Ela ficou surpreendida, obviamente. Percorrendo o olhar de cima para baixo, ela pregou os olhos na camisa preta que eu usava.
De rosto pálido, a mulher mordeu o lábio subconscientemente de modo a controlar a emoção.
Eu congelei um pouco:
- Vou secar mais tarde. - Não gosto de usar secador de cabelo. Se for no inverno, não tenho jeito; mas nas outras estações, eu não quero usá-lo, pois prejudica o cabelo.
Guilherme franziu a testa e semicerrou os olhos ligeiramente, pausou um pouco e disse a Larissa:
- Passe a proposta para o departamento de marketing. E o resto, acompanhe com Caio.
Larissa franziu as sobrancelhas, me deu uma olhada e respondeu:
- Presidente Guilherme, tudo isso só entra em vigor passando pelas suas mãos...
- Vá lá! - Guilherme a interrompeu e olhou para mim, levantando uma mão. - Venha cá!
Eu caminhei para ele. Larissa fixou o olhar escurecido em mim, talvez me considerasse como um inimigo de amor, que atrapalhava a tentativa dela.
Ela foi embora meio raivosamente.
Guilherme me puxou aos braços e falou em voz um pouco rouca:
- Vai pegar resfriado se não secar o cabelo.
Enquanto falava, ele já pegou a toalha da minha mão para enxugar meu cabelo.
Eu acenei a cabeça, fixando o olhar nas unhas, que não cortei por bastante tempo.
Mais tarde, notei que ele também fixava o olhar em mim. Se viu uma voragem nos olhos pretos dele, que parecia poder engolir uma pessoa.
- Tem algo no meu rosto? - Eis a reação intuitiva minha. Enxuguei o rosto e fiquei meio confusa.
Ele desatou a rir, com luzes em seus olhos.
- Não! - a risada dele se tornou maior.
Eu acenei a cabeça e disse após ponderar um pouco:
- Vamos almoçar juntos mais tarde?
- O que quer comer?
- Tudo bem!
Ele concordou, sem definir o que queria comer.
Havia uma reunião marcada para Guilherme. Enquanto ele enxugava o cabelo por mim, Caio veio apressá-lo várias vezes, dizendo que a reunião com a equipe alemã ia começar daqui a pouco e pedindo a presença dele rapidamente.
Porém, Guilherme não estava com pressas. Ele mandou Caio trazer as roupas e só foi embora depois que eu as troquei.
Meio resignada, eu tinha um sentimento complicado.
Nesse momento, Larissa entrou no gabinete de repente e me deixou chocada. Eu disse:
- Ele foi à reunião.
Ela acenou a cabeça, de rosto sombrio, e colocou os documentos na mesa.
Sem ter pressas para sair, ela parou na minha frente e parecia ter algo a falar.
Eu ergui os olhos para ela e perguntei tranquilamente:
- O que quer dizer, Sra. Larissa?
Ela se sentou na minha frente para manter um olhar nivelado comigo antes de responder:
- O presidente Guilherme voltou sempre muito tarde nesses dias né?
Franzindo as sobrancelhas, eu fixei o olhar nela, sem falar.
Ela sorriu levemente, de uma postura relaxada:
- Não quer perguntar?
- Pode falar diretamente. - Não estou hábil em conversar com uma pessoa não familiarizada.
Curvando os lábios, ela disse de maneira meio ostentosa:
- A venda pública de inteligência artificial será lançada em breve. Todas as noites, ele precisa trabalhar comigo até muito tarde. Quando estamos muito ocupados, até nos esquecemos de jantar. Felizmente, Caio é simpático e sempre nos lembra tempestivamente.
- Kaira, você já fica muito atrás dele. Quem ele precisa é uma mulher que possa caminhar ao seu lado.
Fixando o olhar nela, eu recordei aquela marca de batom no color da camisa de Guilherme.
Não fiquei chateada. Só falei em tom tranquilo:
- Eu acho sempre que cada mãe vai educar sua filha, durante o crescimento dela, sobre a cortesia e virtude. Mas agora, parece que nem todas as meninas têm sua mãe.
- Você... - ela me olhou raivosamente, com o ponto fraco atacado.
Eu sorri ligeiramente:
- Sra. Larissa, a sua proficiência é reconhecida por outros, mas quanto ao resto, creio que Guilherme e eu compartilhamos a mesma opinião. Como diz aquele provérbio, o último virá o primeiro. Eu realmente espero que você tenha sucesso.
Franzindo as sobrancelhas, ela não me entendeu.
Eu só fiz um sorriso leve, sem falar mais.
Após entreolhar-se comigo, ela saiu do gabinete, de cara feia.
No almoço.
Guilherme escolheu um restaurante de comida cantonesa, onde os pratos são maioritariamente doces, em vez de sabores densos, que se adequava ao gosto das garotas.
- Tem algum plano à tarde? - Guilherme perguntou, sem parar de servir comida para mim.
Eu pausei um pouco e sacudi a cabeça:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Labirinto de Amor
que livro horrível, terror macabro, tive pesadelo vou excluir...
Realmente muita confusa...
Eu fiquei tipo??? essa mulher é trouxa só pode. Bom não é meu tipo de historia.....
Você começa a ler empolgado, mas dps fica tipo, não aguento maisss. Kkkkk, confuso d+...
É um livro, que no começo é muito bom, mas depois se perde. É como se pegassem vários livros, mostrassem tudo e desse essa história. Acaba ficando muito, mas muito chata....