O Dono do Morro romance Capítulo 29

HELENA: Fiquei completamente sem reação, vi todos correndo em minha direção, era cinco meia da tarde quando uma notícia trouxe uma mistura de choro e desespero, às palavras da pessoa imprimia com força na cabeça a divisão entre a vida transcorrida até aquele momento tudo me transmitia medo e muito medo.

Ao pressionar a tela do celular aceitando a chamada, fui golpeada pela informação.

Todos me perguntava o que a havia acontecido, eu simplesmente não conseguia falar,então a Camila sussurrou: O Fernando foi baleado, ele está no hospital.

As minhas vistas escurecer, quando acordei me encontrava na minha cama.

Ouço a voz chorosa da Camila.

CAMILA: Amiga como você está?

HELENA: Tô péssima!!!

CAMILA: Infelizmente temos que ir no hospital.

HELENA: Por que o Fernando foi baleado?

--------Quando esse pesadelo vai acabar Camila?

Deixo as lágrimas me vencer, chorei grudada na Camila, o Rei perdiu que o TH nos acompanhasse, quando chegamos no hospital,o médico relatou que Fernando foi baleado na cabeça, e que seu estado é grave.

De acordo com a polícia militar, o Fernando mas três homens tentaram roubar uma joalheria,eles trocaram tiros com os policiais.

O Fernando estava de capacete,mas o tiro que ele levou atravessou o capacete e a bala alojou na cabeça.

Ainda bem que médico deixou eu ver o meu irmão, me aproximei do leito, e olhei mas de uma vez para seu corpo estendido.

Apesar dele está desacordado, ele mantinha um semblante sereno.

Por incrível que pareça, eu tinha a impressão que às vezes ele sorria para mim.

Puxei a cadeira sentei do seu lado, mas antes de sentar dei um beijo na sua testa, fiz de tudo para não chorar mas não deu, as lágrimas escorria com abundância.

Após a cirurgia os médicos foram obrigados a induzir ele ao coma,até que inchaço do cérebro desaparecesse, e que seu corpo pudesse recuperar.

Seu estado era gravíssimo, só um milagre o salvaria.

Não tinha mais nada a fazer, além de esperar,eu orava sem parar, eu pedia a Deus um milagre, eu prometia todas as coisas possíveis......

Eu não queria mas nada dessa vida, só queria que Fernando ficasse bem.....

Fernando estava tão pálido, vestido uma camisola do hospital.

Eu choravam e pedia Deus uma chance.....queria tanto ve-lo sorrindo o seu sorriso sonhando, e me chamando de princesa.

Segurei firme sua mão, sinto que ele apertou a minha mão!!!

Meu Deus, eu acho que ele vai acordar!!!

Fernando apertou novamente minha mão e abriu os olhos, eu abri um sorriso eentre as lágrimas......eu disse com voz falhando.

-----Fernando, sou eu , Helena, sua princesa.

Os lábios dele tremeram um pouco,arregalei os olhos e vi que a senhora que estava perto da gente também viu.

Pois ela cobriu a boca com as próprias mãos,com cuidado puxei o aparelho da boca dele, para não tira o do nariz que ajudava ele respirar.

Eu chorava e sorria ao mesmo tempo, quando ele abriu os olhos, espotaneamente dei um grito.

Meu Deus ele tá acordando, obrigada meu Deus, digo com a voz chorosa.

------- Fernando, que bom que você acordou.

------- Eu te amo tanto meu irmão!!!

Ele segurou mas firme a minha mão e disse.

FERNANDO: Princesa, me perdoe por tudo.

------- Te amo muito princesa.

--------- Amo tanto vocês, que pena que não vou conhecer minha sobrinha.

------ Se cuida princesa.

HELENA: Ele deu um sorriso lindo, e fechou os olhos, fiquei estática, em seguida fez aquele barulho, que é capaz de destruir qualquer pessoa.

Aquele maldito barulho não quero ouvir nunca mas,começei a gritar.

.........Fernandooo, Fernandoooo, acorda por favor.

Fiquei totalmente apavorada histérica, os enfermeiros me tiraram de cima dele, me levaram pra fora, eu gritava e me debatia desesperada.

Eu não sabia o que estava acontecendo lá dentro, nesse momento sinto uma parte de mim indo embora.

Desmaiei, quando abri os olhos tinha uma enfemeira do meu lado, me pedindo calma e respirar fundo, que eu precisava me acalmar por causa do bebê.

Virei rosto vi minha amiga com rosto inchado e olhos vermelhos, ela se aproximou me joguei no seus braços, ficamos ali abraçada e chorando muito.....escuto uma pessoa falando atrás de mim.

XXXXX: Moça, vamos levar o corpo, para preparar para o velório.

HELENA: Eu chorava tanto.....que não consigo nem responde r.

