O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 83

Marley, ainda de joelhos, sentiu seu rosto desabar novamente ao ouvir aquilo. Era como se as palavras de Murren estivessem direcionadas diretamente a ela!

Desde que se envolveu com Julius, todos na família Bridger haviam começado a tratá-la com mais respeito. Fazia séculos que ninguém ousava humilhá-la assim.

Quinn podia perceber que Murren realmente se importava com ela.

“Claro. Vou passar lá para conversar”, prometeu.

Ao sair do salão ancestral, viu uma figura solitária parada, imóvel, no silêncio da clareira à frente.

Era Julius.

Quinn parou por um instante, surpresa ao vê-lo ainda ali. Ele realmente tinha esperado por ela.

Como se percebesse seu olhar, ele lentamente ergueu o rosto e encontrou seus olhos.

O olhar deles se cruzou, e algo se mexeu fundo no peito de Quinn.

Julius deu um passo à frente, caminhando em sua direção. “Já terminou tudo?”

“Sim.” Ela assentiu.

“Não te deram problemas, não é?”, ele perguntou.

“Não”, respondeu Quinn. “Mas por que ficou parado bem na frente do salão ancestral esperando?”

Ela havia imaginado que ele tivesse encontrado algum lugar próximo para se sentar e esperar. Não esperava que ele tivesse ficado parado o tempo todo.

Ela esteve lá dentro por mais de uma hora.

Será que ele realmente ficou ali o tempo todo?

“Ficando aqui, eu seria o primeiro a te ver quando você saísse. Antes de qualquer outra pessoa.”

Quinn ouviu suas palavras exatamente assim.

“Mas você não acha… quero dizer, é um pouco chamativo demais, e também cansativo, não?”, perguntou.

Julius já era imponente por natureza. Ficar bem em frente ao salão ancestral da família Bridger daquele jeito chamaria atenção.

Assim como agora. Ela não estava fora há muito tempo, e vários transeuntes já olhavam para ele.

“Não acho”, respondeu ele, com naturalidade.

“Então tudo bem.” Quinn esfregou o nariz. De qualquer forma, o assunto no salão ancestral estava resolvido. “Vamos voltar.”

Ela tomou a dianteira e começou a caminhar.

“Quinn!” Sua voz a chamou de repente por trás.

Ela parou, virando-se para olhá-lo.

“Sabe, enquanto você não se afastar de mim, sempre vou esperar por você”, disse ele, do nada.

Ela piscou, surpresa. O que ele quis dizer com isso? Sempre esperar por mim?

“Vocês dois?”

“Claro! É o enterro dos seus pais. Não tem como perder isso”, disse Laura, como se fosse óbvio.

Ela conhecia Montague e Arlene. Eram pessoas maravilhosas, conhecedoras, calorosas e gentis. Mas quando o perigo surgia, nunca recuavam.

Quando soube do que aconteceu com eles, segurou Quinn e chorou com ela por um longo tempo.

Agora que eles seriam enterrados no Jardim Memorial dos Heróis, é claro que ela estaria presente.

“Isso é ótimo. Se meus pais soubessem que vocês viriam se despedir, ficariam muito felizes”, disse Quinn.

“Ah, mais uma coisa”, acrescentou Laura. “Você soube que a Sidonie foi detida?”

“Detida?” Quinn ficou surpresa.

“Depois do que ela fez no aeroporto, causando confusão e desrespeitando as cinzas dos seus pais, você acha que ela realmente sairia impune?”, disse Laura. “Foi o exército que registrou o caso e havia muitas testemunhas. Ela está detida por dez dias. Não é uma condenação criminal, mas ainda assim conta como penalidade administrativa. Está no registro dela agora. A carreira de copiloto? Acabou. Ela nem pode mais se qualificar para isso.”

Só de imaginar Sidonie presa no centro de detenção, Laura sentiu uma onda de satisfação.

“E Trent está correndo tentando puxar alguns cordões, esperando que a penalidade seja retirada do registro dela. Mas, sério, quem ousaria se envolver em algo assim?”

O exército ficou indignado quando Sidonie desrespeitou os heróis caídos.

Como alguém poderia esperar que os militares tolerassem alguém que deliberadamente assedia a família de heróis caídos, ainda mais tentando abrir a urna para conferir os restos?