O Labirinto de Amor romance Capítulo 57

Quando me viu com Enzo bêbedo, o velhote disse de imediato:

- Por que ele bebeu tanto? Obrigado por levar ele até casa.

Sorri, deixei Enzo com o velhote e me fui embora.

Queria voltar a pé, mas como Villa Fidalga era enorme, quase todas as mansões eram edifícios separados e ficavam longe uma da outra, então, levaria algum tempo para voltar a pé mesmo que estivessem todas na mesma região.

Então, dirigi o carro de Enzo para casa.

Passando algum tempo no caminho, já era meia-noite quando cheguei à mansão. Levando em conta que tinha que me levantar cedo no dia seguinte, estacionei o carro lá embaixo e voltei para a mansão, pronta para tomar banho e ir para cama.

Infelizmente, logo que saí do carro vi Guilherme parado lá na porta, era alto e tinha um ar sombrio. Com a luz fraca, eu podia ver o brilho de seu cigarro.

Franzi as sobrancelhas, por que ele estava fumando lá fora a essa hora?

Quando me viu, ele apagou o cigarro. Sob a luz fraca, seus olhos escuros pareciam um pouco sombrios:

- Para onde foi?

- Fui jantar com um amigo! - respondi, exausta e prestes a entrar na mansão.

No entanto, o homem agarrou meu pulso e aproveitou para me puxar para seus braços. Eu não sabia quantos cigarros ele tinha fumado, já que cheirava tanto a tabaco. Eu não podia aguentar mais:

- Guilherme!

- Foi jantar com que amigo? Bebeu enquanto está grávida? - sua voz soava fria e rouca.

Deveria ter apanhado o cheiro de álcool quando segurava Enzo há pouco.

Me senti um pouco desconfortável ao ser abraçada por ele, então, o empurrei e disse:

- Eu não bebi!

Exausta e com tanto sono, eu queria muito dormir. No entanto, Guilherme parecia estar louco e, me puxando para olhar para o Maybach, disse:

- Aquele carro vale muito dinheiro e é de uma edição limitada! Kaira, você já encontrou seu próximo amante?

Porra!

Eu quase praguejei de uma vez. Empurrei o homem para longe e, olhando para sua aparência um tanto desgrenhada, fiquei ainda mais zangada:

- Guilherme, por favor, não use seus valores distorcidos para me definir, eu não sou como você, tem tantas amantes e vai para quem quer que te apeteça.

Dito isso, fui para o quarto.

Tranquei a porta, tomei banho e fui para a cama.

Como tinha que me levantar cedo no dia seguinte e estava mesmo muito cansada, adormeci assim que me deitei.

O telefone tocou várias vezes antes de eu acordar, atordoada e sem emoção. Quando o telefone tocou de novo, foi desligado antes de eu atender.

Eu ia voltar a dormir, mas, de repente, pensei na viagem de negócios e logo me sentei, meu sono se dissipando.

- O que foi? - uma voz rouca veio do meu lado, que ainda soava sonolenta.

Congelei por um momento e me virei para ver que era Guilherme que estava dormindo bem com seu longo braço em volta da minha cintura. Franzi a testa, será que eu não tinha trancado a porta do quarto?

Depois me lembrei de que da última vez ele arrombou a porta, então talvez tivesse guardado uma chave reserva.

Tirei sua mão da minha cintura e fui pegar o celular que tinha acabado de tocar várias vezes. Talvez Guilherme achasse muito barulhento, o desligou.

Quando liguei o celular, recebi uma outra chamada e a atendi:

- Olá!

- Directora Kaira, o bilhete de avião é para as cinco horas. Você deve se preparar para ir ao aeroporto! - essa voz... Era de Enzo?

Franzi a testa:

- Você vai fazer a viagem de negócios comigo? - Liz tinha me dito que mandariam alguém da Auditoriatal para ir comigo, mas não disse quem seria.

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