O Labirinto de Amor romance Capítulo 1130

Assim que a palavra saiu de sua boca, um grupo de policiais se empurrou para dentro e se dirigiu diretamente para o armazém de vinhos.

Não tinha como impedi-los, o resultado seria no máximo acompanhar Nana até a delegacia, porque os inocentes não temem. A polícia não tinha provas conclusivas para ligar Nana diretamente ao contrabando de vinhos renomados, de modo que a deteriam por 48 horas no máximo.

Não importava o quanto Viriato tivesse planejado detalhadamente, eu não deixaria Nana se envolver no crime, não importava o que eu tivesse que fazer.

Eu não pude acompanhar a Esther no processo todo naqueles tempos, mas agora vou ser o apoio firme de Nana.

De pé na porta do armazém de vinhos, dei uma tapinha nas costas da mão de Nana, reprimindo minhas emoções enquanto gesticulava para que ela se acalmasse, que o que quer que acontecesse, eu estaria lá para ela.

- Abram. - o policial mal podia esperar e foi à frente.

O funcionário encarregado da chave deu uma olhada na Nana e em mim e, depois de obter a autorização, tirou a chave e a inseriu no orifício da fechadura.

No momento em que ele girou o cilindro da fechadura, houve um estrondo alto de vidro se quebrando dentro do armazém de vinhos.

O som era claro através da porta, e os estilhaços pareciam muito fortes.

No segundo seguinte, o oficial afastou o funcionário que havia aberto a porta e, após uma breve troca de olhares com seu companheiro de equipe, chutou-a para dentro.

Com um barulhão, o painel da porta bateu fortemente contra a parede e a entrada se escancarou.

O cheiro pesado do álcool atingiu nossas narinas. A cena que entrou na nossa visão foi um piso cheio de líquidos alcoólicos avermelhados e dourados misturados, quase vazando para fora pela soleira. As tampas das cestas contendo bebidas no canto estavam espalhadas por aí, o vidro estilhaçado por toda parte e a luz brilhando na água, refletindo levemente.

Guilherme estava em pé no meio da piscina de álcool, as barras das calças estavam molhadas, sua jaqueta de terno tinha sido largada em algum lugar, sobrando apenas a camisa branca fina de dentro, sua gravata pendurada torta no pescoço, algumas gotas de vinho tinto manchadas ao lado.

Quando ele ouviu o movimento dos oficiais amontoados na porta, olhou para nós de frente, revelando a única meia garrafa de uísque que restava em sua mão, e inclinando sua cabeça para trás ao tomar um grande gole.

Quando o nó em sua garganta deslizou para cima e para baixo, ele jogou a garrafa contra a parede. O grito do oficial para que ele parasse foi ouvida em todo o porão, mas não foi possível parar o tempo. Ao som de um estilhaço agudo, os cacos da garrafa caíram no chão, se juntando aos outros pedaços de vidro que estavam sob a piscina de álcool. Na parede, restou apenas uma grande e atrevida marca de vinho.

O rosto do oficial estava verde de raiva, rangendo as mandíbulas, com os olhos soltando faíscas de fogo e incapaz de dizer uma palavra.

Guilherme, por outro lado, tinha um olhar inocente no rosto enquanto levantava a mão para secar o vinho do canto da boca:

- O que houve para tantos colegas policiais se incomodarem a fazer uma visita pessoalmente?

Este homem era tão doentiamente sensual, fazia as pessoas o amarem e o odiarem ao mesmo tempo.

Eu quase comecei a rir, então tive que usar o impulso de engasgo para dizer:

- Alguém nos denunciou por contrabando ilegal e solicitou um mandado de busca no local.

- Jura? - disse Guilherme de forma inexpressiva. - Mas que péssima coincidência, houve um pequeno acidente e o vinho todo foi derramado.

Houve uma pausa, ele deu um olhar para o oficial e estendeu sua mão para a confusão no chão de forma vagarosa:

- Fique à vontade, se não se importa.

O vinho foi derramado, a garrafa foi quebrada, as provas foram todas arruinadas, e eles teriam que se molhar para entrar. Só um tolo insistiria em entrar numa situação dessas.

O oficial deu a Guilherme um olhar de desprezo, mas no fim, não disse mais nada, apenas guardou sua arma e conduziu seus homens em direção à saída.

Depois de dar dois passos, ele parou de repente e disse sarcasticamente:

- Presidente Guilherme e Sra. Kaira são mesmo um casal perfeito, eles têm uma cooperação muito perfeita um com o outro, creio que não possa encontrar outro casal tão tácito nesse país!

Ele estava tentando dizer que nós estávamos sendo "comparsas perfeitos", não estava?

Que tipo de pessoa concluiria que minha família inteira era ruim com base apenas em palavras vazias?

Decidi me fazer de boba e aceitei tudo:

- Que abençoado sejam suas palavras, envelheceremos felizes juntos!

O oficial bufou e disse:

- Espero que da próxima vez que lidarmos um com o outro, você ainda consiga rir como está agora!

Depois de dizer isto, ele saiu todo emburrado.

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