O chefe do destino romance Capítulo 1

Em uma ilha deserta. Gotas de chuva caíam como se fossem tiros, e o som das ondas eram como tambores.

Com um punhal em suas mãos, Arielle Moore talhava a madeira com um pouco de dificuldade. Era como se ela não sentisse nada enquanto a chuva continuava a bater diretamente em seu rosto. Ela perdeu o contato com sua família por dez anos.

Quando finalmente encontrou a família Southall. Ela estava prestes a descobrir a verdade sobre o sequestro e morte de sua mãe.

Um grupo de pessoas que afirmavam serem as únicas que poderiam ajudar ela voltar para casa, tentaram na verdade matá-la. Ela obteve êxito em sua luta contra eles, mas durante o ocorrido seu navio afundou e acabou nesta ilha deserta.

Ela completava uma semana naquela ilha e, durante todo esse tempo, não viu nenhum navio passando. Felizmente, havia muitas árvores e plantas na ilha. Então, ela conseguiu construir um pequeno barco simples de madeira. Porém, assim que ela iniciou o trabalho de entalhe dos remos, uma forte chuva caiu sobre a ilha.

Levantando-se para esticar seu corpo dolorido, Arielle avistou algo escuro nas rochas. Caminhando com cautela, ela se assustou ao descobrir que era um homem. Apesar de bonito, o rosto do homem estava pálido.

Ele tinha um ferimento na cintura, e o sangue se misturava com a água do mar, formando um desenho parecido com o pôr-do-sol na água.

Arielle cuidadosamente passou a mão na frente do rosto, próximo ao nariz do homem. Quando ela percebeu que o homem não estava morto, o arrastou para fora da água e depois para a caverna onde ela estava abrigada durante esses dias.

Depois de acender uma fogueira, ela correu para fora da caverna em direção à chuva. Ela voltou rapidamente trazendo consigo algumas ervas.

“Você tem sorte de ter me encontrado”, disse Arielle enquanto tirava as roupas molhadas e sujas de sangue do homem.

Apenas olhando, ela notou que o ferimento em sua cintura era uma perfuração profunda, provavelmente feita com uma faca. “Será que atingiu algum órgão interno? No momento em que ela segurou o pulso do homem para medir sua pulsação, uma mão agarrou a dela.

“Q-Quem é você?” A voz do homem era quase um sussurro, mas o aperto em torno do pulso dela era bem forte. Olhando fixamente para o homem, Arielle disse calmamente: “Quem sou eu? Eu sou a sua salvadora. Se você não me soltar logo, terei que construir uma lápide com os dizeres: Em memória de Zé Ninguém. Tá bom pra você?”

O homem apenas olhou com descontentamento e em silêncio. Em seguida, ele viu as ervas que já haviam sido esmagadas nas mãos dela.

“Qual é o problema? Tire isso daí! Eu ajudo você” Arielle tentou novamente colocar as mãos nele.

“Eu mesmo farei.” Com ar de superioridade, o homem afastou as mãos dela e tirou sua camisa. A todo momento, os olhos sombrios do homem observavam-na cautelosamente.

Quando ele já estava sem camisa, Arielle olhou para o abdômen definido que terminava em um grande “v”conforme iam em direção às calças dele. Esse homem... É musculoso demais, não é?

Incapaz de se controlar, Arielle fingiu não ter percebido. Com o rosto avermelhado, ela cuidadosamente colocou as ervas esmagadas no corpo do homem.

“O que é isso?”, perguntou o homem. Sua voz era baixa, e ela não percebeu nenhuma emoção nele

“Ervas antissépticas para conter o sangramento.”

“Onde estou?”

No início, Arielle estava um pouco tímida perto dele. No entanto, ao ouvir tantas perguntas, ela já havia perdido a paciência com ele. “Ele é bonito, mas faz muitas perguntas. Se eu soubesse onde estou, não estaria presa neste lugar por sete dias, não é?

“Se você tiver dúvidas, você pode perguntar ao seu professor. Por que você não poupa suas forças e deita para descansar ao em vez de falar tanto?”

Irritado, o homem sussurrou: “Não é assim que um médico fala com seu paciente”.

“Oi?” Arielle disse sem emoção: “E você acha que é assim que você deveria estar falando com a pessoa que te salvou?”

Depois, o homem descontente franziu as sobrancelhas. “Mulher, você é grossa.”

“E você indelicado.”

Os dois então se entreolharam enquanto uma forte tensão tomava conta da caverna. Por fim, Arielle desistiu. Não viu sentido em discutir com um homem ferido, logo ela ficou de pé e falou: “A chuva está muito forte, então essa noite será muito gelada. Vou acender o fogo de novo. Não saia daí.”

Enquanto Arielle caminhava em direção à entrada da caverna, o homem falou novamente. “Ei.”

“De novo, qual é o problema com você?” Arielle virou-se para trás.

Se eu não acender essa fogueira agora, nós dois vamos morrer de frio esta noite.

A boca do homem se abriu, mas tudo o que ele disse foi: “Nada”.

