O Labirinto de Amor romance Capítulo 280

Ele levantou uma sobrancelha, me colocou no chão e disse:

- Então o que você diz sobre isso?

Eu congelei, sem cair a ficha, o que eu fiz?

Ele puxou seus lábios, seus olhos escuros segurando um sorriso, e finalmente vi o líquido branco em sua camisa.

Reagindo ao fato de que eram efeitos da massagem para gerar leite materno, corei por um momento e abri minha boca:

- Eu... Não pedi que me abraçasse!

Ele sorriu levemente:

- Bem, da próxima vez eu vou prestar atenção.

Eu...

- Tudo bem, uma vez que tenha alimentado o bebê, você não vai tê-lo o tempo todo, é normal para as mulheres que acabaram de fazer parto. Pelo jeito, Nana vai ser bem alimentada. - disse ele arrancando sua jaqueta manchada de líquido branco.

Eu o ignorei, o empurrei para fora do banheiro e depois lavei a sujeira do meu corpo.

Quando saí do banheiro, encontrei algumas roupas para trocar enquanto o Guilherme estava lá embaixo fazendo o café da manhã.

Vendo que eu tinha me trocado, ele olhou para mim e disse:

- Coma seu café da manhã antes de ir!

- Vamos agora. - eu estava carregando minha bolsa e não estava com vontade de tomar o café da manhã.

Provavelmente percebendo o meu humor, ele não teve outra escolha senão pegar dois ovos cozidos e me entregar, dizendo:

- Coma no carro.

Ele então pegou as chaves e saiu comigo, entrou no carro e deu a partida.

Vendo que eu não queria falar no caminho, ele disse:

- Encontrei duas babás, você pode contratá-las por enquanto, se elas não lhe servirem, você pode trocá-las depois do Ano Novo, pode ser?

- Sim! - eu respondi, e depois voltei a ficar em silêncio.

Ele parecia ter a intenção de puxar conversa comigo e continuou:

- Quando trouxermos Nana de volta, iremos para o hospital.

Eu franzi o cenho inconscientemente:

- Para que ir ao hospital?

Ele levantou uma sobrancelha, o canto de sua boca levantando:

- Você vai ficar sem tratamento? Sentindo-se mal toda vez?

- Como que se cura algo assim? - perguntei. Isso era um distúrbio mental, não era problema físico.

Ele apertou seus lábios:

- Se for uma doença, então pode ser curada, e somente o médico tem a palavra final sobre como. - após uma pausa, ele continuou. - Além disso, sua insônia nunca foi muito boa, e não é bom continuar enrolando desse jeito.

- Já está muito melhor ultimamente. - falei, já que ele não sabia que eu mal tinha conseguido dormir nos primeiros dias após o desaparecimento do bebê, e agora eu estava muito melhor.

Ele apertou seus lábios, seus olhos escuros pareciam sorrir, transparecendo malícia significativamente:

- E você pretende me esgotar até a última gota, como na noite anterior?

Eu...

Olhei para ele impassivelmente:

- Eu te esgotaria se você não me tocasse?

Ele segurou o volante e franziu o cenho:

- Desde quando você é tão descarada?

Ao falar, ele pegou minha mão e a colocou em sua boca, beijando a palma da minha mão e dizendo:

- Você precisa reagir mais devagar. Se for intenso demais, a ferida será infectada e você terá que ir ao hospital mesmo assim.

Olhei para ele e falei cheia de razão:

- Desde que não me toque, não me machucarei!

Os olhos dele escureceram ao me responder:

- Então você vai matar seu próprio marido de vontade?

Este homem, quando a sua boca se tornou tão venenosa?

- Tudo bem, de qualquer forma, se você morrer, eu terei um filho e uma herança, e não terei que me preocupar com nada pelo resto da minha vida. - falei toda brava.

- Está sonhando! - no semáforo, ele parou o carro e me mordeu, o que doeu muito.

Como se fosse uma punição.

Vendo que eu ainda estava segurando os dois ovos que ele havia empurrado na mão ao sair, ele levantou uma sobrancelha.

- Apresse-se e coma os ovos.

Eu apertei meus lábios:

- Eu não quero comer!

