O Bebê Secreto da Companheira Rejeitada romance Capítulo 3

EMMA.

Minha avó costumava me dizer que eu era diferente desde que eu era jovem. Ela me sentava quando eu me sentia devastada e desanimada e me dizia: "Você vai ficar bem". Eu gostava de pensar que ela soava muito como minha mãe, era o único elo que eu tinha entre nós duas.

A vovó Bianca me dizia que eu tinha o sorriso dela e o verde nos olhos da minha mãe. Que ela vivia em mim. Eu tinha cinco anos quando aprendi o que a palavra abuso significava e na beira de completar onze, meu irmão me tocou pela primeira vez. Minha vida inteira tinha sido um inferno, como a vovó poderia dizer que eu era especial - se isso era ser especial, eu não queria.

Ela era a única que não me tocava, mas infelizmente, eu rapidamente a perdi. Todos afirmavam que minha avó tinha perdido a razão desde a morte de sua filha, minha mãe. Eu não achava que ela estava louca, então eu sabia que era apenas um dos planos da Nancy para tirá-la do bando.

Ela tinha tentado incansavelmente comigo, me acusando de grosseria e furtividade e das coisas mais abomináveis. Ela não conseguiu me expulsar, mas Nancy foi capaz de convencer meu pai a trancar minha avó.

Foi mais doloroso que eu não a perdi para a morte, mas sim que ela foi tirada de mim. Até este exato momento em que me sentava naquela cadeira, as palavras dela eram tudo que ecoava em meus ouvidos - que eu era especial.

"O quê?" Levantei os olhos para o Alfa Eric, pai de Derick, que me apresentou um documento que parecia um contrato. Havia se passado três semanas desde a minha fuga e, na maior parte, fui bem recebida no Bando da Lua Negra. Raramente via o próprio Derick, mas sempre que ele estava por perto, era mais do que suficiente para me encher de medo.

Eu sabia que estava em dívida com ele, ele fazia questão que eu nunca esquecesse disso, mas olhando para cima, eu não achava que teria que pagar tão cedo, comigo mesma. Meu corpo.

Derick pairava atrás de seu pai enquanto eu olhava para frente e para trás entre eles.

"Você vai se casar com meu filho." A voz estoica do Alfa Eric era muito mais alta do que a do seu filho. Ele era idoso, com cabelos cheios de grisalhos e uma aura que comandaria um exército inteiro. Eu não ousei refutar ou dizer não, mesmo que meu coração saltasse para a parte de trás da minha garganta.

Minha cabeça estava girando, mas tudo o que eu podia fazer era baixar a minha em submissão. Se alguém me tivesse dito que o dia em que Kurt Derick seria meu marido chegaria, eu teria rido na cara deles. Nunca, em um milhão de anos, pensei que isso poderia acontecer. Talvez eu fosse especial...

Havia um brilho em seus olhos quando eles encontraram os meus. Era isso que ele quis dizer quando me disse que eu lhe devia. Mas olhando para a face sem emoção de Derick, eu nem tinha certeza se era isso que ele queria.

Embora ele nunca disse isso, o que era pior. Ele não tinha sido tão ruim, talvez até cuidadoso por um tempo, mas eu sei melhor do que me apaixonar pelo Alfa conquistador. Suas histórias promíscuas eram geralmente o assunto de toda a cidade e eu tinha ouvido demais sobre ele. Houve um tempo em que eu estava tão enojada.

Mas agora, a ideia de ser sua noiva não parecia tão ruim. Afinal, eu devia a ele a minha vida, pois ele me salvou.

"É apenas uma união contratual e depois de três semanas de monitoramento cuidadoso, julguei você perfeita para ele. Você é nada como seu pai e assim que estiver completamente curada, organizarei o evento" Seu pai falou bem, apesar de sua voz ser um pouco fraca.

Tudo que vi foi uma chance de me livrar do passado e começar uma nova vida. Não poderia ser pior do que o que eu já havia passado, poderia?

Senti o rosto ficar vermelho enquanto acenava com a cabeça. Estava me sentindo melhor agora, minha pele não era mais tão pálida e meus olhos não eram mais tão amarelos. Os hematomas nos meus braços e nas minhas pernas estavam se curando. Esta era uma vida melhor.

Derick me lançou um olhar frio, mas um sorriso apareceu no canto dos meus lábios quando acenei com a cabeça. "Eu vou me casar com ele." Eu concordei.

Alguns dias se passaram e eu caminhei pelo corredor em um vestido branco longo, toda a minha vida parecia ser um conto de fadas, e nada disso parecia real.

Derick estava em um terno preto brilhante com uma lapela lavanda e pegou minhas mãos nas dele, deslizando um anel pelo meu quarto dedo. Seu aperto era forte, mas eu não dei importância.

Ninguém mais sabia que era um casamento contratado, todos acreditavam que o Alfa havia encontrado a mulher certa para domá-lo. Eu estava coberta com uma tonelada de maquiagem para esconder meus hematomas e cicatrizes, nem tenho certeza se sabiam de onde eu vim. Às vezes, me perguntava se essa era exatamente a razão pela qual Derick me salvou naquela noite.

Ele de repente agarrou minha cintura, tirando-me dos meus pensamentos. Meus olhos se fixaram nos seus de verde escuro e uma aura perigosa percorreu o ar. Antes que eu soubesse o que estava acontecendo, Derick me beijou.

Meu coração disparou tanto que quase escapou pela minha garganta. Eu inalei sua respiração e senti o calor de sua pele. Derick tinha gosto de uma má decisão, uma muito má.

Quando ele se afastou, os lábios dele caíram nas minhas orelhas. "Faça um show." Ele sussurrou e eu aspirei o ar pelas narinas.

Derick segurou minhas mãos e eu forcei um sorriso no rosto à medida que saíamos de lá. Não parecia real, mas o anel de diamante brilhante no meu dedo era um lembrete de que era. Em três semanas, eu havia passado de ser uma escrava da minha matilha para uma futura Luna em outra.

Mas ainda não tinha ideia do que estava por vir.

Derick se dirigiu a outro quarto, como uma câmara — sua câmara. "Preciso tirar esse vestido", eu disse a ele, me preparando para me virar, mas suas mãos me agarraram bruscamente. "Onde você pensa que está indo?" Sua voz era profunda e decadente. Meus olhos vagaram, eu não sabia o que pensar enquanto ele abria a porta.

O vento seco e frio me bateu no rosto e Derick me puxou para dentro da sala. Meu coração deu um pulo quando ele fechou a porta atrás de mim. Como eu disse, ele incutiu muito medo em mim e era pior quando estávamos sozinhos. Seus olhos vagaram pelo meu corpo enquanto ele puxava sua gravata. Ele prosseguiu para arrancá-la antes de jogá-la no chão.

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