Arielle revirou os olhos e voltou a acender à fogueira. Só havia uma maneira para acender a fogueira naquela ilha encharcada. Arielle levou mais de uma hora, mas finalmente acendeu uma pequena chama.

Neste momento, uma brisa vinda de fora foi o suficiente para apagar a pequena chama.

“Ei”, o homem disse novamente.

“O quê?” Arielle gritou.

Quando ela virou na direção dele, ouviu algo metálico batendo no chão. Era um isqueiro e ele havia jogado próximo aos seus pés.

Hein? Ah!

Depois de um silêncio de três segundos, Arielle amaldiçoou em voz alta: “Você está fazendo pouco-caso? Você é um idiota!”

O homem lentamente fechou os olhos e se afastou, mas havia um sorriso cínico que crescia em seus lábios.

A noite logo chegou.

Os dois estavam deitados, um em cada lado da caverna. No meio da noite, Arielle acordou ao som de grunhidos. Quando abriu os olhos, ela percebeu que o rosto pálido do homem agora estava ainda mais branco. Ele estava em posição fetal suando frio.

“Ei, Idiota. Você está se sentindo bem?” Arielle se aproximou e cutucou seu braço, mas dessa vez o homem não teve nenhuma reação. Ela, com medo, colocou sua mão na têmpora do homem e sentiu que ele queimava de febre.

Sua ferida deve estar infeccionada. Essa febre só pode ser isso.

Duas amoxicilinas resolveriam, mas onde ela encontraria algum remédio nesta ilha deserta? Sem opções, Arielle precisou recorrer a outros métodos para resfriá-lo – ela tirou as roupas dele. Embora isso tenha baixado a temperatura do homem, ele começou a tremer e reclamar porque agora sentia muito frio. Por esse motivo, Arielle o aproximou do fogo, mas ainda assim ele não melhorava.

“Droga”, amaldiçoou Arielle antes de tirar sua roupa. Ela então se deitou e abraçou o homem para compartilhar o calor de seu corpo com o dele.

Quem se importa se ele é um idiota? É mais importante salvar sua vida primeiro. Salvar alguém é uma boa ação. Talvez assim Deus permita que eu sobreviva e consiga voltar para casa a tempo de descobrir a verdade sobre a Família Southall. Se as pessoas que estavam me levando para casa tentaram me matar, certamente há algo de errado com essa família. Não terei piedade caso eu descubra que meu pai fez isso.

Arielle se perdeu nos pensamentos enquanto aquecia o homem. Sem perceber, ela adormeceu. Quando ela acordou novamente, ouviu vozes e passos do lado de fora da caverna.

Há outras pessoas por perto?

Assustada, ela se sentou e percebeu que a jaqueta do homem estava cobrindo-a, mas o próprio homem não estava mais lá. Ela vestiu-se apressadamente e saiu da caverna com muito cuidado.

Se forem as pessoas que tentaram me matar... Que caras persistentes.

Quando Arielle espreitou até a entrada da caverna, ela notou que havia uma fila de guarda-costas todos vestidos de preto. A uma certa distância havia também um helicóptero e o líder dos guarda-costas estava falando com o homem que ela salvou.

Nesse momento, o homem se virou. Foi a primeira vez que Arielle viu o rosto do homem com a iluminação normal. Ele era ainda mais bonito, mas ele também parecia bastante intimidador ali. Apesar de sua palidez, ele parecia melhor do que qualquer outro.

Ele se recuperou muito rápido.

“Você...” Quando Arielle começou a falar, o homem interrompeu: “O que você deseja?”

“O quê?” Sua pergunta a deixou encabulada.

Sem nenhuma comoção, ele explicou: “Como você me salvou, eu realizarei um desejo seu”.

Arielle ficou sem palavras por um momento. “Por que você é tão rude comigo? Eu te salvei, mas você nem falou um obrigado?”

Assim que essas palavras saíram da boca de Arielle, todos os guarda-costas olharam para ela horrorizados. Era como se ela tivesse dito algo de outro mundo.

Já a expressão do homem permaneceu em uma neutralidade inexplicável. “Você certamente se arrependerá se perder essa chance.”

Arielle estava furiosa, mas conseguiu racionalizar: Meu barco de madeira pode não durar até que eu chegue em terra firme.

Com raiva, ela soltou: “Leve-me para casa!”.

Agora, era o homem que estava surpreso. “Só isso?”

“E o que mais?” Ela só tinha um desejo, que era deixar aquela ilha deserta, abandonada por Deus.

Olhando para ela como se ela fosse uma tola, o homem então caminhou até o helicóptero. Três horas depois, o helicóptero pairava nos céus de Jadeborough.

“É aqui?”, perguntou o homem, apontando para a mansão que estava logo abaixo deles.

“Eu acho que sim...” Arielle quase não lembrava de sua infância, mas ela havia investigado a Família Southall antes de retornar ao seu país. Aquela deveria ter sido a casa da Família Moore, mas agora ela pertence ao homem que nunca se preocupou em procurá-la depois do seu desaparecimento há 10 anos: Seu pai.

“Desça”, ordenou o homem. O piloto seguiu instantaneamente suas ordens: “Sim, senhor”.

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