O Labirinto de Amor romance Capítulo 285

Eu franzi o cenho, ficando realmente um pouco irritada:

- Sra. Agatha, qual é o seu problema, você pode simplesmente dizer o que você quer, não é preciso ser assim!

Ela sacudiu a cabeça apressadamente e disse:

- Não quero nada, não pense assim, só lamento não ter feito aquelas coisas com você, me sinto culpada e quero compensá-la.

- Isso não é necessário, afinal de contas, muitas coisas aconteceram, apenas não nos vemos novamente. - eu falei, andando num ritmo um pouco mais rápido, não querendo dizer mais.

Ela me seguiu, ainda olhando atenta:

- Eu sei que você não pode me perdoar, eu realmente só quero compensar meu erro, Kaira, prometa-me que você vai deixar Tiago e eu compensarmos nossos erros, ok?

- Mãe, o que você está fazendo? - Lúcia veio atrás de nós, seu rosto tingido de raiva ao me apontar. - Mãe, o que você quer compensar a ela? Ela já não nos fez dano suficiente?

Com isso, ela levantou a mão para me empurrar. Atrás de mim estava a piscina ao ar livre, que tinha sido deixada descoberta porque era inverno e a água desta piscina estava basicamente sem uso.

Mas não era muito profundo.

Eu não sabia que Lúcia iria me atacar de repente, então eu estava despreparada e caí para trás.

A água não era profunda, mas era extraordinariamente fria no inverno, e minhas roupas logo estavam totalmente molhadas. Um frio penetrante invadiu meu corpo e eu não pude deixar de tremer, meu corpo congelando.

Quando Agatha me viu cair na água, ela entrou em pânico e gritou em direção à mansão:

- Alguém me ajude, socorro!

Havia seguranças e guarda-costas na mansão e, num piscar de olhos, dois grandes homens saíram correndo e me puxaram para cima.

Vendo que minhas roupas estavam ensopadas, Agatha tirou seu casaco e o envolveu ao meu redor, olhou para o guarda-costas e disse:

- Leve-a para o quarto para tomar um banho quente.

Então ela olhou para a babá e disse:

- Vá cozinhar uma sopa de gengibre para esquentar o corpo dela.

Todos estiveram ocupados por um tempo.

Lúcia olhou para a sua correria e puxou a Agatha, seus olhos vermelhos ao dizer:

- Mãe, o que você está fazendo? Ela merece, ela devia morrer.

- Cale a boca! - Agatha ficou furiosa. - Quem lhe disse para empurrá-la? Se algo acontecer a ela, eu acabo com você.

- Mãe, eu que sou a sua filha! - Lúcia berrou, apontando para mim. - Ela fez tantas coisas ruins com você, e você ainda a protege.

Agatha a empurrou e seguiu o guarda-costas para me levar de volta para o quarto.

Meu corpo tremia de frio, e levei muito tempo para me acalmar mergulhada na banheira.

Quando saí do banheiro, havia muito barulho lá fora, e Guilherme estava de guarda na porta do banheiro com a Nana no colo.

Quando ele me viu saindo, franziu a testa:

- Você está se sentindo melhor? Por que você caiu de repente na piscina?

- A culpa é minha, eu não fiquei de olho nela. - Agatha se sentiu um pouco culpada e olhou para mim. - Kaira, você está bem? Sente algo de estranho?

A sala estava um pouco barulhenta, então eu olhei para ela e disse:

- Tudo bem!

E então me virei para Guilherme e disse:

- Você já terminou as negociações?

Ele acenou com a cabeça:

- Quer ir para casa agora?

Eu assenti e vi os olhos redondos da Nana olhando para mim fixamente. Era fofa demais, não pude deixar de me derreter e estender a mão para abraçá-la, mas ela foi desviada de mim por Guilherme.

- Vamos para casa primeiro, você acabou de tomar uma friagem.

Eu acenei e não discordei. Saindo do quarto, Agatha viu a empregada trazendo sopa de gengibre, olhou rapidamente para mim e disse:

- Kaira, você acabou de tomar friagem, por que não bebê um pouco de sopa de gengibre primeiro para esquentar o corpo?

Antes que ela pudesse terminar sua frase, Lúcia saiu correndo, arrancou a sopa de gengibre de sua mão e a derramou em minha direção.

A reação de Guilherme foi extremamente rápida, quase ao mesmo tempo ele pisou na minha frente, bloqueando a sopa de gengibre com suas costas.

