O Labirinto de Amor romance Capítulo 357

Achei uns pães para comer e me sentei no sofá para ver as manchetes no celular. Depois de ser várias vezes exposta, o poder do povo é enorme, já que podem descobrir coisas de quatro anos atrás, naturalmente também pode descobrir sobre o meu passado.

O bom é que a minha relação com a família Baptista não é pública, a relação com a família Sanches é tão complexa que pode acabar tocando nas leis acidentalmente, portanto, mesmo que os repórteres estejam curiosos, se contiveram um pouco nas notícias publicadas.

Em vez disso, eles colocaram todo o foco no relacionamento do Simão comigo, e Guilherme estava naturalmente envolvido.

Originalmente pensei que estes repórteres estariam bloqueando a saída da mansão por pelo menos quatro ou cinco dias, mas para minha surpresa, quando me levantei à noite para verificá-los, a maioria deles já tinha ido embora.

Embora eu não saiba qual é a razão, acho que é principalmente por causa do Guilherme. Nana não podia voltar para casa, então Nathan a levou para ficar na casa de Sanches por enquanto.

Eu estava prestes a ligar para Guilherme para perguntar sobre a situação quando a Raquel me ligou.

Ela sempre foi direta na pergunta:

- E então? Você já pensou em como quer me agradecer?

Paralisei por um momento, sem saber o que responder. Meus olhos caíram sobre os poucos repórteres que restavam lá fora e falei após um breve momento de hesitação:

- Você se livrou dos repórteres por mim?

Ela estalou a boca com impaciência e disse:

- Não, criatura. Você nunca lê as manchetes? A notícia já está por toda parte e você ainda está confusa?

Era verdade!

Sentei-me de volta no sofá e abri meu tablet, vendo que estava cheia de notícias sobre a filha mais velha da família Baptista, Raquel, casando-se com um professor.

- Você publicou esta manchete? - perguntei. Afinal, Cícero também era um professor de uma universidade famosa, o nascimento de sua família é um pouco comum demais, mas sua capacidade pessoal e seus conhecimentos são dignos de reconhecimento.

Ela apertou os lábios e disse:

- Cícero me pediu para escrever isto. Originalmente, nós não tínhamos intenção de nos casarmos abertamente, e como você sabe, uma vez que o casamento é tornado público, significaria que minha vida e a dele serão expostas aos olhos do público, e eu odeio essa sensação. Está na cara que o assunto sobre você e o Simão foi publicado propositalmente, e a pessoa ainda acrescentou muitas baboseiras inexistentes na história toda. Até mesmo as coisas de quatro anos atrás foram expostas, não teria tantos problemas se estas coisas fossem falsas, mas a maioria delas são verdadeiras. A família Baptista e Guilherme não querem expor você aos olhos do público, então decidimos usar o meu casamento com Cícero para chocar o público e desviar a atenção deles, é a melhor escolha que temos agora.

Finalmente me caiu a ficha. Havia apenas esses repórteres na capital, e as notícias em que eles se concentraram são sempre as fofocas entre alguns aristocratas famosos e celebridades.

Raquel também está na casa dos trinta anos este ano, embora seja de uma família aristocrática, eles não se importam muito com seus filhos se casando ou não.

Mas para o público, tanto a beleza quanto à origem familiar e a capacidade pessoal de Raquel são todos absolutamente superiores. Muitas pessoas já especularam em particular que Raquel se casaria definitivamente com um homem nobre no futuro.

Agora que há algumas informações sobre o casamento de Raquel, será definitivamente um ponto de discussão para o povo durante as refeições.

Não é de se admirar que a maioria dos repórteres tenha saído de repente.

- E quanto a você e Cícero agora? - uma vez que isto se torna público, significava que o casamento seria realizado abertamente.

Ela falou levianamente, como se não fosse nada de mais:

- O que posso fazer? É apenas um casamento público, e Cícero vai acabar virando o centro das atenções na escola!

- Sinto muito! - pedi desculpas. - Ontem encontrei Simão por acidente, não pensei que alguém fosse tirar fotos disso.

- Está tudo bem! Basta pressionar as notícias para baixo. - ela falou. Após uma pausa, ela continuou. - Mas o jantar, você tem que colocá-lo na agenda.

