O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 308

O beijo inesperado deixou Weston rígido, com o choque percorrendo suas veias como uma corrente elétrica. No entanto, segundos depois, ele se derreteu, afogando-se na suavidade dos lábios dela e naquele aroma familiar de jasmim selvagem.

Quanto tempo havia passado desde que ela o beijou assim pela última vez? A pergunta acendeu uma fome que arranhou sua restrição, instigando-o a exigir mais.

Mas após um instante, o beijo se desfez, deixando o ar cru e desejoso.

Laura se endireitou, com os lábios ainda brilhando, e lançou um olhar desafiador para Serena. "Satisfeita agora?" ela perguntou. "Você viu com seus próprios olhos."

A cor drenou do rosto de Serena, deixando-o uma máscara de fúria atônita.

O coração de Weston afundou. Então o beijo não tinha sido nada além de teatro — pelo menos para ela. O único que o valorizava era eu.

Julius abriu os olhos e se viu em uma suíte de hospital particular, com as paredes zumbindo com um silêncio esterilizado.

"Onde ela está?" foram as primeiras palavras a saírem de seus lábios rachados.

Fabian, de guarda ao lado da cama, limpou a garganta. "A Sra. Quinn te nocauteou, mandou nos apressarmos para cá e depois partiu sem mais uma palavra", explicou.

Julius baixou o olhar para os três dedos engessados de sua mão direita, a bandagem branca destacando-se contra sua pele.

Mesmo depois de eu implorar, mesmo depois de me abrir na frente dela, ela ainda insiste em me afastar.

Ela nem sequer roçaria o dorso da mão contra a dele.

Ele entendeu — essa era Quinn Bridger por inteiro. Ela carregava o amor como um soldado carrega um rifle: pronta para erguê-lo alto, tão pronta para colocá-lo de lado.

Uma vez que ela resolveu se divorciar de Trent, ela marchou para frente sem um único olhar para trás. E agora, se ela escolhesse terminar as coisas comigo, sua espinha permaneceria tão reta, seus passos tão inflexíveis?

Não.

Julius apertou a mandíbula até seus dentes rangerem. Mesmo que ela se recusasse a virar, ele forçaria os céus e a terra a girarem até que ela o enfrentasse novamente.

Alguns dias depois, Laura acompanhou Quinn pelas portas de vidro deslizantes do aeroporto, as luzes do teto refletindo nas intermináveis fileiras de azulejos polidos.

Laura estendeu a mão e alisou o zíper na bagagem de mão de Quinn. "Você pegou tudo, querida? Não deixou nem uma meia para trás, não é?"

Quinn levantou a bolsa mais alto no ombro, as rodas da mala clicando sobre o piso polido. "Não está faltando nada. Mesmo que eu tenha esquecido algo, posso comprar assim que chegar. Estou voando para Riverpoint — a segunda maior cidade de Doria, não algum vilarejo remoto."

A preocupação de Laura se recusava a afrouxar. "Quando você chegar lá, prometa que vai me ligar todos os dias — sem exceções."

O sorriso de Quinn era suave, mas seguro. "Eu vou."

Ela se virou em direção ao portão de embarque, pronta para entrar na corrente de viajantes, quando uma silhueta esguia atravessou o mármore, puxando uma mala que zumbia no ar tranquilo da manhã.

O sorriso de resposta de Quinn era pequeno, mas genuíno. "Claro." Lado a lado, eles rolaram suas malas em direção aos detectores de metais, as rodas ticando como um coração compartilhado pelo piso brilhante.

Enquanto caminhavam, Harlan roubava olhares rápidos para Quinn pelo canto do olho, catalogando cada mudança sutil em sua expressão.

Desta vez, ele jurou, não deixaria ela escapar de seu alcance.

De volta a Yarburn, sua ausência havia deixado uma porta entreaberta, e Julius Whitethorn havia entrado diretamente por ela.

Ele se recusava a cometer o mesmo erro duas vezes.

Ele havia jurado que, acontecesse o que acontecesse, ele ficaria ao lado dela. Mesmo que ela não sentisse amor agora, mesmo que o romance não significasse nada, ele esperaria em devoção silenciosa, pronto para ser o primeiro rosto que ela visse quando precisasse de qualquer coisa, o próprio pensamento em que seu coração tropeçasse.

De uma curta distância, Julius observava os dois caminhando lado a lado; um filete de escuridão deslizou por seus olhos, afiado e frio como o aço do inverno.

Fabian inclinou a cabeça. "Sr. Whitethorn, o avião está pronto para embarque."

Julius piscou, a tempestade em seu olhar se dobrando para dentro enquanto olhava para o cartão de embarque e o passaporte aconchegados em sua palma.

"Quinnie, estaremos juntos novamente antes que você perceba", ele murmurou, a promessa enrolando-se em torno de cada sílaba como fumaça.