O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 13

“Qual o problema nisso? Eu só quero maximizar nossos lucros. É bom tanto para a empresa quanto para a nossa família!”, respondeu Trent.

Família? Aquela palavra, que antes representava o maior desejo de Quinn, agora parecia vazia. Quando se casou com ele, buscava apenas construir uma família.

Mas, no fim, percebeu que ele simplesmente não podia lhe oferecer isso.

“Você ainda teria me pedido para voltar à empresa se eu não tivesse salvado Julius hoje?”, Quinn perguntou.

“Você é a chefe da empresa, então pode voltar a qualquer momento”, disse Trent.

“Então posso apenas anunciar no escritório que sou a chefe?” Quinn ergueu uma sobrancelha.

Trent ficou em silêncio por um instante, antes de finalmente dizer: “Concordamos antes em manter nosso casamento em segredo por enquanto, certo? Anunciaremos quando for o momento certo.”

“Pois é, porque se anunciarmos agora, todos na empresa saberiam da sua infidelidade durante nosso casamento, não é? Todo mundo sabe que Sidonie é sua primeira paixão, mas ninguém sabe do nosso casamento”, disse Quinn diretamente.

Visivelmente irritado, Trent perguntou: “Você realmente precisa tornar as coisas difíceis para mim?”

“Não tenho intenção de complicar sua vida, então não pretendo voltar à empresa. Além disso, no clube de equitação, disse a Julius que se ele quisesse me retribuir, deveria doar para construir uma Escola Primária Operação Esperança. Portanto, não espere que eu te ajude a convencer Julius a investir na Grafton Technologies!”, respondeu Quinn.

Trent explodiu de raiva e passou a noite inteira ignorando sua esposa.

No dia seguinte, Quinn foi ao escritório de Laura. Elas concordaram que, após o enterro de Montague e Arlene em sua cidade natal, ela começaria oficialmente a trabalhar na empresa.

Durante o almoço, Quinn viu uma foto no Instagram de Jacinda. A imagem mostrava mãos de um homem: uma segurando uma tigela de mingau, a outra um garfo, mergulhando no alimento.

A legenda dizia: “O mingau preparado com carinho por Trent para minha futura cunhada está com um cheiro incrível!”

Olhando para a foto, Quinn finalmente entendeu com o que Trent estava ocupado naquela manhã na cozinha.

Quando ela ficou doente, a febre chegou a quarenta graus Celsius. Estava tão fraca que mal conseguia sair da cama. Tudo que seu esposo disse foi que estava ocupado com o trabalho e pediu que ela cuidasse de si mesma.

Antes mesmo da febre passar, ela foi chamada de volta ao trabalho devido a assuntos da empresa.

Ela foi ao escritório ainda com soro, e ele não se importou. Nem sequer pediu comida pronta, quanto mais preparar mingau. Ela teve que fazer sozinha.

Agora, no entanto, ele se levantava cedo para preparar mingau para Sidonie.

A diferença entre amor e ausência dele era clara.

“O que você está olhando?”, Laura perguntou curiosa, inclinando-se para ver melhor.

Após ver a foto, a jovem ficou surpresa por um instante, antes de se recompor. “Será que Trent fez mingau para Sidonie? Isso é demais. Vocês nem estão divorciados ainda!”

“Não importa.” Quinn guardou o celular e se levantou para sair.

“Para onde vai? Não vai correr para o hospital, vai?”, perguntou Laura.

“Não sou tão ociosa. Vou ao velório ver minha mãe e meu pai”, disse Quinn.

Mal havia saído da empresa de Laura, quando um sedã preto parou à sua frente.

Um homem de terno preto desceu do carro e disse respeitosamente: “Sra. Bridger, sou secretário do Sr. Whitethorn. Ele deseja expressar sua gratidão por você ter salvado sua vida e a convida para uma refeição.”

“Não é necessário. Já deixei claro antes. Se ele quer me agradecer, que doe para construir uma Escola Primária Operação Esperança.” Quinn entrou direto no carro.

Meia hora depois, ela chegou ao velório, diante da urna cremando contendo as cinzas de seus pais.

Na urna, estava a bandeira nacional.

“Mamãe, papai, pensei que Trent devia um pedido de desculpas a vocês. Queria que ele prestasse respeito e pedisse desculpas. Mas acho que não é mais necessário, certo?”, murmurou Quinn suavemente.

A única resposta foi o silêncio do ar.

Ela juntou as mãos em oração, prestando respeito a Montague e Arlene.

“Só aguente mais um pouco. Logo poderei levá-los de volta à nossa cidade natal”, disse Quinn.

“Você vai embora deste lugar?” Uma voz soou por trás.

Um arrepio percorreu Quinn. Ao virar-se, viu o rosto de Julius.

“Por que está aqui?”, perguntou surpresa.