A luz estava verde e ele deu a partida no carro. Vendo que eu estava brincando com os dois ovos, seus olhos escureceram:

- Você não se divertiu o suficiente ontem à noite?

Eu congelei por um momento, olhando para os dois ovos que tinha nas mãos, e meu cérebro explodiu.

Eu olhei para ele e gritei:

- Guilherme, você tem merda na cabeça? - xinguei.

- Fale direito! - disse ele rindo.

Não dei mais bola a ele.

Quando eu o ignorei, ele ficou sério e me olhou, perguntando:

- Por que você não quer ir ao hospital?

- Não resolverá nada indo lá! - não era como se eu não tivesse ido lá antes, este tipo de doença era apenas tomar remédios e mais remédios, e os psiquiatras não podiam fazer nada além de falar e falar mais.

Ele baixou os olhos e não disse mais nada. O carro entrou no condomínio e encostou debaixo do Apartamento Prudente.

Ele saiu do carro, olhou para mim, apertou os lábios e disse:

- Eu te carrego?

Eu abanei a cabeça, saí do carro e fui direto para o apartamento.

Como ele havia chamado John antes do tempo, ele já havia arrumado as coisas da Nana antes do tempo, e quando ele viu o Guilherme e eu, ele apertou seus lábios:

- Ela provavelmente vai dormir mais tarde esses dias com a mudança de moradia, ela não se adaptará.

Eu acenei com a cabeça e falei:

- Onde está a Nana?

- Ela está em seu quarto, Enzo está lhe dando leite!

Eu congelei e fui direto ao quarto de Nana para ver um Enzo de terno preto, de bom humor e bonito, parecendo que ele tinha ido se preparar para ir ao escritório.

Ao me ver, ele falou:

- Estando cheia, ela não vai chorar por um tempo.

Eu acenei com a cabeça:

- Deixe-me fazer isso! - tirando a garrafa dele, olhei para ele e disse. - Vá e veja o que mais tem de Nana para arrumar.

Ele acenou com a cabeça e, ao sair, fiz uma pausa, mas falei:

- Feche a porta!

Ele franziu o cenho:

- O que há de errado?

Não tive tempo de responder antes que Guilherme, que estava me seguindo, entrasse e olhasse para Enzo, dizendo:

- Ela vai amamenta-lo, você vai assistir?

Enzo ficou com o rosto vermelho e saiu. Já o John, que ficou surpreso ao ouvir as palavras de Guilherme, disse:

- Foram apenas duas doses de remédio e já está tendo efeitos? Não tinha dito que precisava de massagem e...

Falando até aqui, ele parou, olhou para Guilherme e ficou um tempo sem palavras.

- Puta merda! Como vocês são explícitos! - depois de dizer isso, John fechou a porta e foi embora diretamente.

Não pude deixar de levantar os olhos para vê-lo, sentindo que ele era abominável ao extremo, e meu rosto queimava.

- Saia!

Ele apertou seus lábios:

- Eu quero ficar de olho em você.

- Saia! - repeti o encarando.

Ele ignorou minhas palavras e se sentou na pequena sacada, pegou seu celular e começou a brincar.

Que descaramento.

Virei as costas para ele e peguei a Nana, já que estava usando roupas convenientes quando saí pela manhã.

Eu pensei que, como a Nana era pequena, ela poderia não ser capaz de aprender a se alimentar tão facilmente, mas eu estava realmente pensando demais. A pequena parecia autodidata sobre comer, ela nem precisava que eu me preocupasse com isso, apenas fazia tudo sozinha.

Depois de alimentá-la por um tempo, Guilherme apareceu ao meu lado, sua figura longa e alta lançando uma sombra sobre mim.

Olhei para cima e o vi me encarando, e subconscientemente me afastei dele, e se não fossem a Nana, eu teria o xingado.

Mas eu segurei minha língua, reprimindo minha raiva e dizendo:

- Guilherme, mostre algum respeito, por favor?

Ele respondeu em sua voz fria:

- Estou infringindo a lei ao olhar para minha própria esposa?

Eu...

Quando Nana terminou de comer, Guilherme a carregou para fora, John sorriu e olhou para ele, soltou uma zombaria:

- O Sr. Guilherme está exalando uma aura de semiparalisado abraçando um bebê.

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