O CEO Queria Reatar Relação romance Capítulo 74

Gisele segurou as lágrimas que ameaçavam cair e, indignada, virou-se e saiu apressadamente da delegacia.

Ela não assinou nenhum documento e também não pegou seu celular das mãos de Matias.

Depois que Matias assinou por ela, ele deixou a delegacia.

No caminho de volta para casa.

Matias entregou a ela seu celular, com voz grave disse: "Eu não vi o que tinha no seu celular."

Gisele pegou o celular de volta, respirou fundo e disse: "Mas você já sabe o que tem no meu celular."

Matias respondeu: "Isso importa? As fotos da barriga."

Gisele apertou os dentes, lembrando-se continuamente para não se zangar com ele.

Afinal, foi ele quem recuperou seu celular.

"Matias, se eu te dissesse que o bebê que você me forçou a abortar não era do Heitor, mas sim seu, você se sentiria um pouco culpado?" - perguntou Gisele, segurando o celular firmemente.

Matias virou-se para olhá-la.

Ela estava séria, não parecia estar brincando.

"Foi daquela vez da inseminação artificial?" - ele perguntou com a voz rouca, engolindo em seco.

"Sim." - Gisele olhou nos olhos dele e disse, palavra por palavra: "Você matou seu próprio filho com suas mãos. Você se sente culpado?"

Ela queria ver um vestígio de arrependimento no rosto dele, isso a faria sentir-se um pouco melhor.

Como ela desejava que ele fosse um homem de carne e osso, não uma máquina fria de fazer dinheiro.

Matias olhou para ela com uma expressão complexa e, embora soubesse que isso a magoaria, disse calmamente: "Eu não me sinto culpado. Ele nunca deveria ter nascido."

Ela riu friamente: "Se seus pais dissessem isso a você, você também ficaria bem?"

Matias respondeu: "Se eles não tivessem me dado à luz, eu lhes agradeceria. Gisele, nem todo mundo deseja vir a este mundo."

Ela franziu as sobrancelhas.

Ele não queria vir a este mundo?

Por quê?

Sua mãe o amava tanto, sua carreira era tão bem-sucedida, ele tinha tantas pessoas que giravam ao seu redor...

O pequeno Matias era açoitado pelo pai com um chicote, até sangrar...

O choro dele era de partir o coração.

Ela acordou assustada com esse pesadelo sangrento.

Lá fora, a aurora rompia, clareando o céu.

Gisele se sentou, apoiando-se nos braços.

"Não é possível que o pai dele o tenha espancado assim? Mesmo que seu pai fosse assim, sua mãe o impediria... Os sonhos são o oposto da realidade, ele certamente não foi abusado." - Gisele murmurou para si mesma, tentando se consolar.

Mas, no fundo, ela sabia que Matias detestava este mundo porque devia ter passado por algo extremamente sombrio.

Ele não apenas detestava este mundo, como também não queria deixar descendentes nele.

Ninguém nasce mau.

De repente, ela não o odiava tanto.

Ele não estava errado, ela também não estava, o erro estava no destino que os uniu.