O Destino de Isabella (completo com mais um bônus ) romance Capítulo 113

Dois anos depois...

°Davi°

Eu estou quase arrancando meus olhos e jogando fora de tanta ansiedade. Hoje é o dia que eu receberei a Marina como minha esposa. Por uma decisão nossa, decidimos não adiar tanto esse momento especial. Já faz quase um ano que nos formamos e no mesmo dia da festa de formatura eu a pedi em casamento. Ela me bateu muito depois, mas aceitou meu pedido. São quase 6 anos de amizade, eu não poderia esperar mais.

_Você está nervoso, irmãozinho?_Daniel pergunta ajeitando seu paletó.

_Um pouco. Eu vou casar, Daniel!_Sorrio de nervoso.

Ele gargalha balançando a cabeça em negação. Quando marcamos a data do casamento, mandei o convite juntamente com uma carta. Nela eu pedia muito a presença do Daniel e então o Felipe, a Camila e o Daniel vieram. Chegaram faz uma semana, ficaram hospedados em um hotel próximo. Minha mãe e meu pai não se importaram com a presença do Felipe, ninguém se importou. Legalmente eu tinha uma autorização que permitia a aproximação do Felipe apenas se o Daniel estivesse presente. Aquilo já era o bastante pra me fazer viajar sempre que podia para vê-lo.

Marina queria muito casar na igreja, seus pais são religiosos e ela queria dar essa felicidade a eles. Aqui estou eu, no altar, nervoso e suando frio. Gostaria que minhas irmãs estivessem aqui, mas infelizmente elas só vem nas festas de fim de ano. Mandaram um presente de casamento e uma carta nos parabenizando pelo matrimônio. Meus pais, que estavam perto do altar, sorriem pra mim percebendo meu nervosismo. A mãe de Marina, Lúcia, estava perto dos meus pais. Pareciam debochar do meu nervosismo. Olho para as pessoas que estavam na igreja e sorrio ao ver pessoas tão queridas compartilhando comigo esse momento.

Vó Mariza, Vô Fábio, tia Denise, tio Otávio e Arthur, tia Ashley, tio Renato e Maju, Seu João e Helena, Rodrigo, Jenny e o pequeno Tristan. A igreja estava lotada de amigos e familiares. De repente uma música suave começa a tocar e a porta da igreja é aberta. Todos ficam de pé e aos poucos consigo enxergar Marina entrando de braço dado ao seu pai, Wagner. Maravilhosa é pouco demais pra defini-la, ela estava magnífica, majestosa. Seu pai estava sorridente, já ela estava um pouco tensa. Eu sei decifrar seus sorrisos, esse no rosto dela era o que ela sempre usava pra esconder seu medo. Casar era uma palavra que dava medo mesmo, medo do que vem por aí.

Estar debaixo do mesmo teto que alguém com hábitos, costumes e pensamentos diferentes é um tanto apavorante. Principalmente quando essa pessoa é a Marina, que briga até se meu balde tem mais pipoca que o dela.

Perdido em meus pensamentos, acabo sem perceber que ela já estava perto demais. Dessa vez o tal sorriso de medo se esvaiu do seus lábios, ela sorria lindamente, como um raio de sol.

_Faça a minha filha feliz, Sr. Lucca._Wagner me abraça forte._Ou considere-se um homem morto.

Sorrio e então ele me entrega sua filha, que já tinha entregado o buquê a minha mãe. Desde o momento que todos se sentaram e o padre começou a falar, meus olhos não saíam da Marina. Sua boca tinha um tom rosado enlouquecedor, ela emanava um cheiro gostoso, um cheiro que me fazia não prestar atenção em nada. Sabe quando você olha pra alguém e sente que essa pessoa é tudo que você sempre precisou? Então, é isso que sinto ao olhar pra Marina, mulher da minha vida.

_Uma vez que é de vosso propósito contrair o santo matrimônio, unam as mãos direitas e manifestem o vosso consentimento perante Deus e toda igreja.

Ao ouvir isso do padre, percebo que está na minha vez de falar. Talvez eu esteja um pouco nervoso, só um pouco. Nada muito percetível.

_Eu, Davi Lucca de Montana Magnus, recebo-te por minha esposa, Marina de Mello Kandara. Prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, e por todos os dias de nossa vida até que a morte nos separe.

Suspiro aliviado por conseguir falar tudo que ensaiei. Por um momento percebi que iria vacilar ao ter que falar olhando nos olhos dela, mas encontrei forças pra falar. E também por que se eu errasse ela iria me decapitar.

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