O Labirinto de Amor romance Capítulo 880

Meus olhos ficaram fixos nele por alguns segundos antes de desviar o olhar.

As empregadas logo trouxeram comida e Nathan cuidou de mim enquanto eu a comia. Guilherme ficou imóvel e observava.

Meu estômago aqueceu e recuperei algumas forças antes de pegar oficialmente o bebê pela primeira vez, olhando com ganância para o rosto dela e querendo memorizar cada detalhe.

A baixa pressão durou cerca de um minuto antes que a voz de Nathan tocasse por toda a sala.

- Me culpem. Encontrei a enfermeira desaparecida e foi confirmado que ontem à noite, foi ela quem cooperou com um dos guarda- costas externos para trocar o bebê e ela fugiu para o exterior.

Depois que ele terminou, toda a sala mais uma vez caiu em silêncio. A atmosfera estava tensa e mais do que apertada.

Olhei para minha filha em meus braços e não tinha nada a dizer.

Tudo foi planejado. Mesmo se Nathan tivesse feito um bom trabalho, ele ainda seria incapaz de escapar dessas consequências.

Depois de um longo momento, eu respirei fundo, olhei para Guilherme, que estava ao longe, e disse friamente: - Onde você estava ontem à noite?

A voz de Guilherme era baixa, sem uma única subida ou descida: - O secretário que seguiu Aloísio Camargos na época guardou os documentos- chave para provar a inocência de meus pais, e alguém disse que tinha visto esse secretário em Las Vegas ... Quando você ligou, soube que Vicente teve um acidente, mas embarquei no avião.

- O homem foi encontrado? - Eu permaneci indiferente.

- Não. - Guilherme disse francamente: - Também se falou de estar em Mumbai no mês passado, e como este, foi tudo mentira.

- Hm. ...- Eu zombei, sentindo a ironia.

Eu conhecia Guilherme muito bem. Ele teria ido embora mesmo que soubesse que era falso, não teria hesitado mesmo que isso lhe custasse a vida, desde que pudesse vingar seus pais e limpar seu nome. Ele escolheu voltar primeiro quando soube do acidente de Vicente, mas então o que. Nosso filho acabou de nascer e ainda assim foi levado. Ele era tão pequeno. Será que essas pessoas poderiam cuidar dele?

Isso foi um aviso.

Rocha e os outros nunca deixaram de lado a cautela de Guilherme e queriam levar seu único filho para mantê- lo em paz e fora da ilusão de vingança. Talvez, desde que Guilherme cresceu e se tornou um poderoso gênio empresarial, eles já tinham armado sua rede e estavam esperando que nos lançássemos nela.

- Guilherme, somos muito ingênuos. O que vai fazer se encontrar seu inimigo? Eles podem se dar ao luxo de perder, mas e nós? - Eu estava perto de me quebrar, mas tive que forçar um sorriso para meu filho. Meus olhos estavam molhados de lágrimas e eu não podia mais dizer se eu estava rindo ou triste.

Guilherme ficou parado, sem dizer uma palavra. A grande figura parecia um muro sólido, ressaltando invisivelmente todas as minhas emoções de volta.

- Você vai embora. Eu mesmo vou buscar o bebê. Nunca mais se aproxime de nós.

Eu amava Guilherme, mas não tinha mais coragem de amar.

Agora eu era mais que Kaira e mais que a esposa de Guilherme. Eu era mãe de dois filhos. Podia perder tudo desde que estivessem seguros.

Estas palavras conseguiram provocar Guilherme, e quase tão logo elas foram ditas, ele saiu, sem dizer sim ou não.

Quando ele se foi, Nathan e eu ficamos no quarto, segurando o bebê.

Truz- truz...

Naquele momento, Raquel entrou.

- Verifiquei, o guarda- costas e a enfermeira deixaram o país, mas o vídeo do aeroporto não viu nenhum dos dois com o bebê. O bebê ainda deve estar no país. Entrei em contato com meus amigos no destino, assim que aterrissarem, eles tomarão o controle das pessoas e então poderemos descobrir quem levou o bebê.

A família Baptista tinha contatos em todas as áreas da Capital Imperial. Ela disse que poderia pegar as pessoas, então naturalmente não haveria problema. Eu só estava preocupada que o outro lado estivesse totalmente preparado e mesmo que eles encontrassem a pessoa, eles poderiam não conseguir descobrir nada.

Sentindo que algo não estava bem na sala, Raquel piscou o olho para Nathan e disse- lhe para se levantar. Ela se sentou em onde ele tinha acabado de estar, dando-me uma palmadinha no ombro e me tranquilizando: - A coisa mais importante para você neste momento é ficar bem. Se até você tiver problema, quem mais vai encontrar o bebê, não acha?

Minha saúde já estava ruim e, após a excitação da manhã e a possibilidade de uma recaída da depressão, eles não ficaram aliviados.

Olhando para o bebê, eu não tinha pensamentos caprichosos e acenei obedientemente de acordo: - Não se preocupe, eu cuidarei do bebê e de mim mesmo.

- Mamãe! - Nana, de repente, entrou correndo de fora, clamando para ver sua irmã.

Eu relutantemente sorri e coloquei o bebê de volta na cama, vendo Nana provocá- la cuidadosamente. Relaxei um pouco meus nervos tensos.

...

Apesar dos esforços combinados da família Baptista e da família Sanches, que procuraram o bebê no Capital Imperial, não pude ver meu filho novamente durante o mês após o parto.