Eu ri:

- Eu te devo uma, com certeza será por minha conta!

...

Era noite.

Eu estava dormindo quando Guilherme voltou e não o notei, acordando apenas quando ouvi o som da água soando no banheiro.

Sempre fico um pouco confusa ao acordar, então olhei para o teto abobada por um tempo. Guilherme saiu do banheiro enrolado numa toalha de banho, e provavelmente com medo de me acordar, as luzes do quarto foram deixadas acesas.

Eu me virei para ligar o abajur da cabeceira. Quando olhei para ele, eu o vi olhando para mim também, água pingava de seus peitorais tonificados e seu cabelo curto ainda estava molhado.

Ele deu uma parada quando eu liguei a luz de repente, seu olhar caiu sobre mim, os cantos de sua bela boca subindo ligeiramente enquanto sorria:

- Eu te acordei?

Eu abanei a cabeça, sempre tive um sono leve.

Ele caminhou até mim, a água em seu corpo já foi secada, apenas seus cabelos ainda estavam molhados.

Levantei-me da cama, peguei a toalha de sua mão e ajudei a secar o seu cabelo.

- Ainda tem repórteres lá fora? - eu lembro que ainda havia repórteres esperando lá embaixo, apesar da maioria deles ter sido atraída pela notícia de Raquel.

Ele me tomou suavemente em seus braços e me fez sentar em seu colo, estava um pouco frio em seu peito, provavelmente pelo banho que acabara de tomar.

- Todos já se foram! - enquanto falava, ele pousou o queixo na minha clavícula, soando um pouco cansado.

- Isso faz cócegas!

Ele falou, sua voz baixa:

- Onde está coçando?

Eu apertei os lábios e meu rosto queimava.

A voz do homem era baixa e introspectiva, com um significado indefinível:

- Você jantou hoje à noite?

Eu acenei:

- Sim, eu comi!

Antes que as palavras saíssem da minha boca, ele me deu outra chupada no pescoço que doía um pouco:

- Pequena mentirosa, nada foi tocado na geladeira.

Eu...

Quem observa tão atentamente essas coisas?

- Comi um lanche, não estou com fome. - eu falei. Era verdade que eu não estava com fome, parecia ter ganho peso novamente depois que voltei para a capital.

Ele franziu o cenho:

- Lanche pode encher a barriga?

- Sim! - para uma garota, realmente poderia encher.

Ele não parecia ser capaz de aceitar minhas palavras. Já que seu cabelo estava seco, ele me pegou no colo imediatamente e depois caminhou em direção às escadas.

Já era meia-noite e eu tinha medo de cair. Envolvi meus braços ao redor de seu pescoço, ficando sem palavras:

- Guilherme, onde você está me levando? É tão tarde, você não está com sono?

Ele apertou seus lábios ao me responder:

- Cozinha, para você comer.

Eu...

- Eu não estou com fome, a sério! - falei sem jeito. Se eu estivesse com fome, teria procurado comida por conta própria, não sou uma criança que tem que esperar que ele volte para me supervisionar. Vendo que ele ainda continuava a descer as escadas, não pude deixar de dizer de novo. - É muito tarde, não dá para digerir depois de comer, vou ter dor de estômago amanhã.

Ele franziu o cenho e parou, olhando para mim para confirmar de novo:

- Realmente não está com fome?

Eu acenei e respondi afirmativamente:

- É sério, eu não estou fome!

Eu suspirei de alívio quando fui colocada de volta na cama. Era verdade que comer a esta hora da noite me dava dor de estômago.

Ao vê-lo inclinando-se sobre mim sem a menor intenção de se afastar, eu pasmei. Seus olhos escuros me olharam com um significado profundo e silencioso.

Eu perguntei insegura:

- O que foi?

O nó sensual de sua garganta deslizou levemente ao murmurar:

- Estou com fome!

Eu congelei e dei uma pausa antes de dizer:

- Então desça e coma alguma coisa, não quero me mexer.

Sua respiração se aproximou de mim, parecendo um pouco opressiva:

- Não preciso descer, está tudo muito bem aqui.

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