O Labirinto de Amor romance Capítulo 570

- O que você fez é equivalente a cometer homicídio! - disse Chiara. - Eu achava que você perdeu o caminho e não conseguiu encontrar ninguém, de maneira que não voltou. Se Kaira não saísse do buraco naquela noite e deparasse com algum perigo, você alcançaria seu objetivo, não é?

Perante condenações de várias pessoas, Vicky se viu um pouco colapsada:

- Sem evidências, porque é que vocês estão tão afirmativas de que eu não chamasse ninguém? Acaso o que Galdina disse é verdade indubitável? Vocês não pensam nada?

- OK, então, explique lá, qual é a verdade? - Galdina respondeu, aguardando a explicação dela.

- Naquela noite, quando vi Kaira presa no buraco, eu sugeri procurar alguém. Como a montanha é grande e eu não tenho bom sentido de direções, perdi o caminho. Mais tarde, choveu muito. No momento em que voltei para a tenda superando imensa dificuldade, vocês já tinham regressado. Eu estava cheia de cansaço e sono, de tal modo que voltei à tenda para descansar diretamente!

Ela disse de maneira bastante séria!

Porém, Galdina desatou a rir e zombar:

- Diga lá, quem levou Kaira de volta?

Ela congelou um pouco:

- Quem? Foram vocês que a levaram de volta né? Eu estava na tenda naquele momento e só ouvi o ruído quando vocês regressaram, mas não soube como vocês voltaram!

Galdina zombou:

- Você acabou de dizer que a gente tinha voltado antes da sua chegada, por isso passou a descansar na tenda. E agora, disse que você já tinha estado na tenda quando a gente chegou e não viu a pessoa que levou Kaira de volta. Vicky, você realmente não é qualificada para fazer estudos budistas!

- Você...

- Deixe lá! - eu não queria brigar por causa disso. - Agora já não faz sentido dizer tudo isso, mas Vicky!

Olhando para ela, eu falei com uma expressão séria:

- Você ponderou o possível resultado, se Galdina não encontrasse Chiara e eu naquela noite? Aquela montanha é propensa a ter deslizamentos de terra. Caso isso acontecesse, ambas Chiara e eu teríamos ameaças de vida. Eu sei que você me detesta, mas você pensou no eventual resultado antes de fazer isso?

Vicky abaixou a cabeça, sem dizer mais.

Cristina disse após um silêncio:

- Vicky, eu não sei porque você fez isso, mas pelo menos, eu vejo que você não cabe ao nosso grupo. É melhor não ter mais contatos com a gente, como se nunca nos conhecêssemos. Cada um segue o seu caminho no futuro!

Chiara também manifestou sua atitude:

- Na verdade, acho que os amigos podem tolerar-se e entender-se, seja qual atrito que tiver. Mas Vicky, você tocou o limite. Antes de conhecer você, eu julgava que a piedade e a tolerância são essenciais do budismo, mas você mudou a minha opinião e me ensinou um conceito novo, que é benevolência falsificada. Graças a você!

Vicky apertava suas mãos, mudando a expressão de tristeza para fúria. Depois, ela olhou para mim:

- Kaira, você é primorosa em utilizar outros para lançar ataques. Que nojo!

A seguir, ela olhou para as outras e zombou:

- Todas se julgam virtuosas agora, não é? Eu digo a vocês, que é Kaira a pessoa mais nojenta nesse mundo, eu não sou! Vejam, ela não disse uma palavra sequer durante todo o processo, mas todas vocês estão a defendendo. Ela se desabafou só assistindo à cena. Que tática inteligente!

Eu franzi as sobrancelhas, com imenso desgosto para ela. Não foi por causa dessas palavras, mas ela distorceu a verdade demasiadamente.

- Fora daqui! - Galdina, de temperamento direto, disparou um olhar frio a ela. - Eu te recomendo que não nos ofenda no futuro. Senão, não tenho certeza do que vou fazer.

- Acha que eu tenho medo de você? - Vicky zombou. - Somente depende da proteção de seus ancestrais. Que piada!

Depois, ela saiu da enfermaria diretamente.

Galdina quase desatou a saltar por motivo dessa frase dela. Felizmente, Cristina a pressionou a tempo.

Após a saída de Vicky, a atmosfera no quarto estava opressora inevitavelmente. Enfim, são pessoas que experimentaram dificuldades juntas. E agora, ninguém se sentia bem com a verdade repentinamente revelada.

Ela sacudiu a cabeça:

- Ele não quer ir ao hospital. Cada vez que eu pedi para fazer amor, ele agiu bem no início, mas sempre perdeu ímpeto no momento-chave. Não sei o porquê. Eu pensei nisso e acho que pode ser um problema psicológico. Eu não conheço bem o passado dele, de maneira que não tenho como perguntar!

Eu ponderei um pouco e disse:

- Se não tiver jeito, pode tentar perguntar a Linda, que trabalhava com o Sr.Lourenço Camargos antes e certamente sabe algo sobre Castiel. Talvez possa obter algumas informações!

Ela disse sim e adivinhou:

- Será que ele amou uma moça muito especial no passado? A moça o deixou e ele perdeu essa capacidade. Caso contrário, porque ele, um homem tão rico e bonito, não se casou até essa idade, nem tem nenhuma mulher ao seu lado?

Eu torci a boca:

- Você não é mulher?

Ela bufou:

- Eu disse no passado!

- É melhor perguntar a Linda! - Talvez seja melhor apurar isso pela raiz!

Ela voltou a falar de mim, com curiosidade:

- Pelo que está fazendo agora, você planeja continuar a relação com Guilherme?

Eu suspirei, com um sentimento complexo:

- Na verdade, não sei muito bem como fazer no seguinte. Parece que muitas coisas já não estão no meu plano. Eu afastei Guilherme porque tinha saudades das histórias passadas, com baixa auto-estima dos meus defeitos. Essas são razões que me deixaram medrosa de me aproximar dele. Mas não posso negar que eu amo ele, tenho saudades dele e dependência profunda dele. Eu sei mais claramente que ninguém me ama a tal nível, tirando ele!