—Você também não vai comer? — Sebastian perguntou.
— Como sua mãe não está comendo, eu também não vou. — disse ele, provocando a mulher.
— Se vocês não querem, eu quero! — Sebastian exclamou.
Ele não perderia tempo agindo com cortesia na frente daqueles dois, a comida era deliciosa demais para isso. Assim, puxou os pratos de arroz cozido para perto, sem cerimônia alguma.
Sharon não pôde deixar de julgá-lo pela quantidade de comida que comia, inventando uma preocupação fútil em relação ao apetite do filho.
De fora do restaurante, Xena observava os três, com ódio no olhar. Culpava Sharon Jeans por seu divórcio. Seu ex-marido fez tudo o que pôde para abordar Sharon, aproveitando-se até da influência que poderia conseguir com o próprio filho. A existência de Sebastian era um alicerce inquebrável daquela relação.
O ódio crescia no coração de Xena, lembrando-se de como Simon disse a ela que não desejava ter qualquer outro filho, além de Sebastian. A mulher fitou Sebastian, que comia, alegremente, toda a comida da mesa. Se ele não existisse, Simon talvez pensasse em ter outro filho. Como Sharon estava mentalmente doente, a família Zachary nunca aceitaria bem outra gestação dela. Assim, Xena iludiu-se ao concluir que seria a única opção para dar um filho àquele homem.
Quanto mais a mulher pensava nisso, mais emocionada ficava. Repetiu mentalmente que se Sebastian não existisse, sua vida seria melhor.
...
No laboratório, Sharon estava formulando seu perfume, como de costume. De repente, seu celular tocou. Checando o identificador de chamadas, viu que a ligação era do coordenador da escola de seu filho. No mesmo instante, preocupou-se e atendeu a ligação.
— Alô! Coordenador? —
— É a mãe de Sebastian, certo? A senhora pode vir à escola. Sebastian... Bem, nós perdemos Sebastian de vista. — o professor disse em um tom pesado de pânico.
Sharon foi imediatamente tomada pelo choque.
— Sebastian me disse que a escola estava organizando uma ida ao parque onde eles estariam desenhando. Como deixaram ele se perder? — ela perguntou, incrédula.
— De fato, fomos ao parque para uma aula de desenho em campo, com as crianças. No entanto, durante o piquenique, ele desapareceu. Os professores e alunos foram procurá-lo. Estou pedindo para você vir porque, se ainda não conseguirmos encontrá-lo, não temos escolha a não ser denunciar isso à polícia. —
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