O carro de Simon estava estacionado do outro lado da rua já que estava relativamente menos movimentado.
Sharon estava planejando esperar seu filho no portão da escola, mas Simon disse que estava muito cheio e a impediu de entrar no meio. Então, ao invés disso, ele pediu com que o motorista buscasse a criança.
Depois de pouco tempo, o motorista conseguiu pegar o garoto, mas uma menina o seguiu logo atrás. Sharon imaginou que ela seria uma colega de sala de seu filho.
Quando viu isso, ela começou a imaginar a cena no qual seu filho estava alguns anos mais velho, trazendo sua namorada em casa para conhecer seus pais.
"Quem é a sua amiga, Sebastian?"
"Mamãe, essa é a Celia. Ela senta do meu lado. É o aniversário dela hoje, mas os pais dela estão muito ocupados pra comemorar com ela. Posso passar o aniversário dela com ela?"
Então, era sobre o aniversário dela. Não é à toa que a criança chamou tanto ela como o Simon.
"Claro que você pode, mas você tem que dizer aos pais dela antes. Se não, eles podem pensar que a Celia desapareceu, e eles vão ficar muito preocupados."
"Oi, Tia. Eu disse pra minha mamãe antes que eu iria passar o meu aniversário com o Sebastian hoje à noite, e ela deixou." Celia disse com uma voz infantil afeminada. Ela parecia ser uma garota educada e obediente.
"Os seus pais estão ocupados?" Ela não conseguiu segurar essa pergunta. Que tipo de trabalho que eles tinham que eles não podiam ter sequer um tempo para o aniversário de sua filha?
Os olhos de Celia perderam um pouco de seu brilho. "Sim. Eles são médicos, e tem muitos pacientes no hospital. Eles não podem tirar um tempo pra ficar comigo."
Sharon imediatamente entendeu conforme ela acariciou a cabeça de Celia. "Então seus pais são anjos, que legal. Se eles estão ocupados, então nós vamos fazer companhia pra você hoje."
Ela pediu que as crianças entrassem no carro, mas a garota gritou assim que os olhos dela se encontraram com Simon.
Sharon percebeu a expressão branca no rosto de Simon, e realmente era um pouco assustador. Apesar disso, ela estava acostumada com a expressão fria permanente daquele homem.
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