça, tornando-a o retrato de uma típica beldade de escritório.

Faltando dez minutos para as dez horas, Dorothy e Belle foram deixadas na porta da empresa de Juelz. Assim que desceram do carro, Juelz, ignorando completamente sua imagem de chefe, agachou-se e abraçou Belle. Ele perguntou: "Belle, você sentiu minha falta?"

"Sim, senti! Senti muito a sua falta!"

As doces palavras de Belle deixaram Juelz à pura felicidade: "Oh, essa é a minha boa e pequena Belle. Vamos. Vou levá-la ao meu escritório para que possa abrir os presentes."

"Dory, Belle, eu tenho que ir trabalhar. Ciao!"

Germaine não queria ver Juelz agir daquela maneira inocente e fofa. Depois de um breve cumprimento, ela despediu-se de Dorothy e Belle, para pegar a estrada.

......

Os três entraram juntos na empresa. Juelz segurava Belle nos braços enquanto Dorothy caminhava ao lado dele. De longe, eles pareciam a imagem perfeita de uma família feliz.

Juelz estivera muito ocupado com os negócios, então ele não conseguiu arranjar um tempo para viajar até Monticello, para visitar Dorothy e Belle. Às vezes, ele desejava poder largar a empresa, em um ato impulsivo, e se mudar para o exterior e ficar com elas o resto da vida.

No entanto, toda vez que se recordava da vergonha pela qual passara, por não poder refutar Credence, ele suprimia esse seu impulso maníaco e se esforçava para trazer o máximo de prosperidade a empresa. Ele queria poder dar a Dorothy um apoio sólido e duradouro.

Um homem só de fato conquistava poder, quando acumulava sua fortuna. Essa era a única maneira de proteger a mulher que ele amava, a única maneira de a permitir viver sem preocupações ou sofrimento. Só assim, ela teria alguém em quem confiar.

Desta vez, depois que Dorothy e Belle retornaram, Juelz havia voltado completamente ao normal. Ele estava tão animado que era ainda mais estridente do que um exército de patos.

"Dory, deixe-me contar uma piada. Tenho um cliente cujo sobrenome é Stine. Você sabe qual é o nome completo dele?"

"É Bear Stine", respondeu a si mesmo com um ataque de riso.

"Oh, eu tenho outro cliente cujo sobrenome é Cox. Você sabe qual é o nome completo dele?"

"É Nutella Cox! Cara, ele quase me fez ter um ataque de risos, quando se apresentou."

Dorothy ficou sem palavras.

Ela nunca tinha visto Juelz agir daquela maneira infantil e fazendo fofoca. Deve ter sido a forma como ela chegou, que o deixara assim!

Ele continuou se virando para olhar para a expressão afetuosa de Dorothy enquanto ela sorria e acenava com a cabeça em concordância. A risada doce e melodiosa de Belle preencheu o ambiente.

A equipe que passou por eles rapidamente começou a cochichar. O patrão costumava ser indiferente a todas as belas mulheres da empresa, não porque fosse frio ou impotente, mas porque já tinha uma esposa maravilhosa e uma linda filha.

Um carro passava lentamente pela rua. Quando a motorista viu Juelz e suas acompanhantes, ela pisou abruptamente no freio e encostou o carro.  Ela tirou os óculos escuros, franziu a testa e ficou analisando-os por algum tempo. Então, ela pegou o celular da bolsa e fez uma ligação.

"Ei, sou eu. Acabei de ver o Juelz da família Sherman, você sabe, aquele que agora é outra pessoa. Sim, ele! Ele estava segurando uma menina nas mãos e acompanhado por uma mulher. Ela me parece muito familiar, meio que... Puxa! Ela se parece com Dorothy, a mesma Dorothy que desapareceu há anos. Sim, agora consigo vê-la melhor, é Dorothy, sua irmã! "

A mulher do outro lado da linha ficou em silêncio por um bom tempo antes de perguntar baixinho: "Tem certeza?"

Embora a mulher se esforçasse para manter o tom gentil, a motorista do carro podia ouvir o ranger dos dentes. Ela conteve um calafrio e disse assertivamente, “Tenho certeza de que é ela!”

"Ok, entendido."

Na varanda de um bangalô cercada de flores, uma graciosa mulher desligou a ligação. Ela entrou no quarto vazio, franzindo a testa. Abriu uma caixa empoeirada devido aos anos, então ela tirou um álbum, virou a última página e ergueu uma foto.

Na foto, Dorothy estava jovem e bonita, sob uma árvore de flor de cerejeira e com um sorriso radiante.

Ela ergueu os dedos finos e agarrou a foto. Ela a rasgou em duas partes, depois em pedaços, jogando-a no lixo. em seguida, ela limpou os dedos com um lenço de papel, seu rosto gradualmente afundou nas sombras.

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