O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 529

A risada profunda e calorosa de Everett ribombou pelo alto-falante, enchendo o carro de tal forma que Quinn quase podia ver seus ombros sacudindo do outro lado do oceano. "Muito bem, Julius, escuta aqui", disse ele quando a risada se acalmou. "É bom tratar minha garota como o tesouro raro que ela é, ou eu juro que pego o próximo voo cruzando o Atlântico e você vai descobrir quão rápido um velho consegue girar uma bengala."

Rowan disse, culpado: "Quinn, me desculpa por não poder estar aí hoje."

Quinn balançou a cabeça, dizendo: "Só pegamos a licença, Rowan. Guarda as viagens longas para o casamento de verdade. Agora, o lugar mais importante para você é ao lado da Lena enquanto ela faz o tratamento."

Quinn sabia que a viagem entre Doria e Celosia não era nem barata nem fácil, especialmente para Everett, cujos cabelos já estavam prateados nas têmporas. Ela temia a ideia de vê-lo indo e voltando, com os ossos doendo nas longas esperas de aeroporto.

Além disso, o Grupo Fane ainda lutava para sair do caos deixado por aquele ataque cibernético cruel; as ondas de incerteza ainda não haviam se dissipado.

Por semanas, Everett viveu à base de café de sala de reunião e adrenalina, mergulhando em reuniões de crise que sangravam do amanhecer até a meia-noite.

Tudo o que Quinn podia fazer de longe era mergulhar em linhas de código até a visão ficar turva, caçando cada última vulnerabilidade, corrigindo cada brecha e, por fim, atualizando toda a estrutura de segurança.

Ainda assim, ela entendia a verdade: o escudo atual que protegia o Grupo Fane estava antiquado, e outra invasão não era uma questão de "se", mas de "quando".

Uma reconstrução completa do sistema de cibersegurança teria que saltar do "um dia" para o "agora".

Ela, Everett e Rowan já haviam debatido isso em mais chamadas noturnas do que ela podia contar.

Rowan, estacionado em Celosia, dividia seus dias entre a ala de tratamento da Lena e entrevistas com os melhores engenheiros que conseguia atrair para o projeto.

Durante a chamada de vídeo, as bochechas de Quinn cintilavam de travessura esperançosa. "Quando Julius e eu fizermos o casamento, espero que vocês dois fiquem comigo por mais do que um fim de semana rápido. Quero tempo de qualidade com vocês."

As respostas deles se sobrepuseram nos alto-falantes, dois barítonos distintos formando a mesma única palavra. "Combinado."

A ligação se desfez em silêncio justo quando o motorista parou diante dos portões ornamentados do Velvet Crown Club.

Famoso por pratos capazes de fazer um crítico chorar, o clube era um velho conhecido; Quinn já tinha jantado ali com Julius e ainda se pegava desejando o robalo beijado por trufas do chef.

O quarteto deslizou para um lounge VIP forrado de veludo, a iluminação baixa se derramando como âmbar líquido sobre a mesa de nogueira polida.

O olhar de Harlan pousou no diamante que piscava no dedo de Quinn. "Esse é o anel de casamento?"

Antes que Quinn pudesse responder, Julius capturou sua mão, entrelaçando os dedos, e posicionou deliberadamente as alianças sob o foco do lustre como se apresentasse prova fotográfica de perfeição. "Exatamente. É perfeito", declarou, com um orgulho impossível de perder.

Harlan soltou uma risada baixa e sarcástica. "Desde quando você ficou tão infantil, tão ansioso para se exibir?"

Julius recostou-se, imperturbável, os lábios se curvando. "Se você acha que isso é se exibir, então seu mundo deve ser dolorosamente pequeno, Sr. Ingram."

Do outro lado da mesa, Laura revirou os olhos num arco dramático que impressionaria qualquer adolescente.

Sinceramente, eles mandam nas páginas de negócios de Jexburgh, e aqui estão, se alfinetando por joias como meninos de escola.

Nesse momento, a porta do lounge se abriu com um clique suave.

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