O Labirinto de Amor romance Capítulo 602

Originalmente pensei em voltar ao hotel para tomar um bom banho e dormir, mas este era a terceira parte do projeto afinal, e eu estou no comando, então não seria apropriado se eu não aparecesse.

Então acenei com a cabeça e disse:

- Certo, tudo bem, apenas me diga o número do compartimento quando você chegar lá, eu estarei lá quando terminar o trabalho na base.

Ele assentiu e desligou o celular.

Eu estava um pouco exausta quando saí do trabalho e o telefone na minha bolsa continuava tocando, eu não sabia quem estava enviando mensagens.

Saí da base e aproveitei para ver as dezenas de notificações.

Todas elas eram de Guilherme. Não eram mensagens, mas notificações de transferências bancárias, inúmeras delas.

Eu fiz biquinho e não me importei com isso. Já que ele tinha dinheiro de sobra, o valor transferido não significava nada para ele. Ele nem pense em me fazer amolecer com dinheiro!

Castiel tinha marcado de jantar à noite, e eu estava prestes a ir de carona com o Ângelo de volta quando vi Guilherme com um terno preto na entrada da base, segurando um buquê de flor em sua mão.

Isto era até romântico, trouxe até flores para pedir desculpas.

Eu não lhe dei atenção e quando vi Ângelo sair, não pude deixar de dizer:

- Sr.Ângelo, talvez eu tenha que pegar carona contigo para voltar ao hotel.

Naturalmente ele viu Guilherme e sorriu, perguntando:

- Tiveram uma briga?

Eu sorri, um pouco envergonhada, e disse:

- É caminho?

Ele assentiu rindo.

Então o segui em direção ao carro, mas Guilherme bloqueou meu caminho, me entregou as flores e disse:

- Vim buscá-la no trabalho!

Eu não estendi a mão para recebê-lo e disse indiferentemente:

- Não precisa, eu já disse ao Sr.Ângelo que pegaria carona com ele de volta para o hotel, então não vou incomodar o Sr. Guilherme.

Depois de ter dito isso, me afastei dele diretamente.

Ele seguiu atrás de mim e disse, de certa forma impotente:

- É minha culpa pelo que aconteceu hoje, se você quer ficar brava e me castigar, tudo bem, vamos voltar para o hotel e você pode me castigar o quanto quiser, hein?

Eu parei e olhei para ele. depois estendi a mão para pegar o buquê de flores e disse:

- Pronto, tchau!

Ele estava um pouco confuso, provavelmente não esperava que eu pegasse as flores, mas não disse nada. Vendo-o congelado no lugar, não falei nada e entrei no carro de Ângelo.

Ângelo ligou o carro, olhou para Guilherme que estava ainda parado no lugar, e então olhou para mim e disse:

- Minha esposa fica zangada comigo também frequentemente, mas toda vez que eu compro um presente para ela e mando flores, ela fica melhor e me faz uma refeição com coisas que eu mais gosto.

Ao ver os cantos de sua boca levantar com um sorriso, não pude deixar de dizer:

- Sua esposa deve ser muito feliz!

Ele sorriu levemente e olhou para mim, dizendo:

- Você também é muito feliz. Olhe para o Sr. Guilherme, ele é uma grande figura, mas quando você fica brava, ele ainda se põe no chão e vem buscá-la ele mesmo, e você o ainda o largou para trás.

Eu sorri e disse:

- Isso é porque ele fez algo errado.

Ângelo riu e continuou falando:

- Um casal normal sempre está entre tapas e beijos. Minha esposa costumava ficar brava quando era mais jovem, e sempre se zangava se eu não a cumprimentasse primeiro quando chegava em casa, e eu nunca sabia o que fazer. Agora que ficou mais velha, melhorou muito, o humor também ficou bem mais estável. Se eu não volto na hora certa, ela até chora de preocupação que nem uma criança.

Peguei o meu celular e olhei de novo as notificações das transferências, depois enviei um emoji para Guilherme.

Quase ao mesmo tempo, ele me respondeu: “O que você quer comer esta noite? Vou pedir com antecedência!”

Eu digitei uma resposta: "Tenho que encontrar uma terceira parte do projeto hoje à noite, vamos comer juntos outro dia!

Ele me respondeu: "Esperarei por você no restaurante do hotel!"

Eu franzi o cenho e não respondi mais.

Na porta do hotel, estava o Guilherme de terno preto, seu rosto era bonito e elegante. Agradeci a Ângelo e saí do carro.

Eu segurei minha testa, não querendo mais falar com ele.

Quando Castiel viu isso, ele conversou com Guilherme:

- Ouvi dizer que a pessoa da terceira parte que vem hoje é o presidente deles, o Sr. Guilherme está bem mais informado do que o Grupo Camargos!

Guilherme me serviu um copo de água e sorriu levemente:

- Na verdade não, estou aqui principalmente para fazer companhia à minha mulher.

Eu...

O belo som de um piano ecoou no ar, era o celular de Guilherme tocando. Ele atendeu:

- Estou jantando no hotel, quer vir?

Ouvi a voz pouco clara ao telefone, soava um pouco como a voz de Pietro, e então me lembrei que Guilherme havia dito antes que Pietro viria à Aldeia L esta noite. Bem que eu estava estranhando que não tinha visto a grudenta da Lúcia, parece que foi por causa de Pietro ter chegado.

- Entendi! - Guilherme falou. - Eu vou te mandar o endereço!

Depois de desligar o telefone, ele enviou a localização do restaurante.

Castiel congelou, intrigado:

- Sr. Guilherme, é um amigo seu que vem aí?

Guilherme acenou:

- Bem, Pietro acabou de vir da capital para dar uma olhada por aqui, o Sr. Castiel não se importaria, certo? Eles são todos conhecidos!

Castiel riu:

- Como me importaria? Naturalmente receberemos o Sr. Pietro de bom grado.

Em poucos minutos, houve uma batida rítmica na porta do compartimento.

Caio se levantou e abriu a porta. Sem surpresa, eram Pietro e Lúcia, que entraram um após o outro, trocaram algumas palavras leves com Castiel, e depois se sentaram.

Parece que todos aqueles que não deveriam vir, vieram, mas nenhum dos terceiros apareceu ainda. Guilherme também parecia não ter intenção de esperar, e chamou diretamente o garçom para fazer o pedido.

Logo após o pedido, a porta do compartimento foi empurrada e entrou um homem de meia-idade de terno, o homem sorriu como um pedido de desculpas.