O Amor Perdido romance Capítulo 27

Graças à inércia, Dorothy colidiu com Credence.

Seu abdômen ferido bateu contra o osso duro do quadril dele, causando uma dor insuportável. Ela soltou um gemido de dor.

Dorothy se curvou e ficou imóvel até que a dor cedeu um pouco.

Ela se ergueu devagar e olhou ao redor. Só então percebeu que havia sido tirada da sala de cirurgia de Rosalie.

Pela janela de vidro transparente, viu vários médicos operando Rosalie. Seu sangue fluía da bolsa para o corpo dela, pelo tubo de infusão.

Deitada imóvel ali, Rosalie estava igualzinha a uma múmia.

Mesmo que Dorothy soubesse Rosalie era responsável por tudo aquilo, suspirou ao ver seu estado miserável.

Seu rosto estava todo machucado e inchado. Seus lábios rachados sangravam. Seus braços e coxas pareciam ter sido picados por um enxame de vespas venenosas, cheios de cicatrizes pretas e azuis.

Foi uma verdadeira tragédia!

Rosalie, além de ter conspirado de forma cruel contra Dorothy, tinha sido cruel também consigo mesma.

Tal mulher era horripilante!

Como Dorothy não tinha como ofendê-la, então a evitaria.

Respirou fundo e ergueu um olhar frio para Credence. Determinada, ela disse: "Já paguei tudo que devo a você e Rosalie. Agora, se concordar com o divórcio, nos separaremos de forma amigável."

Credence a encarou com frieza por um longo tempo. Sorriu e segurou o queixo dela com os dedos finos, porém fortes. Seu tom áspero continua um perigo indescritível: "Você está disposta a fazer qualquer coisa pelo divórcio?"

Dorothy se surpreendeu. "O que você quer dizer?"

Com um sorriso fraco, ele ergueu o queixo dela, forçando-a a encarar seus olhos escuros, que tinham um brilho perigoso. "Exatamente o que eu disse."

Dorothy percebia que Credence estava tramando algo de ruim. Mas estava desesperada demais para fugir dele e nunca mais ter que viver num inferno.

Por isso, assentiu sem hesitar. "Fechado."

.....

Eram nove da noite. Luzes coloridas piscavam na boate mais luxuosa da Cidade de Talco. O lugar estava cheio de homens e mulheres que se entregavam à dança e à diversão.

Dorothy usava um vestido azul sexy, que revelava bastante pele clara em seu decote e suas belas pernas. Ela caminhava atrás de Credence, seguindo seu passo.

Ela pensou que ele a levaria a um hotel para tomar uns drinques com seus clientes de negócios. Nunca esperava ser levada a uma boate tão barulhenta onde nunca havia ido antes. Franzindo a testa, ela parou de andar.

Credence se virou e a encarou com ar condescendente. "Quer mudar de ideia? Se sim, pode ir embora. Mas assim que se for, não terá mais direito de pedir o divórcio!"

Se ele lhe negasse o divórcio, será que ela ficaria para sempre sujeita a ele?

Ela já tinha sofrido o suficiente em quatro anos de casamento sem amor.

Ela nunca mais queria sentir a dor de ver seu filho ser morto, sem nem poder fazer nada a respeito.

Dorothy negou. "Não. Vamos."

Ele só tinha dado uma chance a ela. Sua única escolha era fazer o que ele mandasse.

.....

Quando Dorothy foi arrastada por Credence até uma sala privada, surpreendeu-se ao ver oito homens cinquentões barrigudos vestidos de terno.

Numa ocasião como a daquela noite, aqueles homens lançavam olhares lascivos a ela, quando entrou na sala, Embora não tivesse muita experiência, percebeu o que Credence queria que ela fizesse.

Pelo jeito, aos olhos dele, ela era só uma vadia promíscua.

Dorothy ergueu o olhar para Credence, próximo a ela. Seu rosto não tinha qualquer expressão. Naquele momento, toda sua inquietação se transformou em zombaria e amargura.

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