O Labirinto de Amor romance Capítulo 1133

- Guilherme! - preocupada que ele dissesse toda a verdade sobre o que aconteceu naquela época, eu subconscientemente puxei a mão dele. - Você sabe do que está falando?

Depois de dizer isso, meu cérebro ficou em branco por dois segundos antes que me caísse a ficha e olhasse para Nana com consternação, perguntando:

- Você... Já está sabendo?

Guilherme nunca disse coisas de que não tivesse certeza, e o significado do que ele acabara de dizer se baseava claramente na premissa de que Nana sabia sobre a sua origem.

O que houve entre Esther e Vinícius foi ocultado como um acordo não escrito por todos, e quem foi enfim que fez todo esse trabalho ser em vão?

Sem esperar a resposta de Nana, Guilherme falou novamente, lembrando:

- Se você ainda nos reconhece como sua mãe e seu pai, então seja sincera.

Sua atitude era muito forte, e se fosse em outra ocasião, eu teria tomado o partido de Nana e o teria confrontado, mas neste caso, eu só poderia esperar o desenrolar da situação com a testa franzida e um olhar preocupado.

Felizmente, Nana era pura por natureza e sabia que não tínhamos intenção de prejudicá-la, então ela nos revelou o segredo que tinha escondido em seu coração:

- Há dois anos, no baile de recepção na universidade, foi Pr.Vinícius quem me acompanhou, e todos que nos viram pensaram que ele era meu pai. Eu nunca havia examinado nossas aparências direito, mas depois daquele dia, a semente da dúvida foi plantada em meu coração.

Como se estivesse se sentindo sobrecarregada, Nana parou abruptamente neste ponto.

Os detalhes do que se seguiu eram previsíveis.

Com um grande dom para a lógica matemática, ela começou a pensar nos dias em que era inseparável de Vinícius, e todos os eventos que antes tinham sido rotulados como "os cuidados de um bom professor" receberam um nome melhor - “o amor oculto de um pai”.

O silêncio do cemitério parecia engolir tudo, e nós três, em frente ao túmulo de Esther, estávamos mudos, sem saber o que dizer.

Demorei muito tempo para me acalmar e tentar parecer mais tranquila para poder falar com Nana calmamente:

- O quanto você sabe? - depois de pensar direito, achei inapropriado e disse. - Diga-me e a seu pai tudo que você sabe.

Eu tinha certeza de que Nana era inteligente o suficiente para descobrir a verdade, mas não podia descartar a possibilidade de que Vinícius tivesse feito algo vil e invertido a verdade. Para desatar o nó na cabeça de Nana, tínhamos que conhecer a verdadeira história.

Nana sorriu e apenas balançou a cabeça levemente, dizendo:

- Eu apenas peguei o cabelo do meu professor e o meu e fiz um teste de paternidade, só isso. Nem mesmo meu professor sabe que eu já sei que ele é o meu pai verdadeiro.

- Isso é tudo? - interiormente, dei um suspiro de alívio, as coisas estavam em um estado muito melhor do que eu havia imaginado.

- Isso é tudo. - Nana repetiu minhas palavras e continuou. - Deve ter havido uma razão pela qual meu professor e todos vocês me esconderam isso, e eu não me atrevi a procurar saber muito por medo de preocupá-los.

- E agora não estamos preocupados? - Guilherme jogou uma frase fria, cada palavra carregando uma clara repreensão.

Eu podia entender os sentimentos de Guilherme, ele havia sido influenciado por seu sangue e incapaz de ser o dono do próprio nariz várias vezes, e agora Nana estava seguindo seu caminho, mudando sua proximidade conosco e se fechando, tudo por Vinícius. Como ele poderia não se sentir ferido?

- Deixe-me falar com a criança. - eu suavizei a minha voz na esperança de que isso tivesse um efeito calmante sobre o humor de Guilherme.

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