O Labirinto de Amor romance Capítulo 273

Um maior embaraço do que aconteceu há pouco!

Saindo do banheiro, Guilherme já colocou a roupa. Ao ver-me no roupão, ele semicerrou os olhos e disse:

- Amanhã começam as férias anuais da empresa. Vamos visitar a tia e voltar à Cidade de Rio juntos.

- Não! - eu respondi com imensa apatia. - Eu já comprei a passagem aérea de hoje. 

- Cancele! - ele ordenou em voz gélida e apavorante.

Comprimindo a boca e franzindo as sobrancelhas, eu só abri a boca depois de reprimir um pouco o sentimento:

- Você pode voltar amanhã sozinho. É difícil fazer o cancelamento.

Ele olhou para mim, estendendo o dedo longo à minha direção. Eu torci as sobrancelhas:

- Como?

- Eu que faço cancelamento por você!

Eu fiquei muda.

- Não precisa! - Eu não tinha interesse em brigar com ele e fui embora rumo ao camarim. Quando saí, Guilherme já não esteve aqui.

Arrumando um pouco a bagagem, eu desci com as malas diretamente com a aproximação do horário marcado.

Nesse momento, chegou a mensagem da companha aérea, informando o cancelamento do meu bilhete.

Pegada de surpresa, eu entendi que era façanha de Guilherme.

Incapaz de reprimir a fúria acumulada de uma manhã inteira, eu bati o celular no chão, gerando um estalo enorme.

Quando eu desci, ele estava tomando café da manhã embaixo. Como Joana não estava lá, ele só torrou algumas fatias de pão.

Abruptamente, eu peguei o pão na mesa e joguei para ele, com a raiva difícil de ser controlada:

- Guilherme, é engraçado fazer isso?

Franzida a testa, se viu vagamente uma frieza nos olhos dele:

- Diga de forma gentil!

- Mesmo que eu fale de forma gentil, você me escuta? Você me ouve? - eu gritei furiosamente. - Porque é que cancelou o meu bilhete sem a minha autorização? Guilherme, você me trata como o quê? Um brinquedo, um robô, uma fantoche que faz tudo ao seu sabor?

Ele comprimiu os lábios, sem palavras, só pregava os olhos escuros em mim. Após muito tempo, ele perguntou:

- Está muito zangada?

Eu fiquei confusa e disse reprimindo a raiva:

- Não tanto, mas por favor, não mexa as minhas coisas sem a minha permissão. Não faz mal se você não quiser o divórcio, o que é nada mais do que uma perda de tempo para ambos nós. Mas por gentileza, me respeite. Eu só exijo isso!

Eu fiz essa declaração de maneira bem-educada e distante, o que me deixou exausta.

Sem observar a expressão dele, eu subi para o piso superior, comprei o bilhete novamente e desci com as malas.

Parado no salão, ele fixava o olhar em mim, como se quisesse enxergar-me totalmente.

Eu coloquei as malas no carro. Ainda bem que ele não saiu atrás de mim.

Só tomei um fôlego até que o carro se afastou da mansão sem ser seguido por ele.

Retirando o bilhete no aeroporto, eu passei a ler um livro na sala de espera, uma vez que ainda não chegou o horário.

Porém, apanhei um susto por uma garota que me cumprimentou de repente.

- Sra. Kaira, você também volta para a Cidade de Rio hoje? - A garota estava elegante num casaco em moda, usando um vestido de tricô na altura do joelho e um par de botas curtas.

Olhando o seu rosto sofisticado, eu não tinha impressão de quando é que conheci essa moça.

Perante a minha confusão, ela sorriu:

- Sra. Kaira, você não lembra de mim? Me chamo Eugénia Barros e acabamos de ter o encontro no bar Adega, onde você e o Sr. Nathan me resgataram.

Eu restaurei a memória após essa confusão e levantei a dúvida:

- Você também é da Cidade de Rio?

Ela acenou a cabeça sorrindo:

- Sim, venho de Distrito de Mato da Cidade de Rio e estudo em Capital Imperial.

Ela disse de maneira meio envergonhada após uma pausa:

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