Três dias depois, tudo estava indo bem e Sharon estava na metade do caminho para fazer a fragrância. Ela saiu do laboratório, à noite, pois sentiu vontade de tomar uma xícara de café para clarear as ideias. Então, a mulher notou um envelope sobre a escrivaninha e não pôde deixar de achar estranho. ‘Por que isso está aqui?’ Então, pegou o papel e olhou para ele. Havia uma carta dentro.
A mulher pegou a carta, olhou por alguns segundos e leu as palavras escritas nela: ‘Senhorita Newton, por favor, vá ver o senhor Henry. Você é a única que pode lhe dar alguns conselhos. Ele se sente fracassado por não ter conseguido salvá-la aquele dia e tem estado com um humor extremamente negativo ultimamente.’
A carta não foi assinada. Era uma carta anônima e isso era ainda mais estranho. ‘Quem escreveria uma carta como essa pra mim? Por que ela diz que sou a única que poderia dar conselhos a Henry? Que engraçado... isso nem faz sentido. O homem queria que eu fosse embora o mais rápido possível... Como as minhas palavras poderiam beneficiá-lo de alguma forma? Essas palavras deveriam ser dirigidas a Tammy.’
Sharon enfiou a carta de volta no envelope e fingiu que não tinha visto. Então se virou e continuou fazendo seu café. Mas, enquanto tomava a bebida, não pôde deixar de pensar no que a carta mencionava. ‘Henry se sentia um fracassado por não ter conseguido me salvar? Será mesmo que somente eu seria capaz de dar-lhe alguns conselhos com relação a isso? Ele realmente se sentiria melhor se eu pudesse lhe dizer algumas palavras de encorajamento e falasse como ele foi heroico e incrível naquele dia?’ Confusa, Sharon chamou uma das empregadas, do lado de fora, e perguntou:
— Quem esteve aqui agora a pouco? Você viu quem colocou este envelope aqui? —
A empregada balançou a cabeça e disse:
— Desculpe, eu... me senti mal agora a pouco, precisei ir ao banheiro e não vi. —
Sharon franziu a testa. ‘Por que ela não estava aqui justamente num momento tão específico?’ A mulher ficou pensativa. No entanto, como a pessoa havia escrito a carta anonimamente, isso significava que não queria ser identificada, então, deve ter evitado intencionalmente a atenção da empregada.
Pelo conteúdo da carta, ela imaginou que seu autor era alguém próximo a Henry. Caso contrário, como poderia entendê-lo tão bem? ‘Henry tinha algum funcionário mais próximo?’ A mulher não tinha a menor ideia.
Enquanto estava pensando profundamente, a empregada a avisou da chegada de Tammy. Sharon instintivamente escondeu a carta. Ela não sabia por que, mas não queria que sua anfitriã a visse.
A senhorita Chester entrou na sala, agitada e com as sobrancelhas franzidas. Parecia que algo urgente estava acontecendo.
— Senhorita Newton, como está o progresso da fragrância? Você pode prosseguir em alta velocidade e terminar até amanhã? — Perguntou, em um tom péssimo.
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