- E então? - sua expressão era fria, e o sorriso era perigosamente sombria. - Nathan apareceu, e ele pareceu ser a pessoa perfeita para te dar o amor e cuidado que você precisa, por isso eu não pareço mais ser tão importante, é isso?
Isso que ele disse me deu tanta raiva que eu respondi aumentando a voz:
- Sim! Com que direitos você pode gostar da pessoa que quiser, e eu só posso ficar aqui presa à você?
Guilherme riu em tom de deboche, e senti o ar ao meu redor ficando frio.
- Kaira, não pense nas coisas de jeito tão simples. O que pretende fazer agora? Pretende se separar de mim? E ficar com Nathan? Olhe aqui, você está sonhando, você tem um filho meu dentro da sua barriga, mesmo que queira se separar de mim, eu não permitirei.
- Guilherme, seu milho da mãe! - gritei. Ele não queria me deixar em paz. Não me daria o direito de ser feliz, preferia me deixar presa ao seu lado. A dor e injustiça que contive todos esses anos está acabando comigo.
Passei a mão sobre a cabeceira, jogando o abajur e os enfeites sobre o chão, quebrando e estilhaçando tudo.
- Por que você pode fazer o que quiser com Lúcia, e eu não posso? Guilherme, eu não quero essa criança!
Pois é, quando uma pessoa está com raiva, é capaz de dizer todo tipo de besteira.
Seu rosto ficou vermelho, e me segurou com força, dizendo num tom ameaçador:
- Diga mais uma vez!
Eu o fuzilei com os olhos, querendo extravasar toda a minha raiva e tristeza acumulada.
- Eu não quero essa criança, Guilherme, ouviu bem? - comecei a socar a minha barriga enquanto chorava e soluçava. - A chegada dele arruinou tudo, eu não quero ter uma criança com você, uma pessoa como você não me merece!
- Kaira!- ele me repreendeu com os olhos vermelhos de raiva, dentes trincados com tanta força que dava para ouvir o barulho de sua mandíbula. - Você tem noção do que está falando?
Eu me livrei de sua mão, e forcei um sorriso.
- Eu sei, sei muito bem! - a minha voz transparecia desespero e tristeza profunda, eu estava com tanta dor no coração que parecia estar levando dezenas facadas ao mesmo tempo. - Se você não quer se separar, Guilherme, então não se meta mais nas minhas coisas.
Ele estreitou os olhos, contendo a sua raiva.
- Suas coisas?
- Já que você e Lúcia podem, então por que eu e Nathan não podemos? - eu falei num impulso de raiva.
Ele me empurrou na cama e sibilou entre os dentes:
- Você e Nathan? Podem o quê?
Enquanto ele falava, ouviu-se o som de tecido se rasgando.
Minhas poucas roupas sumiram do meu corpo num piscar de olhos de um jeito bruto.
- O que ele fez com você? Teve um contato íntimo como o nosso agora?
- Guilherme, me mate se for capaz! - eu urrei cravando as unhas em suas costas.
- Será uma pena se morrer, tem mais graça assim, pouco a pouco!
Eu parei de me debater, pois não tinha mais sentido, então o soltei e fiquei fitando o teto.
Depois de terminar, ele se levantou e foi para o banheiro. Saiu de dentro depois de uns minutos e secou os cabelos rapidamente, se vestiu e foi embora.
A porta do quarto foi fechada com um estrondo, deixando um eco no meu ouvido por um bom tempo.
Quando isso terá um fim?
Sem precisar ir para a empresa, eu não tinha mais o que fazer. Quando Esther me ligou, eu tinha acabado de sair do banho.
- Chegou no interior? Achou lugar para morar? - perguntei ao atender.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Labirinto de Amor
que livro horrível, terror macabro, tive pesadelo vou excluir...
Realmente muita confusa...
Eu fiquei tipo??? essa mulher é trouxa só pode. Bom não é meu tipo de historia.....
Você começa a ler empolgado, mas dps fica tipo, não aguento maisss. Kkkkk, confuso d+...
É um livro, que no começo é muito bom, mas depois se perde. É como se pegassem vários livros, mostrassem tudo e desse essa história. Acaba ficando muito, mas muito chata....