O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 283

Ela ficou paralisada, encarando-o em um estado de incredulidade absoluta.

“Você prometeu,” Julius repetiu, agarrando-se àquelas palavras como um náufrago a um pedaço de madeira. “Quinnie, você não pode voltar atrás.”

Quinn soltou uma risada seca, sem alegria, com lágrimas brilhando nos olhos. “Agora entendo por que dizem que o Sr. Whitethorn sempre pensa três passos à frente. Nunca imaginei que você tivesse calculado até isso. Você me fez prometer o perdão como garantia, não foi?”

“Eu...” Ele pressionou os lábios ressecados. Sabia o quão desprezível aquilo soava.

Mesmo assim, não conseguia deixá-la partir.

“Por favor, fique,” ele implorou.

“Solte,” ela disse, olhando para os dedos que apertavam seu pulso.

A voz dele falhou. “E se eu me recusar?”

Sem dizer nada, ela começou a soltar os dedos dele, um por um.

Mas o aperto dele só se intensificou, sem ceder.

Os olhos dela escureceram. Crack!

O dedo indicador dele ficou torto, apontando em um ângulo grotesco, recém-quebrado por ela.

Julius sussurrou, o rosto pálido, “Quinnie, se quebrar meus dedos ajudar, pode levar todos os dez.”

Quinn franziu a testa. “Julius, você realmente acha isso divertido?”

Ele balançou a cabeça, ainda segurando firme. “Não, mas não consigo te deixar ir.”

Quinn inspirou fundo. “Vou dizer mais uma vez—afrouxe o aperto.”

Ele permaneceu em silêncio, a mão ainda presa ao pulso dela.

Crack. O som cortou o ar, e a dor atravessou o peito dela como se seus próprios ossos tivessem se partido. O dedo médio dele se dobrou, depois o anelar, e com o terceiro estalo nauseante, ela finalmente se libertou.

Julius olhou para ela, alheio aos dedos quebrados. “Por favor, não vá embora. Pode me machucar o quanto quiser, só fique.”

A porta bateu atrás dela, e Julius sentiu o mundo inteiro mergulhar na escuridão.

Mesmo um erro era imperdoável. Tinha sido só uma vez.

Ele já havia revivido aquele dia mil vezes, se amaldiçoando por não ter salvado Rowan. Se ao menos tivesse conhecido Quinn antes. Se, cinco anos atrás, tivesse visto uma única foto do irmão dela—tudo teria sido diferente.

Se ao menos tivesse cruzado com Rowan naquele dia, poderia tê-lo puxado para a segurança, e ele e Quinn estariam vivendo o sonho deles.

Ele permaneceu de joelhos mesmo depois que Quinn foi embora.

A luz do dia desapareceu das janelas antes que ele finalmente se levantasse, cambaleando.

A mão direita pendia ao lado do corpo, três dedos quebrados e tortos de forma grotesca, mas ele parecia não perceber. Vasculhou o apartamento com um olhar desesperado e, como se estivesse possuído, começou a revirar cada cômodo em busca de algo dela.

Quando ela se mudou, trouxe pouco mais que uma única mala. Naquela noite, levou tudo consigo, como se não pretendesse nunca mais voltar.

Julius parou ao lado do criado-mudo. Depois de uma longa pausa, abriu a gaveta e encontrou uma pequena caixa. Ela tinha dito que era para o aniversário dele. Ela levou tudo, menos aquilo.