Em uma ilha deserta. Gotas de chuva caíam como se fossem tiros, e o som das ondas eram como tambores.
Com um punhal em suas mãos, Arielle Moore talhava a madeira com um pouco de dificuldade. Era como se ela não sentisse nada enquanto a chuva continuava a bater diretamente em seu rosto. Ela perdeu o contato com sua família por dez anos.
Quando finalmente encontrou a família Southall. Ela estava prestes a descobrir a verdade sobre o sequestro e morte de sua mãe.
Um grupo de pessoas que afirmavam serem as únicas que poderiam ajudar ela voltar para casa, tentaram na verdade matá-la. Ela obteve êxito em sua luta contra eles, mas durante o ocorrido seu navio afundou e acabou nesta ilha deserta.
Ela completava uma semana naquela ilha e, durante todo esse tempo, não viu nenhum navio passando. Felizmente, havia muitas árvores e plantas na ilha. Então, ela conseguiu construir um pequeno barco simples de madeira. Porém, assim que ela iniciou o trabalho de entalhe dos remos, uma forte chuva caiu sobre a ilha.
Levantando-se para esticar seu corpo dolorido, Arielle avistou algo escuro nas rochas. Caminhando com cautela, ela se assustou ao descobrir que era um homem. Apesar de bonito, o rosto do homem estava pálido.
Ele tinha um ferimento na cintura, e o sangue se misturava com a água do mar, formando um desenho parecido com o pôr-do-sol na água.
Arielle cuidadosamente passou a mão na frente do rosto, próximo ao nariz do homem. Quando ela percebeu que o homem não estava morto, o arrastou para fora da água e depois para a caverna onde ela estava abrigada durante esses dias.
Depois de acender uma fogueira, ela correu para fora da caverna em direção à chuva. Ela voltou rapidamente trazendo consigo algumas ervas.
“Você tem sorte de ter me encontrado”, disse Arielle enquanto tirava as roupas molhadas e sujas de sangue do homem.
Apenas olhando, ela notou que o ferimento em sua cintura era uma perfuração profunda, provavelmente feita com uma faca. “Será que atingiu algum órgão interno?” No momento em que ela segurou o pulso do homem para medir sua pulsação, uma mão agarrou a dela.
“Q-Quem é você?” A voz do homem era quase um sussurro, mas o aperto em torno do pulso dela era bem forte. Olhando fixamente para o homem, Arielle disse calmamente: “Quem sou eu? Eu sou a sua salvadora. Se você não me soltar logo, terei que construir uma lápide com os dizeres: Em memória de Zé Ninguém. Tá bom pra você?”
O homem apenas olhou com descontentamento e em silêncio. Em seguida, ele viu as ervas que já haviam sido esmagadas nas mãos dela.
“Qual é o problema? Tire isso daí! Eu ajudo você” Arielle tentou novamente colocar as mãos nele.
“Eu mesmo farei.” Com ar de superioridade, o homem afastou as mãos dela e tirou sua camisa. A todo momento, os olhos sombrios do homem observavam-na cautelosamente.
Quando ele já estava sem camisa, Arielle olhou para o abdômen definido que terminava em um grande “v”conforme iam em direção às calças dele. Esse homem... É musculoso demais, não é?
Incapaz de se controlar, Arielle fingiu não ter percebido. Com o rosto avermelhado, ela cuidadosamente colocou as ervas esmagadas no corpo do homem.
“O que é isso?”, perguntou o homem. Sua voz era baixa, e ela não percebeu nenhuma emoção nele
“Ervas antissépticas para conter o sangramento.”
“Onde estou?”
No início, Arielle estava um pouco tímida perto dele. No entanto, ao ouvir tantas perguntas, ela já havia perdido a paciência com ele. “Ele é bonito, mas faz muitas perguntas. Se eu soubesse onde estou, não estaria presa neste lugar por sete dias, não é?”
“Se você tiver dúvidas, você pode perguntar ao seu professor. Por que você não poupa suas forças e deita para descansar ao em vez de falar tanto?”
Irritado, o homem sussurrou: “Não é assim que um médico fala com seu paciente”.
“Oi?” Arielle disse sem emoção: “E você acha que é assim que você deveria estar falando com a pessoa que te salvou?”
Depois, o homem descontente franziu as sobrancelhas. “Mulher, você é grossa.”
“E você indelicado.”
Os dois então se entreolharam enquanto uma forte tensão tomava conta da caverna. Por fim, Arielle desistiu. Não viu sentido em discutir com um homem ferido, logo ela ficou de pé e falou: “A chuva está muito forte, então essa noite será muito gelada. Vou acender o fogo de novo. Não saia daí.”
Enquanto Arielle caminhava em direção à entrada da caverna, o homem falou novamente. “Ei.”
“De novo, qual é o problema com você?” Arielle virou-se para trás.
Se eu não acender essa fogueira agora, nós dois vamos morrer de frio esta noite.
A boca do homem se abriu, mas tudo o que ele disse foi: “Nada”.
Arielle revirou os olhos e voltou a acender à fogueira. Só havia uma maneira para acender a fogueira naquela ilha encharcada. Arielle levou mais de uma hora, mas finalmente acendeu uma pequena chama.
Neste momento, uma brisa vinda de fora foi o suficiente para apagar a pequena chama.
Hein? Ah!
Sua ferida deve estar infeccionada. Essa febre só pode ser isso.
Quem se importa se ele é um idiota? É mais importante salvar sua vida primeiro. Salvar alguém é uma boa ação. Talvez assim Deus permita que eu sobreviva e consiga voltar para casa a tempo de descobrir a verdade sobre a Família Southall. Se as pessoas que estavam me levando para casa tentaram me matar, certamente há algo de errado com essa família. Não terei piedade caso eu descubra que meu pai fez isso.
Há outras pessoas por perto?
Se forem as pessoas que tentaram me matar... Que caras persistentes.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O chefe do destino
Muito bom .....qdo vão disponibilizar os capítulos ?...