O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 541

O que, afinal, esse homem está fazendo?

Laura tentou mais uma vez empurrar Weston para longe, as palmas firmes contra o peito dele.

Em vez disso, ele se aproximou ainda mais, salpicando beijos leves do ouvido dela ao longo da linha delicada do pescoço.

Ela estremeceu, um suspiro traidor tremulando perigosamente na beira dos lábios.

— Srta. Wentworth? — Gavin chamou novamente.

— Eu... estou aqui — Laura forçou as palavras, tentando soar normal. — O Sr. Windore e eu precisamos resolver uma coisa, então vamos sair por um momento. Alguém vai pegar minha bolsa e o remédio perto da mesa mais tarde. Desculpe.

As últimas palavras dela se dispersaram num tremor quase sem som.

Weston não estava apenas beijando-a. Ele sugava de leve a pele do pescoço dela, acendendo faíscas sob a superfície.

Ele sabia exatamente quais cordas tocar para fazê-la arder.

— Tem certeza de que está bem? — Gavin perguntou, a dúvida costurando suas palavras.

— Estou... bem — Laura respondeu.

Desde o primeiro toque, ela mantinha a voz num quase sussurro, com medo de que o médico, a poucos passos dali, pudesse ouvir.

Nesse momento, a ponta dos dedos de Weston roçou os lábios dela, enquanto os lábios dele se entreabriram, como se fosse falar.

Laura se sobressaltou e tampou a boca dele com a mão. Não podia permitir que ele emitisse qualquer som.

— É... é só isso por agora — vou desligar! — ela disparou, encerrando a chamada.

Gavin encarou a tela silenciosa, lançou um olhar pensativo em direção ao banheiro e então se afastou.

Ao ouvir os passos dele se dissiparem, Laura soltou o ar, aliviada, e tentou puxar a mão, mas Weston a prendeu contra os próprios lábios.

O toque aveludado da boca dele contra a palma dela ganhou uma vividez impossível.

Ela franziu o cenho, torcendo o corpo para se soltar, mas o aperto dele era de ferro.

— O que exatamente você quer? — exigiu, com a raiva e a confusão se misturando na voz.

Ele abaixou as pálpebras; um tremor sutil percorreu seus cílios. A boca dele desceu, espalhando beijos suaves e deliberados na palma aberta dela. Cada leve pressão despertava um arrepio, como eletricidade estática dançando sob a pele.

Os lábios de Laura se moveram sem som, a frustração inundando-lhe o rosto. Isso não tem nada a ver com aparência!

Anos atrás, ela o perseguiu quase obsessivamente — a combinação dos traços marcantes e a maneira como ele dominava o palco dos debates, desmontando adversários com uma eloquência serena, a enfeitiçou.

Na faculdade, ele lhe parecia um homem em que todas as virtudes possíveis tinham sido vertidas de uma só vez.

A aparência, a inteligência, o berço, até a cortesia gentil com desconhecidos — tudo se alinhava ao ideal de perfeição dela.

Para Laura, foi paixão à primeira vista, que se tornou obsessão no segundo encontro.

Então, ela iniciou uma corte implacável, recusando-se a aceitar um não como resposta.

Ninguém imaginava que o ídolo distante do campus — tão remoto que a maioria das garotas sequer ousava se aproximar — seria conquistado por uma garota comum como ela.

Os colegas invejavam sua sorte absurda; alguns, depois, se arrependeram de não terem igualado sua ousadia.

E ela, tola, acreditou que o fato de Weston aceitar namorá-la significava que ele sentia algo por ela — até ouvir o que ele dizia aos amigos.

Descobrir que o relacionamento não passava de um passatempo para ele a despertou do sonho.

— Weston, eu não te amo — declarou Laura, cada palavra nítida e irrefutável.