O Labirinto de Amor romance Capítulo 1023

Dentro do carro, sentei-me com Horácio na cadeira de criança no banco de trás, e Guilherme sentou-se no banco da frente, ambos fizemos uma escolha tácita, e ficamos em silêncio sobre o que aconteceu com Nathan.

Sempre que Horácio estiver junto comigo, temos infindáveis tópicos para conversar. Assim que entramos no carro, ele começou a compartilhar o que viu na escola.

Enquanto estávamos esperando o semáforo ligar, de repente pensei em Anita Sanches, então o interrompi e perguntei timidamente:

- Horácio, todas as crianças da escola, você acha eles entediados e não gosta disso, certo? E se você tivesse uma irmã, também é muito infantil, você vai odiar ela?

- Claro que não. - Horácio nem pensou no assunto, e respondeu diretamente em voz alta. - Eu sempre vou acompanhar minha irmã, protegê-la e impedir que ela seja intimidada por outras pessoas!

O tom mais imaturo, as palavras mais duras, não podem deixar de fazer as pessoas ansiarem pela cena de irmão e irmã se dando bem.

- Horácio cresceu e agora é um homenzinho, incrível! - Com um sorriso, esfreguei o topo de sua cabeça e dei-lhe um olhar positivo.

Virando a cabeça, com o canto do olho, vislumbrei Guilherme secretamente olhando para nós pelo espelho retrovisor. Depois de ser descoberto por mim, ele imediatamente desviou os olhos, e tudo o que podia ver no espelho era seu rosto gelado.

Foi um desprezo de cima e um aviso silencioso.

Guilherme não parecia de se importar com a minha divulgação dos assuntos de Anita Sanches para Horácio, ou, em outras palavras, ele sempre estava confiante sobre a custódia de seus filhos.

Logo, chegamos à casa de Nogueira.

Guilherme caminhou na frente, Horácio e eu de mãos dadas seguindo atrás dele.

- Senhor, jovem mestre. - Os empregados de ambos os lados saudaram respeitosamente, mas o salão estava muito quieto, parecia que chegamos cedo.

Mas quando entrei, percebi que o que eu estava pensando era muito simples.

Todos da família de Nogueira chegaram sem faltar ninguém. Sentados no sofá da sala, mas sem nenhuma fala, lendo jornal ou brincando celular. Não havia comunicação, e o ambiente era sufocante de mais por ser muito silencioso.

Ouvindo os passos, Cássia foi a primeira a levantar a cabeça e me viu de relance, seus olhos instantaneamente ficaram tensos.

No entanto, Guilherme de repente deu um passo para o lado, e ficou firmemente entre nós duas, apagando uma batalha de olhos na medida certa.

Cássia ficou devastada, seu rosto caiu imediatamente, ela jogou o telefone para o lado e cruzou seus braços em frente do peito, mostrando um olhar impaciente.

Guilherme ignorou diretamente suas ações e nos levou para dentro sem mudar o rosto.

Assim que paramos, ouvimos a voz estranha de Cássia:

- Irmão, será que não é porque me expulsou da empresa, e trabalhando sozinho esqueceu que hoje é um banquete de família, não é qualquer pessoa desconhecida que pode vir aqui.

Guilherme permaneceu imóvel, virou a cabeça para olhar para trás, e Caio saiu trotando da porta com uma pilha de presentes.

- A mãe da criança preparou alguns presentes para vocês dois. - Guilherme disse levemente.

Eu estava perdido. Quando essas coisas foram preparadas? Guilherme adivinhou que eu deixaria Nathan e voltaria para acompanhá-lo ao banquete?

Pensando assim, olhei para Guilherme novamente, meu coração está complicado.

Marcos nem levantou as pálpebras, só deixou Caio continuando erguendo e carregando o presente, embaraçosamente transformado em estátua.

Neste momento, uma elegante voz masculina soou:

- É todo uma família, por que se incomodar com isso, governanta, venha receber os presentes e guarde bem.

Quando o governanta ouviu as palavras, deu um passo à frente trêmulo e pegou as coisas, e de repente a atmosfera aliviou muito.

Deve ser Odilon quem falou. Eu só tinha ouvido a voz dele antes, já os dados com sua foto são passados bem rápido. Mas agora o vejo parece que é muito jovem e se veste em um estilo casual, o que torna as pessoas quererem aproximar o tipo.

Mas a experiência me ensinou que ver as pessoas com olhos não é suficiente.

- Senhor!

Mesmo que Cássia fosse sua própria irmã mais nova, Guilherme não mostrou nenhum pouco de misericórdia. Em menos de meio minuto, o rosto de Cássia avermelhou-se e até começou a ficar roxo.

Ela deu tapas no braço de Guilherme subconscientemente, lutando para ser resgatada, mas Guilherme parecia como um robô que não se sente dor, não importa o quanto ela tentasse, ele não a soltava.

Cássia perdeu a consciência em poucos:

- Grande... irmão, me… solte…

- Já que você é minha irmã de verdade, você deveria saber o quão implacável eu sou, e você desafiou meus limites de novo e de novo, e o resultado não se difere com pessoas!

Guilherme não pretendia poupá-la, e a intenção de assassinar encheu em seus olhos.

Se continuar assim, Cássia realmente morrerá nas mãos de Guilherme.

Eu estava assustada com seu olhar feroz, e minha primeira reação foi cobrir os olhos de Horácio e me acalmei por um tempo antes que eu pudesse ver a situação claramente.

Se Guilherme carregasse uma vida nas costas, Horácio estaria acabada.

Engolindo nervosamente, eu tentei estender a mão e puxei a manga de Guilherme.

- Gui... Guilherme?

Ouvindo minha voz, Guilherme ficou atordoado por um momento, então soltou Cássia.

Cássia perdeu sua força instantaneamente e caiu no chão.

O empregado se adiantou apressadamente e a ajudou a se sentar no sofá. Nesse momento, Marcos e os outros voltaram sua atenção para Guilherme.