O Labirinto de Amor romance Capítulo 568

Esses tratamento sempre parecem um pouco estranhos para Guilherme, um homem altivo.

Apesar de sermos casal por muito anos, eu nunca usei tratamento íntimo para com ele.

Ele não fez nenhuma reação e só fixou o olhar escuro em mim. Eu tentei abrir a boca:

- Marido?

Guilherme, que nunca demonstrou alegria nem raiva, parecia perdido.

Ao ver essa imagem fofa dele, eu não pude resistir ao impulso de rir. Me aproximei dele e falei em voz suavizada:

- Meu marido~

Isso é realmente difícil para mim. Segundo Galdina, quando age de forma encantadora, a mulher deve fixar o olhar tenro no homem e falar em voz suave, que estremece o corpo como corrente elétrica.

Notei os músculos apertados de Guilherme e fiquei contente. O método ensinado por Galdina é de fato útil.

Guilherme aumentou a força de mãos na minha cintura e disse em voz rouca:

- Essa palavra é seduzível demais. Não consegui controlar-me!

Depois, ele abaixou a cabeça, pressionou o nariz contra o meu para que eu sentisse o ritmo de respiração dele:

- Repita mais uma vez!

Com o calor do rosto, claro que eu não ia chamá-lo de novo. Virei a cabeça para o evitar.

Fui pressionada pelo homem e saltei diretamente das coxas dele:

- Faça seu trabalho primeiro. Eu tenho fome e vou comer!

Antes de eu conseguir escapar, ele me abraçou por trás, pressionou seu peito contra minhas costas e seu queixo contra meus ombros:

- Já que ficou assim, é adequado ir embora diretamente?

Eu o empurrei com as mãos e agiu de maneira envergonhada e chateada:

- Foi você que não conseguiu se controlar. O que tem a ver comigo?

Ele me colocou na mesa diretamente e disse em voz baixa e aveludada:

- Com o fogo aceso, não tem como não apagá-lo né?

Após tantos anos de relacionamento, ele conhece mais o meu corpo e desativou a minha resistência rapidamente, enchendo meu coração com ânsia.

Pressionei as mãos contra seu peito e o recusei:

- Guilherme, você fez muito brutalmente ontem à noite. Não pode!

...

Em setembro, a noite de outono estava mais longa. O céu só ficou mais claro às 7h00.

O celular tocou, gerando um barulho. Eu estendi a mão para o tocar, mas fui impedida por Guilherme. Daqui a pouco, o celular foi entregue na minha mão.

Eu fiquei um pouco mais acordada e atendi a chamada, ainda falando em voz seca:

- Olá!

- Kaira, Galdina acordou e quer ver você! - A voz de Castiel parecia um pouco pesada.

Eu congelei um pouco e fiquei acordada abruptamente:

- OK, vou lá agora mesmo!

Desligando a chamada, eu coloquei o celular para o lado e disse:

- Galdina acordou e eu preciso ir lá!

Ele acenou a cabeça. Sendo um homem bonito, ele também é encantador quando está dormindo.

- Sim, foi trazido pela tia da Austrália e faz bem à saúde.

Eu comprimi a boca. Porém, eu acabei por tomar o remédio, sendo isso uma boa vontade da tia.

Perante o homem, que não estava nada apressado, eu fiquei resignada:

- Vá lavar-se rápido e me acompanhe para visitar Galdina!

No caminho para o hospital, Guilherme atendeu uma chamada e agiu de forma culpada:

- Talvez eu não possa acompanhar-te para ver Galdina ao hospital.

Eu acenei a cabeça, ciente de que ele teria algo urgente para fazer:

- Pare o carro na frente e vou chamar táxi para lá!

Ele não respondeu, sem intenção de parar o carro. Ao ver isso, eu não disse mais.

Ele parou o carro no hospital. Para não perder tempo dele, eu peguei a bolsa, prestes a descer do carro diretamente.

Porém, ao invés de abrir a porta, ele fixou o olhar escuro em mim.

Eu fiquei confusa:

- Pois não?

- Quer sair assim?

Eu acenei a cabeça:

- Tem mais algo para falar?

Surgiu insatisfação no rosto tranquilo dele, além de um traço de tristeza.