O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 86

Ele queria alguém que pudesse protegê-lo de seu pai e ajudá-lo a escapar dele.

Naquele tempo, tudo o que o jovem Julius queria era que alguém o salvasse. Mas agora, ele era forte, não tinha mais medo de ninguém. Então por que, ao encará-la, quase deixou escapar seu lado mais frágil?

“Se um dia eu pudesse ser exatamente o homem que você descreveu, amar apenas você, nunca te trair, estar ao seu lado na vida e na morte, nunca te deixar nem te abandonar, você cairia por mim?” Sua voz flutuou suavemente pelo ar.

Quinn disse: “Você está brincando?”

Afinal, Julius simplesmente não parecia o tipo de pessoa capaz de fazer algo assim.

Ela nem conseguia imaginar como seria se um homem como ele realmente se apaixonasse por alguém.

“É… talvez eu esteja apenas brincando”, murmurou ele, contra seu ombro.

Ele só queria ficar ali um pouco mais, cercado pela presença dela.

O enjoo que sentiu após aquela ligação de seu pai parecia se dissipar a cada respiração perto dela.

Nos dois dias seguintes, Quinn visitou o salão ancestral da família Bridger todos os dias. Ela conferia as urnas de seus pais e prestava respeito às tábuas memoriais dos ancestrais da família.

Quando se colocou diante das tábuas do quinto ramo, seus olhos se encheram de lágrimas. Ao lado dos nomes de seus avós, estavam agora as tábuas recém-adicionadas de Montague e Arlene.

O outrora próspero quinto ramo da família Bridger havia se tornado nada mais do que nomes em tábuas memoriais.

Mas nenhum deles teria se arrependido. Todos haviam feito o que precisava ser feito.

Pelo país e pela família, morreriam cem vezes sem arrependimento!

Quinn se ajoelhou e fez uma profunda reverência diante das tábuas memoriais.

“Pai, mãe, vou encontrar o Rowan. E um dia, ele e eu voltaremos juntos a este salão, para prestar nossas homenagens a vocês e a todos os ancestrais da família Bridger.”

Rowan desapareceu há cinco anos. O exército lançou uma busca, mas nunca foi encontrado.

Ela já havia se aventurado até a fronteira à procura dele, mas seus esforços foram em vão.

Todos esses anos, continuou buscando online, reunindo cada fragmento de informação que pudesse para encontrá-lo.

O rosto de Marley ficou vermelho. Ela não ousava reclamar com Murren, mas também não conseguia engolir o insulto. “Acha que pode depender do bisavô para sempre? Ele só sente pena de você!”

“Eu te bati não porque ele me mimou, mas porque você merecia. Um verdadeiro membro da família Bridger nunca difamaria seus parentes por egoísmo”, disse Quinn, com firmeza.

Marley ardia de humilhação e raiva. Levantou a mão para devolver o tapa.

No entanto, Quinn se moveu rapidamente, desviou para trás dela e chutou a parte de trás do joelho.

“Ah!” Marley cambaleou e caiu de joelhos, bem diante das tábuas memoriais do quinto ramo.

“Essas pessoas não morreram porque estavam amaldiçoadas. Elas deram suas vidas pelo país, pela família. Se não consegue nem respeitá-las, como pode ser digna de ser uma Bridger?” A voz de Quinn estava carregada de raiva.

“Eu… meu lugar na família não é para você julgar!”, Marley disparou, tentando se levantar.

Mas Quinn colocou a mão em seu ombro, forçando-a a permanecer ajoelhada diante das tábuas. “Peça desculpas a eles.”

“Por que eu deveria pedir desculpas?”, Marley gritou, ainda resistindo.