Saio dos braços da Camila, e vou até quarto, os aparelhos já estavam desligados, o rosto do Fernando tava coberto com um lençol.

Mesmo trêmula caminhei até ele, e puxei o lençol do seu rosto, eu abracei fortemente beijando sua testa e seu rosto, digo com voz embargada.

----- Te amo tanto Fernando, sempre vou te amar.

Ouço uma voz bem distante........

XXXXX: Segurar ela.

HELENA: Mas era tarde eu já estava no chão, nesse momento eu não conseguia mas falar, nem respirar direito, eu tava desligada no automático, mal processava o que eles falavam.

Levaram ele, nada puder fazer, fiquei ali com a Camila, Vinny e o TH.

Foi tão doloroso ver eles carregando meu irmão naquela marca fria, meu coração estáva desfeito em milhares pedacinhos, um poço bem grande de dor se abriu no peito.

Há Claudia resolveu tudo pra mim, fiquei o tempo todo grudada na Camila e no Vinny, eles ficaram tempo todo do meu lado.

Todos me pediram pra ficar tranquila,por causa do bebê, mas era impossível me tranquilizar, sabendo que meu irmão tinha morrido,ele era à única família que eu tinha.

A Camila e Vinny eles me mantinha hidratada, era visível a preocupação deles comigo.

O dia amanheceu lentamente, a Claudia entrou no quarto me entregou uma xícara de chá de camomila, ela falava que me ajudaria me manter calma.

Eu não consigo me levantar da cama, meu corpo está pesado e dolorido, minhas pernas tremia sem parar......minha garganta tava doendo bastante e minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento.

Mesmo rouca consigo disse.

------- Preciso de um banho.

CAMILA : Vou ajudar você Helena.

HELENA: Obrigada.

Caminhei bem devagar inho até o banheiro, tomei um banho rapidinho, visto um vestido leve e comprido que me deixou mas baixinha, porém era confortável.

Saio do quarto várias pessoas desconhecidas se aproximou para me abraçar e me encorajar, novamente eu choro ignorado a dor da minha garganta, minhas pernas falharam, desmaiei de novamente, dessa vez o TH me pegou no colo antes que meu corpo caísse no chão.

Acordei na minha cama, com uma senhora medindo a minha pressão.

Ela fala carinhosamente.

XXXXX: Doze por oito.

-------- A pressão dela está normal!!!

-------- Mocinha você precisa ficar de repouso, tentar ficar calma.

--------- Precisa se alimentar.

----‐ Claudia, providenciar algo pra ela comer, ela tem que tomar muito líquido.

HELENA: Eu tava tão aérea, não conseguia processar o que pessoas falavam.

Eu acho que depois de meia hora a Claudia, trouxe um caldo de frango pra mim, ela pediu que eu tomasse pelo menos um pouco, mas eu não conseguia.

Eu não queria comer, eu tava odiando ver a minha casa cheia de pessoas desconhecidas e curiosas.

Deitei minha cabeça nas pernas da Claudia, ela acariciava os meus cabelos que me transmitia paz.

Quando eu lembrava que Fernando tinha morrido, me batia um desespero, o vontade louca de corre não sei pra onde, as lágrimas escorria automaticamente com abundância.

As horas foi passando......o Vinny se aproximou e falou.

VINNY: Minha diva da beleza, o corpo do Fernando chegou.

HELENA: Fiquei alguns minutos buscando forças para levantar da cama, quando me levantei cambalei um pouco, então a Claudia e Camila se posicionaram do meu lado.

Botei as mãos no ombro de cada uma, me apoiando nas duas, eu sabia perfeitamente que essa hora seriam dificílima, por um segundo cogitei não ir, mas não seria justo com meu irmão, cada passo que eu tava, eu me sentia mas fraca.

O percurso até a sala me pareceu uma eternidade, vi que móveis tinha sido movidos de lugar, e o serviço funerário tinha ajeitado tudo.

Fechei com força os olhos, para não ver eles trazendo o meu irmão dentro de um caixão.

Todo o meu corpo estremeceu,algumas pessoas ao meu redor choravam muito alto, no isso me incomodou, nenhuma dessas pessoas se importava de verdade com a gente, pra que todo esse teatro.

Quando abrir os olhos, o caixão estava aberto, encima dos pequenos pilares de ferro.

Minha vista estava ficando turvas, respiro profundamente eu precisava me recompor.

Soltei das meninas e me aproximei do caixão.

O caixão estava todo coberto com flores.....eu não fazia a mínima idéia se eram de verdade ou artificiais.

Toquei apenas no seu rosto, que ainda era o mesmo, beijei sua testa fria, antes de me acabar em lágrimas......fiquei horas ao seu lado, chorando e desmaiando.

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