O Labirinto de Amor romance Capítulo 460

- Kaira! - ele ficou zangado. - Sabendo que Simão está arrasado e solitário, você está com o coração partido? Quer ser uma santa para salvá-lo?

Eu franzi a testa:

- Guilherme, o que está dizendo?

- Não é assim? - ele riu friamente. - Você me empurrou para Larissa e foi ao hospital justamente para visitar Simão né?

Pegada de surpresa, eu não sabia o que dizer por enquanto, mas não pude deixar de argumentar:

- Larissa é excelente tanto na aparência quanto nos talentos...

Ele zombou:

- KKK! Então, tenho que agradecer por ter feito tantos esforços por mim? Que esquisita é você! Ao invés de ajeitar tudo para evitar a traição do marido, você me empurra para outras mulheres! Você realmente merece minha gratidão!

Ele me colocou contra a parede. Sem palavras, eu levantei a cabeça para ele, um pouco angustiada.

Com as lágrimas caídas dos olhos, eu disse em voz rouca:

- Eu não queria te afastar. No caso de ontem, eu só pensava que vocês tinham algo a falar, de tal forma que fui embora ativamente. Quando regressei, você já não estava lá, por isso eu voltei para casa sozinha. Hoje eu realmente não planejei visitar Simão de propósito. Somente nos encontramos no hospital por casualidade. Guilherme, eu não quero te repelir, só que não sei o que devo fazer!

Com a expressão amenizada e o olhar suavizado, ele puxou minha mão suspirando:

- Desculpe, eu estava impulsivo demais.

Abaixando os olhos, eu sacudi a cabeça ligeiramente, me retirei dos braços dele e fui ao banheiro.

Só com poderes equilibrados que conseguimos continuar com o amor. Mas existe já um fosso gigantesco entre nós.

Sentindo a água fria escorrendo no corpo, eu estava meio tonta. Qual seria o próximo passo a ser dado?

Não faço ideia.

Saí do banheiro após ficar muito tempo dentro, enquanto ele estava fumando na varanda. Normalmente, eu iria precipitar-me aos braços dele, pedindo para que ele deixasse de fumar em voz gentil. Neste momento, porém, só enxuguei o cabelo e voltei a deitar-me na cama.

Havia uma fumaça ligeira no quarto. Com a gripe não recuperada ainda, desatei a tossir violentamente.

Perante essa tosse intensa, ele apagou o cigarro e me serviu uma água, batendo nas minhas costas:

- Tomou remédios?

Eu sacudi a cabeça:

- O médico diz que não é grave e não é preciso tomar muitos remédios, pois cada remédio tem seu veneno e faz mal à saúde.

Ele franziu as sobrancelhas, sem dizer mais. Quando parei de tossir, ele foi ao banheiro.

Com a respiração acalmada, eu fechei os olhos, prestes a dormir, mas não tinha como.

No entanto, se não dormisse, eu não sabia o que falar com ele depois de ele sair do banheiro mais tarde.

Portanto, eu só podia fingir que estava dormindo.

Após meia hora.

A porta do banheiro se abriu, onde ele saiu. Com um ruído leve, o espaço ao meu lado foi pressionado. Foi ele quem se deitou.

Eu achava originalmente que ele ia dormir me colocando aos braços, mas isso não aconteceu. A cama grande parecia muito vazia.

Mantivemos esse estado separado até madrugada.

Quando acordei, Guilherme já não estava presente.

Eu estava um pouco sonolenta ainda. Dei uma olhada no celular e descobri que era de 6h00 da manhã. Ainda dava para dormir mais um pouco.

Por isso, fechei os olhos continuando com o sono. Nesse momento, a porta do quarto se abriu e veio o som de pegadas.

Chegou a voz de Guilherme:

- Kaira, levante-se.

Eu abri os olhos e vi o homem sentado na cama em preto, dando uma sensação rigorosa e opressora.

Eu virei o corpo, com o braço debaixo da cabeça e os olhos semicerrados:

- Você não foi à empresa?

Ele sorriu levemente:

- Vou lá mais tarde. Levante-se e coma algo. Você vai à Família Baptista para visitar Raquel, não é?

Eu acenei a cabeça, ainda com sono:

- Vou lá daqui a pouco. Não faz mal.

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