O Labirinto de Amor romance Capítulo 615

Deitada na cama do hospital, não consegui adormecer por um tempo. Esperei que o remédio terminasse e que a enfermeira tirasse a agulha antes de sair da cama e andar por aí.

Eu não sabia para onde Guilherme tinha ido, então pensei melhor ir ver Castiel. Perguntei no posto das enfermeiras e encontrei a ala de Castiel. A enfermeira que vigiava a ala sorriu levemente e me cumprimentou quando me viu.

O anestésico ainda surtia efeitos e Castiel não tinha acordado, sua cabeça tinha sido atingida e seu corpo estava coberto por uma colcha, então eu não podia ver como estavam os ferimentos, então me virei para a enfermeira e perguntei:

- Como estão seus ferimentos?

A enfermeira disse:

- O médico veio agora a pouco e disse que sua cabeça tinha sido atingida e que era incerto se ele tinha uma concussão ou não. A costela direita foi perfurada por um cabo de aço, mas a lesão não foi grave e precisa de um período de hospitalização. O resto foi tudo lesão superficial, nada demais.

Foi perfurado por um cabo de aço nas costelas. Finalmente entendi de onde o sangue em meu corpo tinha vindo.

Andei até a beira de sua cama e me sentei, atônita. Se não fosse por ele, eu teria sido trespassada por aquele cabo de aço. A vida é muito frágil, e eu ainda nem passei da metade da minha vida, ele já tinha me salvo da morte duas vezes e, desta vez, quase morri.

O coração humano é de carne, como posso dizer para eu mesma não ficar preocupada?

- Senhorita Kaira, volte a descansar, eu cuidarei do Sr. Castiel, não se preocupe! - a enfermagem olhou para mim com constrangimento.

Sacudi levemente a cabeça e disse:

- Estou bem, não conseguiria descansar mesmo que voltasse agora, então vou ficar aqui. Está tudo bem, você não precisa se preocupar comigo!

Quando ela viu que não conseguia me convencer, então parou de falar.

Deixando-me ficar ao lado de Castiel, então ela não podia mais ficar sentada aqui:

- Srta. Kaira, vou dar uma volta lá fora, me chame se precisar de alguma coisa.

Eu acenei:

- Posso perguntar o seu nome?

Ela sorriu e disse:

- Você pode simplesmente me chamar de Teresa!

Acenei com a cabeça e sorri:

- Então vou chamá-la de Sra.Teresa!

- Pode ser!

Ao vê-la partir, olhei para Castiel e me perdi no pensamento, não conseguia dizer o que sentia. Os corações eram feitos de carne e sangue, como eu poderia dizer que não fiquei emocionada?

Parece que todos estes anos eu tenho simplesmente evitado tudo. Evitando Guilherme, evitando Castiel, evitando Nathan... Parece que assim que eu descobria que eles eram bons comigo, eu começava a achar que não podia suportar esse bem deles, não podia arcar com o bem deles, e eu fugia, me escondendo bem longe.

Eu tinha medo, tentando arduamente afastar Guilherme de mim. Sempre procurei por pontos ruins nos detalhes de minha vida para provar que eles não me amavam, que estavam me importunando apenas porque eu tinha valor e algo para ser usada por eles. Eu não sabia porque eu não acreditava no amor, no fato de que alguém iria me amar genuinamente.

Mas todas as vezes, eles usam suas ações ou suas vidas para provar que me amam. Eu sou muito insegura, não sei se é o complexo de inferioridade em meus ossos que me torna assim, ou se todas as meninas são assim.

Esta noite, fiquei ao lado de Castiel. No meio da noite, Teresa também entrou e me disse para voltar e descansar, mas eu recusei, ela não teve escolha a não ser me deixar ficar.

No dia seguinte, a luz do sol caiu sobre a ala pela janela, aparentemente dando uma nova vida semelhante ao renascimento. Castiel acordou e olhou para mim, ao me ver sã e salva, disse com um sorriso aliviado:

- Estou feliz por você estar bem!

- Você esteve no hospital este tempo todo?

Ele me deu um olhar de canto e falou:

- Não só eu estava lá, mas também o Sr. Guilherme, ele esteve aqui a noite toda, e olhou no celular a noite toda.

Eu congelei por um momento e apertei meus lábios:

- Eu...

- Senhora, você está preocupada com o Sr. Castiel, o Sr. Guilherme entende, mas você não voltou para a ala a noite toda, nem voltou para a mansão. Eu acho que como um casal, não importa o quê, você deveria pelo menos ligar para o Sr. Guilherme, mesmo que seja só para relatar que está tudo bem. Mas a senhora não fez nada disso, e isso decepcionou um pouco o Sr. Guilherme!

As palavras de Caio foram como uma faca impiedosa no meu peito, jogando verdades na minha cara uma vez após a outra.

Pela janela do carro, olhei para o cenário piscante, sentindo emoções inexplicáveis no meu peito.

Ele não disse mais nada. Depois de me deixar na mansão, ele tinha algo a fazer e partiu.

Eu não tinha dormido a noite toda, e depois de ficar acordada até tarde e ter sofrido de ansiedade esse tempo todo, a dor na barriga parecia persistir, e desta vez ela foi bem forte. Chegando no quarto, eu pretendia me deitar na cama e dormir, mas por causa da dor, eu não conseguia.

Não tive escolha a não ser me levantar e olhar ao redor do quarto, mas não encontrei nada para aliviar a dor. Então acabei pedindo um delivery para trazer o remédio até a minha porta.

Depois de tomar o remédio, a dor foi aliviada e eu queria voltar a dormir, mas não conseguia mais. Olhei para a hora e vi que já eram seis da tarde, presumi que Guilherme chegaria logo em casa.

Então entrei na cozinha e olhei na geladeira. Ainda havia alguns alimentos na geladeira, então pensei em cozinhar alguns pratos e esperar que Guilherme voltasse, como um pedido de desculpas a ele.

Era outono, a temperatura da água não estava muito baixa, mas ainda estava um pouco fria. Depois de lavar e cozinhar os legumes, já eram sete horas, e ainda não tinha sinais de movimento lá fora.