O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 81

Mesmo assim, Merlin Bridger nunca se arrependeu de ter pisado naquele campo de batalha.

Lentamente, o olhar severo de Murren se suavizou, tornando-se algo caloroso, quase paternal. “Isso é ótimo”, disse ele, com a voz embargada pela emoção. “Se você é da quinta ramificação, então é justo que entre no salão ancestral e coloque uma lápide memorial. Quero ver quem ousa te impedir!”

Dito isso, ele bateu sua bengala no chão. Instantaneamente, o silêncio tomou todo o pátio. “Vamos, Quinn”, disse. “Traga as cinzas de seus pais. Deixe que eu, seu bisavô, a conduza até o salão ancestral.”

“Sim”, respondeu Quinn.

Nesse momento, uma voz ecoou. “Eu quero entrar com a Quinn!”

Todos se viraram. Era Julius saindo da multidão.

Murren olhou para ele com indiferença. “Isso é assunto de família. Estranhos não devem interferir.”

Julius franziu levemente a testa. Quinn se aproximou e disse: “Este é o salão ancestral da família Bridger. O que aconteceu hoje é problema meu. Mas obrigada por se preocupar.”

Julius ficou surpreso.

Preocupado? É isso que eu estava sentindo? Mas se eu não estivesse me importando, por que teria dado um passo à frente querendo entrar com ela?

Sua expressão mudou sutilmente. Após uma pausa, disse: “Então esperarei aqui por você.”

Todos os familiares presentes se viraram e encararam-no. Julius iria ficar na entrada, esperando por Quinn.

Desde quando alguém como ele já fez isso por alguém?

Depois de uma longa pausa, Quinn olhou para ele e assentiu. “Tudo bem.”

Então se virou e seguiu Murren através das portas do salão ancestral. O restante da família trocou olhares incertos antes de segui-la.

Os guardas que Quinn havia derrubado ajudaram-se mutuamente a levantar e foram escoltados para o hospital pelos subordinados da família. A polícia no local começou a dispersar a multidão.

Lentamente, o aglomerado em frente ao salão ancestral da família Bridger foi diminuindo até que apenas Julius permanecesse, sozinho.

Enquanto olhava para o salão ancestral da família Bridger, a imagem do rosto de Quinn voltou à sua mente.

A reputação da família por lealdade e sacrifício era deslumbrante, mas quantos realmente estariam dispostos a pagar esse preço?

Felizmente, mesmo sem Maddox presente, as lápides de Montague e Arlene já haviam sido preparadas.

Engolindo o nó na garganta, Quinn encarou os nomes de seus pais gravados em traços solenes. Os olhos se encheram de lágrimas. Ela colocou as lápides reverentemente abaixo das de seus avós.

“Eu, Quinn, presto minha homenagem!”, declarou, ajoelhando-se.

Eram almas que deram a vida pelo país. Mesmo na morte, eram honradas. Murren olhou para ela, com orgulho e tristeza brilhando em seus olhos.

Depois que Quinn se levantou, o senhor voltou-se para ela e disse firmemente: “Prometo que vou colocar tudo em ordem depois do que aconteceu hoje.”

Então, seu olhar afiado se voltou para Melvin e Marley, antes de bradar: “Ajoelhem-se!”

Eles congelaram, claramente surpresos. “V-Vovô, por que de repente quer que nos ajoelhemos?”, gaguejou Melvin.

“Vocês não deveriam estar de joelhos depois do que fizeram em frente ao salão ancestral hoje?”, Murren respondeu, com firmeza.

“Bisavô, como eu ia saber que Quinn realmente era da quinta ramificação? O nome dela não começava com a mesma letra, então era fácil confundi-la com uma forasteira. Além disso, muita gente com intenções ocultas tenta se ligar à família Bridger. Eu só estava sendo cautelosa”, disse Marley, tentando se justificar.