O Companheiro da Segunda Chance da Ômega romance Capítulo 3

"Tem certeza de que não quer que eu vá com você?" Lucie perguntou enquanto acompanhava Giulia até a saída de seu apartamento. Ela não queria deixá-la sozinha em uma situação tão terrível.

"Não, preciso fazer isso sozinha," Giulia respondeu com um sorriso fraco. Ela não conseguia entrar em contato com Giuseppe a noite toda. Giulia precisava falar com ele. O que quer que tenha acontecido entre ela e Giuseppe, ela teria que lidar sozinha. Giulia não queria que Lucie ficasse envolvida demais em seu drama familiar.

"Bem, você sabe onde está minha chave reserva," disse Lucie.

"Não se preocupe comigo. Eu vou ficar bem. Giuseppe e eu vamos fugir, e tudo ficará bem," Giulia disse.

Lucie sorriu levemente, mas Giulia notou que seus olhos pareciam um tanto tristes. Ela conhecia Lucie há tempo suficiente para saber que ela estava se contendo. Antes que Giulia pudesse perguntar a Lucie o que ela estava pensando, o táxi de Giulia chegou.

Lucie a abraçou novamente e disse: "Me mantenha informada. Você sabe que meus pais vão te acolher de braços abertos. Eles disseram que a oferta ainda está de pé, se você quiser se juntar ao meu bando."

Giulia concordou e entrou no táxi. Ela acenou para se despedir antes de dizer ao motorista do táxi: "10 Armstead Place". O motorista concordou e se afastou.

A viagem não demorou muito. Durante todo o trajeto, ela conseguia sentir uma dor aguda em seu peito. Era outro ataque de ansiedade. Ela nunca se sentiu tão mal antes.

"Senhora, você está bem?" o motorista do táxi perguntou, vendo seu desconforto.

"Sim, estou bem. Obrigada," Giulia respondeu. "Só estou tendo um pequeno ataque de pânico, acho."

'É o estresse,' Julie disse a ela. 'Estou fazendo tudo que posso para amenizá-lo. Não consigo alcançar Baldur. Não sei por que ele não está respondendo. Você acha que nosso pai ou talvez o próprio pai dele fez algo?'

Baldur era o lobo de Giuseppe. Ele ficou tão feliz quanto Julie quando descobriram que eram companheiros. Por mais que Giulia e Giuseppe conversassem ao telefone, Julie e Baldur se comunicavam muito mais telepaticamente.

'Pode ser. Não consigo acreditar. Não quero acreditar que Giuseppe concordaria com isso. Talvez ele esteja cortando toda a comunicação porque não quer que ninguém o encontre. Ninguém sabe sobre o apartamento dele na cidade,' Giulia ponderou.

A cidade era uma zona neutra para todas as criaturas sobrenaturais. Hierarquia de bandos ou aversão mútua a diferentes raças não eram toleradas aqui. Os anciões fizeram questão que todas as crianças sobrenaturais crescessem conscientes das outras para eliminar qualquer ignorância. Era uma boa ideia em teoria, mas muitos fatores externos interferiam. As pessoas não podiam deixar de julgar uma às outras.

"Chegamos," o motorista do táxi disse, tirando Giulia de seus pensamentos. Ela pegou $40 de sua carteira e disse: "Fique com o troco". Ela saiu do carro e subiu às pressas as escadas para o apartamento de Giuseppe.

Giulia já estivera lá mais de uma vez durante o fim de semana. Sua família nunca soube quando ela estava em casa, e ela queria manter assim. Quando a situação em casa piorava, Giuseppe era um refúgio para ela, já que Giulia não queria ter que lidar com a família mais do que o necessário.

Giulia rapidamente pegou a chave reserva debaixo do tapete e abriu a porta. Ela entrou no apartamento dele, e a dor pareceu intensificar. Giulia agarrou o peito e quase caiu de cara no tapete. Ela se apoiou na parede para se mover mais para dentro do apartamento dele.

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