O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 2

Duas fileiras de soldados marcharam em perfeita sincronia, tomando posição na entrada do quartel. Erguendo a mão direita, saudaram Quinn.

Então, ela viu Dominic Zahn, um antigo comandante, vestido com o uniforme militar, trazendo pessoalmente uma urna em suas mãos.

Sobre a urna funerária estava a bandeira nacional. Ao vê-la, os olhos de Quinn arderam.

A bandeira representava a convicção inabalável de seus pais!

Na época em que aceitaram a missão do governo de integrar as Forças de Paz no exterior, já estavam preparados para o sacrifício final.

“Os restos mortais de seus pais foram encontrados entrelaçados, por isso foram cremados juntos no exterior. Todas as cinzas estão aqui”, informou Dominic, com um tom de pesar.

“Assim é melhor.” Quinn olhou para a urna coberta pela bandeira nacional. “Mamãe e papai se amavam profundamente. Eles teriam desejado permanecer juntos até na morte.”

Dominic assentiu, endireitando-se de repente. Estendeu a urna para Quinn. “O espírito dos heróis caídos jamais se apagará!”

Os soldados atrás dele ecoaram em uníssono: “O espírito dos heróis caídos jamais se apagará!”

O brado ensurdecedor rasgou os céus!

Lágrimas inundaram os olhos de Quinn. Com as costas eretas, ela prestou novamente uma solene continência a Dominic e aos soldados.

“Eu, Quinn Bridger, recebo meus pais de volta ao lar!”, disse, tomando a urna das mãos de Dominic.

Embora pesada, ela inexplicavelmente lhe transmitia paz.

Três anos antes, seus pais haviam morrido em terras estrangeiras. Finalmente, ela podia trazê-los de volta para casa!

Após a entrega das cinzas, Dominic percebeu que ela estava sozinha.

“E seu marido? Não veio com você?” Ele sabia do casamento de Quinn.

Com o olhar levemente baixo, ela murmurou: “Está ocupado, não pôde vir.”

Dominic a viu crescer. Ela era uma menina cheia de energia e ambição; três anos após o casamento, trazia no rosto marcas de exaustão.

“Se tiver qualquer dificuldade, fale comigo. Farei o possível para ajudar”, disse Dominic, batendo de leve em seu ombro.

“Obrigada, senhor Zahn!”, respondeu Quinn.

“E se as coisas não derem certo lá fora, sempre pode voltar. Os portões do quartel estarão eternamente abertos para você!”, acrescentou ele.

Quinn assentiu. Depois de se despedir de Dominic, voltou ao carro, segurando a urna dos pais.

Com o maior cuidado, colocou-a no banco do passageiro e ligou o carro. “Papai, mamãe, estou levando vocês para casa!”

Ao retornar à mansão, ouviu a voz de sua sogra ecoando na sala de estar: “Agora que Sidonie voltou, e ainda por cima é piloto, você devia se apressar e se divorciar da Quinn para se casar com ela.”

“Sidonie e eu somos apenas amigos”, respondeu a voz grave de Trent.

“Amigos? Todos sabem que você gosta dela. Tem boa formação, um ótimo emprego e é a primeira piloto mulher da Nimbus Air. Quinn não tem nada. Não está à sua altura!”, exclamou Jacinda Grafton, a irmã mais nova de Trent.

Um frio percorreu o coração de Quinn. Três anos de casamento, sempre ao lado de Trent em seus empreendimentos. Virava noites, levava seu corpo ao limite pelo bem da empresa. Houve vezes em que trabalhou com soro na veia. E agora, tudo era resumido a um simples “indigna”.

Nesse instante, Jacinda a viu. “Quinn, você não tem vergonha de ficar aí, escutando escondida?”

“Como assim comprou junto? Foi Trent quem pagou!”, rebateu Jacinda. Em seguida, chamou pelo irmão: “Trent, a mamãe acabou de operar os olhos. O médico disse que não pode se agitar. Rápido, mande Quinn embora!”

Uma hesitação cruzou os olhos de Trent, mas no fim ele disse: “É melhor você sair por enquanto e arranjar outro lugar para guardar as cinzas.”

O coração de Quinn afundou. Como ele pôde dizer aquilo?

“Você também acha que as cinzas dos meus pais trazem azar? Não podemos guardá-las aqui, nem que seja por alguns dias?” Ela o encarou, exigindo resposta.

Trent não disse nada, mas o silêncio foi resposta suficiente.

“E se eu não quiser?” Ela avançou. “Trent, em três anos de casamento, nunca faltei com você ou com sua família! Quando você começou o negócio, estive ao seu lado, dividindo as dificuldades do empreendedorismo. Quando sua mãe foi diagnosticada com catarata, muitos médicos disseram que não havia solução. Fui eu quem a acompanhou, batendo de porta em porta nos hospitais de Jexburgh, usando todos os contatos que tinha, até conseguir consulta com o melhor oftalmologista da cidade. Foi assim que salvamos a visão dela! Sempre tratei vocês como família. Mas vocês já respeitaram a minha?”

As expressões dos Grafton se fecharam.

Jacinda retrucou, indignada: “Como assim você ajudou minha mãe? Só conseguiu porque Trent é rico, e por isso o melhor médico de Jexburgh aceitou atendê-la! E sobre ajudar o meu irmão nos negócios, não se faça de importante. A empresa só foi para frente por causa da habilidade dele, não sua. Não venha bancar a salvadora!”

Quinn apenas olhou para Trent. “Estamos casados há três anos. Não posso nem manter as cinzas dos meus pais em casa por alguns dias?”

Trent franziu o cenho. “Quinn, pare de criar caso.”

“E se eu não aceitar?” Ela deu um passo à frente.

Num acesso de raiva, Penelope avançou sobre ela, levantando a mão e desferindo um tapa em seu rosto. “Enquanto eu estiver aqui, você não vai colocar cinzas nesta casa!”

Cambaleando, Quinn suportou o golpe.

Ainda tentando se recompor, sentiu Penelope empurrar a urna em suas mãos, quase fazendo-a cair...

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