O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 298

Laura engasgou-se com a comida, tossindo tão forte que o pedaço mal mastigado quase voou pela mesa. “Eu te bati com um cinto?”

“Sim. Estou bastante certo de que a marca ainda está no meu peito. Quer inspecionar a prova?” Suas mãos pairavam perto dos botões da camisa, prontas para desabotoar o tecido.

“N-Não, isso não será necessário,” ela exclamou, corando.

Weston inclinou-se, com os olhos afiados como vidro quebrado. “Você realmente não se lembra de nada do que fez comigo ontem à noite?”

Sob aquele olhar, a confiança de Laura desmoronou. “Eu estava bêbada,” ela murmurou. “Tudo depois de certo ponto está embaçado.”

“Devo lhe dar um resumo completo?” ele ofereceu.

Ela respirou fundo como alguém se preparando para uma cirurgia. “Esqueça os detalhes. Diga-me o que você quer, e vamos resolver isso.”

“Se minha namorada fizesse algo assim, eu chamaria de flerte,” Weston falou lentamente, cada sílaba lenta e deliberada. “Mas se ela não é minha namorada, eu posso processá-la por assédio.”

As palavras ficaram presas na garganta de Laura.

“Assédio?” Ela relembrou o vídeo em sua mente e teve que admitir que parecia ser esse o caso. Ele poderia ter me afastado, então por que não o fez? Ele estava me preparando?

“Eu posso te pagar,” Laura disse cuidadosamente. “Vamos resolver isso—diga seu preço.”

“Resolver? Pagar?” Weston soltou um som baixo e divertido. “Laura, eu pareço precisar de suas migalhas?”

“Então o que exatamente você quer?” ela exigiu, a irritação aflorando.

“Volte para mim,” Weston disse, completamente imperturbável, “e depois disso você pode 'brincar' comigo como quiser.”

Laura piscou—uma lenta e incrédula batida de cílios. O homem sempre parecia um aristocrata correto; quem diria que ele poderia dizer algo tão descarado?

“Eu tenho um namorado,” Laura murmurou. “Voltar com você é impossível.”

Weston colocou o garfo na mesa. “Um namorado? Se isso for verdade, sinta-se à vontade para chamá-lo agora. Vou deixar ele assistir ao vídeo também. Acha que ele é de mente aberta o suficiente para saber que sua namorada ainda suspira pelo ex?”

Os dentes de Laura se chocaram. “Meu namorado sabe que eu estava bêbada. Ele não vai se importar—ele é generoso.”

“Então ligue para ele. Supondo, é claro, que o homem realmente seja seu namorado.”

Laura olhou, momentaneamente sem palavras. Trauma psicológico? Se alguém deveria precisar de terapia depois do que aconteceu, deveria ser eu!

Negociar com o famoso advogado de Jexburgh era um jogo perdido; ela sempre sairia pior.

“Certo. Um ano então,” ela concordou. Os negócios da empresa não poderiam ser comprometidos, e ela absolutamente recusava ser detida por assédio—seria humilhante além da medida. Demais... Demais humilhante!

Sidonie estava de repouso nos últimos dias, protegendo a vida crescendo dentro dela enquanto procurava desesperadamente por fundos e um advogado competente.

Ela apresentou seu caso em todos os escritórios de advocacia respeitáveis da cidade, mas os nomes famosos simplesmente balançavam a cabeça, e os poucos advogados ousados o suficiente para considerá-lo exigiam taxas tão astronômicas que pareciam punição.

Enquanto isso, Trent não apenas se recusava a ajudá-la a garantir representação, mas também torcia a faca, ameaçando indiciá-la por desviar cinquenta milhões de sua conta. Se um tribunal confirmasse a acusação, ela provavelmente passaria o resto da vida atrás das grades.

No escritório do CEO da Grafton Technologies, Sidonie estava de pé diante de Trent, cuja expressão era uma máscara de repulsa crua.

Não fazia muito tempo, esses mesmos olhos brilhavam com admiração—sim, até mesmo desejo—cada olhar uma confissão que ele tinha muito orgulho para expressar, mas hoje eles carregavam nada além de repulsão, como se cada memória compartilhada tivesse azedado durante a noite.

“O que você quer, Sidonie?” Trent perguntou, irritação raspando em cada palavra.

“Ouvi dizer que você está planejando me processar, então vim por respostas,” ela respondeu, encontrando seus olhos sem piscar.