Eu congelei e olhei para ele, mas vi que ele estava apenas um pouco carrancudo com uma expressão fria.

John também foi extremamente rápido ao reagir, pegando a Nana das mãos de Guilherme, a deixando bem protegida.

Então ele olhou para Enzo e disse:

- Leve o Sr. Guilherme para trocar de roupa e verifique se ele foi queimado ou não.

Enzo acenou com a cabeça, olhou para Guilherme e falou:

- Venha, Sr. Guilherme!

O olhar sombrio de Guilherme olhava para Lúcia, e mesmo que ele não dissesse uma palavra, tornava todo o ambiente cada vez mais frio.

Depois que os dois homens partiram, Agatha levantou a mão violentamente.

Afinal, ela era uma mulher que havia vivido muitos anos de tempestades, então quando dava ataque de raiva era porque tinha chegado aos limites, e a bronca foi estrondosa:

- Lúcia, você acha que ainda não tem bagunça o suficiente? As coisas já estão péssimas e você ainda vem piorar a situação cada vez mais, quando você achará que é o suficiente?

Lúcia não esperava que sua mãe fosse bater nela, então ela cobriu o rosto e olhou para ela incredulamente, sua voz desesperada:

- Você me bateu... Por ela?

- Bato mesmo! - Agatha abriu a boca, seu olhar era implacável. - Eu disse para você ficar no hospital numa boa, mas você não me ouviu, você tinha que vir e fazer uma bagunça neste lugar, por quê?

- Eu não estou doente, por que deveria ficar no hospital? Mãe, você não era assim antes, por quê? Por que você está me tratando assim agora? Foi tudo culpa da Kaira, por que você está punindo a mim?

Lúcia chorava de forma histérica, o que fez Nana chorar junto com ela, as crianças são muito sensíveis à atmosfera do ambiente.

Uma vez que começaram a chorar, não pararam mais. John a abraçou e tentou acalmá-la, mas não funcionou, então eu a peguei no colo. Olhando para esta estranha dupla de mãe e filha, apertei meus lábios e não disse mais nada.

Fui diretamente para o andar de baixo, pronta para ir embora.

Atrás de mim ecoou levemente a voz insensível de Tiago:

- Lúcia, nem a Balcone Restrô nem a casa dos Baptista são adequados para você ficar, pedi ao meu assistente para comprar uma propriedade para você no subúrbio do Sul. Você vai morar lá e se recupere da doença, não cause mais problemas em todos os lugares.

Não era importante para mim ouvir o resto daquela conversa, creio que serão as mesmas baboseiras que a Lúcia diria, não tinha nada para ouvir.

Quando entrei no carro, a Nana parou de chorar e olhou para mim com um rosto confuso.

Depois de esperar por Guilherme por cerca de cinco minutos, ele desceu. Tinha trocado de roupa, mas ainda estava de preto.

Ele e Enzo são mais ou menos da mesma altura, mas seus corpos eram diferentes. Guilherme gostava de se exercitar e seu corpo era tonificado e forte.

O Enzo era um pouco magro, com a pele branca e fina.

Quando olhei para ele, Guilherme apertou os lábios:

- Não me pergunta se dói ou não?

Eu levantei minhas sobrancelhas:

- Dói?

Ele mostrou seu sorriso:

- Não vai doer se você der um beijinho. - obviamente, este foi uma malandragem.

Eu grunhi arrogantemente e o ignorei.

Ele riu e não disse nada, ligando o carro.

Foi uma hora de carro dos portões de Balcone Restrô até a Villa Fidalga, e não demorou muito para eu adormecer logo depois que a Nana dormiu na cadeira de bebê.

Quando eu fiquei consciente novamente, eu já estava no quarto da Villa Fidalga, e Guilherme não estava lá.

Depois de uma rápida olhada, me levantei e encontrei Guilherme confortando a Nanano berçário..

Eu pasmei por alguns segundos:

- Ela está chorando?

Ele acenou com a cabeça:

- O barulho te acordou?

Eu balancei a cabeça. Tinha acabado de acordar, mas ainda estava muito sonolenta. Enquanto amamentava Nana em meus braços, quase deixei Nana cair no chão de sono.

Por sorte, Guilherme estava ao meu lado e não deixou Nana tomar muitos bocados de leite antes de me mandar de volta para o quarto para descansar.

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