O Labirinto de Amor romance Capítulo 594

Eu esfreguei o nariz e não respondi.

A resposta de Guilherme estava em destaque: "Eu te amarei de coração e alma!" e foi seguido por um emoji de flor.

Depois de ler os comentários, não achei que tinha algo de demais e fiquei um pouco intrigada com Galdina, então perguntei:

- O que há de errado?

Ela pareceu se esvaziar como uma bola furada na cama:

- O que mais pode estar errado? Só estou com inveja, é realmente super chato estar em uma relação com Castiel, ele nunca é legal, nunca é romântico, ele nem me dá presentes quando vamos às compras! Outros homens mandariam flores ou dariam joias quando se encontram com suas namoradas, mas ele apenas me encontra com as mãos vazias, fico até envergonhada por ele... Ele é um jovem senhor da família Camargos, como que pode ser tão mesquinho?

Eu sorri levemente:

- Talvez, ele não esteja sendo mesquinho, ele só não sabe que ainda precisa fazer isso em um relacionamento? O que você quer, você pode simplesmente lhe dizer.

Ela disse:

- Sabe de uma coisa? Quando uma garota quer uma coisa e precisa dizer isso em voz alta, então não terá mais significado nenhum em consegui-lo.

Eu encolhi os ombros, sem saber o que dizer. Guilherme e eu nunca namoramos de verdade, nem nunca tínhamos dado presentes um ao outro, parecia que tudo era tão brando e simples. Mas agora, uma resposta superficial dele, se tornou o objeto de inveja dos outros.

Depois de pensar sobre isso, não pude deixar de dizer:

- Galdina, na verdade, cada pessoa ama de uma forma diferente, porque as pessoas são diferentes, então nossa forma de expressão também é diferente, não podemos ser tão precipitados para decidir. Na minha opinião, são apenas dias muito comuns, mas se tornaram dias que você inveja. O mesmo, talvez aqueles dias muito comuns entre você e Castiel, também sejam objetos de minha inveja? Na verdade, o mais importante é valorizar o momento presente, certo?

Ela se debruçou na cama e suspirou de leve, pensando um pouco antes de dizer:

- Está bem, então vou ligar para ele de novo e perguntar se ele está livre!

Com isso, ela discou o número de Castiel, e em um instante, Castiel atendeu.

O som do telefone não estava muito alto, mas sem barulho no quarto, eu ainda conseguia ouvir a voz do outro lado da linha.

A voz do homem era baixa:

- Você já comeu?

Quando Galdina viu que ele finalmente atendeu o telefone, ele respondeu:

- Onde você esteve nos últimos dias? Não consigo falar com você ao telefone e não consigo vê-lo, você está tentando me matar?

O homem do outro lado da linha sorriu e disse:

- Tenho estado um pouco ocupado, não voltei ao hotel, não se preocupe, estou bem!

Galdina disse:

- Eu não estou bem, você não me vê há três dias, estou lhe dizendo, eu realmente quero vê-lo agora, se você não voltar para o hotel, você vai continuar sendo um bendito solteirão!

Estas foram obviamente palavras irracionais, mas pessoas apaixonadas parecem não ter nenhuma lógica em mente.

Castiel concordou:

- Tudo bem, eu volto imediatamente!

Galdina então se sentou num pulo da cama, olhou para a hora no celular e e disse:

- Quanto tempo é o seu imediatamente?

- Dez minutos! - a resposta dele foi precisa.

Galdina então respondeu com uma palavra:

- Ok! - e então desligou o telefone e pulou para fora da cama, indo direto para o banheiro.

Sabendo que ela estava desesperada para tomar banho e se arrumar, não pude deixar de rir.

Galdina foi muito rápida e saiu do banheiro em pouco tempo, colocou uma roupa sexy e passou uma maquiagem perolada.

Ela deu um giro na minha frente e disse:

- Que tal? Estou bem assim?

Eu assenti e olhei para ela com meus braços cruzados:

Eu a achei um pouco doentia e a puxei de volta, dizendo:

- Espere, por que você não pergunta primeiro ao médico? Linda não disse antes que ele tinha problemas psicológicos? Se você acabar usando remédio nele, ele ainda não tiver reações e ainda machucar seu corpo, você vai perder mais do que ganha, não é mesmo?

Ela provavelmente pensou que fazia um pouco de sentido e assentiu:

- Verdade, quando voltamos para a Cidade A, você me ajuda a achar um médico.

Depois de dizer isso, ela olhou para seu celular e me olhou apressadamente, dizendo:

- Ok, eu vou procurá-lo no quarto vizinho agora, falarei com você amanhã!

Ao vê-la partir com pressa, não pude deixar de suspirar, lembrando de minha situação anterior, que também parecia ser um problema psicológico que o médico não conseguia resolver, então eu só podia confiar em mim mesma.

Esse tipo de coisa, só pode confiar no próprio Castiel para lidar com isso, se ele nunca conseguir soltar aquela pedra emocional, acho que não fará muito sentido consultar um médico!

Guilherme me ligou novamente, eu cliquei para atender. Era Nana, a voz fofinha da criança dizia:

- Mamãe, você já está dormindo?

Os cantos da minha boca se curvaram e meu coração ficou feliz quando eu disse:

- Ainda não, mas eu vou dormir já, já! E você? Também tem que ir para a cama cedo para se levantar cedo, ok?

- Está bem! - ela falou, sua voz suave e melosa. - Vou para a cama depois de algumas palavras com a mamãe. Está bem assim, mamãe?

Eu acenei e não pude deixar de me deitar na cama, minhas pernas estavam praticamente inutilizadas depois de um dia inteiro de pé.

- O que você quer compartilhar com a mamãe, Nana?

- Já vi as fotos da mamãe, são lindas! E o tio Guilherme disse que quando você voltar, vamos juntos tirar um retrato em família mais bonito ainda! - a pequena era mesmo uma tagarela.

Com o celular no ouvido, eu a ouvi contando muitas coisas, respondendo com um grunhido de vez em quando. Ela falava de tudo, desde as coisas triviais em casa até a coleguinha da escola que se meteu em uma briga e acabou sendo punida pela professora.

Eu assentia com a cabeça, um sorriso pendurado nos cantos da boca, e depois de cerca de meia hora mais ou menos, a voz do outro lado da linha estava ficando cada vez mais quieta, acho que ela estava com sono.