O Labirinto de Amor romance Capítulo 905

A Família Baptista era poderosa e os jornalistas presentes na cerimônia de corte da fita de Raquel Baptista também eram muitos, então eu não pude ficar o tempo todo com Guilherme Aguiar, ao invés disso, eu estava mais ao lado de Raquel.

E, claro, também fiquei mais com Cícero Bernardi.

Comparando com a nossa distração, Raquel estava mais escrupulosa nisso do que nós dois. Seja um repórter ou um amigo que veio parabenizar, ela lidou facilmente com todo o processo e parecia não se importar com as fofocas privadas.

Isso me deixou mais ansiosa, eu não podia suportar vê-la sendo mantida, e eu estava preocupado se ela poderia aceitar isso.

Finalmente, quando a festa acabou, Raquel, a anfitriã, desceu com sua assistente para ver os visitantes partir, e Cícero e eu ficamos no salão de banquetes.

Vindo Raquel entrar no elevador, Cícero puxou a sua gravata, parecendo apreensivo.

- Você ligou para o povo?

Estava com zanga, incapaz de sorrir.

Cícero olhou para mim sem responder, mas a sua expressão foi ainda mais dura.

Esse tipo de atitude parecia um pouco arrogante, a minha raiva aumentou imediatamente e eu zombei:

- Eu sabia que o Dr. Cícero era um bom professor, mas não sabia que ele era tão bom em voltar atrás em sua palavra.

Cícero ainda não disse nada, o seu rosto passou para vermelho, e claro que ele estava reprimindo a sua raiva. Disse sem exageração que estava sobrecarregado.

- Raquel é a minha melhor amiga. É melhor que o Sr. Bernardi lembra o que ele disse hoje, e espero que não haja uma próxima vez.

O ódio e a humilhação trazidos por uma amante vindo à porta, pensei que apenas as pessoas que experimentaram podiam entender. Portanto, não vou deixar Raquel ser abusada por Cícero e aquela mulher.

Cícero provavelmente estava enfurecido, quando queria se iludir e as palavras chegaram a sua garganta, o elevador abriu novamente e Raquel carregou a bainha do seu vestido, saiu sem nenhuma expressão no seu rosto.

Cícero teve que reter as palavras que quase saíam da sua boca.

Abaixei a minha cabeça para evitar os olhos de Raquel, caso ela pudesse procurar algo errado.

- Do que estão falando?

Raquel estava provavelmente um pouco cansada, e de repente parecia diferente e sem um sorriso no seu rosto.

Toda a gente era assim, na superfície feliz, na verdade a vida era muito amarga.

- Nada de mais.

Cícero tomou conta e naturalmente caminhou até Raquel, pegou a sua mão e cumprimentou-a com uma saudação atenciosa:

- Foi um trabalho árduo hoje, deixe o resto para as pessoas abaixo para fazer e você volte para descansar mais cedo.

Neste momento, eu era a pessoa que era mais redundante.

Raquel puxou o canto da boca e não recusou:

- Como você quiser, leve Kaira para casa primeiro.

Com isso, os dois olharam para mim ao mesmo tempo.

Neste momento, um trio seria uma execução pública para mim, e eu preferiria chamar um táxi para voltar a casa.

- Não preciso, o motorista da Família Sanches está esperando lá fora, então vão em frente.

- Vejo você então.

Com isso, o casal caminhou em direção à entrada do elevador, de mãos dadas.

Olhando para as costas dos dois, não pude deixar de suspiro profundamente.

Como duas pessoas bem combinadas e uma família feliz poderiam caminhar separadas?

- Se verá mais tempo e vai revelar.

A voz de Guilherme me assustou e, virando-se, ele estava a menos de um metro de mim com as mãos nos bolsos. O blusão no corpo foi levantado, o terno por dentro foi desabotoado e mostrou o seu peito, tornando a figura mais forte.

- Parecia que você sabia o que eu estava pensando.

Estreitei os meus olhos para ele e fiz uma expressão de ameaça deliberadamente.

Guilherme deu-me um olhar, depois suspirou e caminhou para mim, ele friccionou levemente no topo da minha cabeça：

- A sua atuação é tão ruim, como Castiel Camargos caiu nessa.

Desviei a sua mão e olhei em volta. Se ainda houvesse repórteres e visse essa cena, não sei quantos incidentes aconteceriam.

Depois de certificar de que éramos os únicos e respondi:

- Castiel vai cair nessa, porque ele tinha medo que ele não teria nenhuma ficha para ameaçar você se eu morresse, isso não tem nada relação com a minha atuação. Espere, você acabou de dizer, expressei muito óbvia?

Olhando a luz nos seus olhos, mordi o meu lábio. Apesar da vontade de chorar se tornar mais forte, o meu coração estava quente.

Era verdade que as pessoas são diferentes. Guilherme foi realmente ridículo no início, mas ele nunca deu o passo final. E Cícero, diante de seus desejos carnais, pisou no amor até o chão.

- Podemos ir para casa agora?

Guilherme baixou um pouco mais a sua voz.

- Vá em frente, eu quero ir à casa de Raquel mais tarde.

Eu disse, reprimindo meus soluços.

- Raquel não precisa de nenhuma preocupação neste momento.

Guilherme disse:

- Vendo a sua rival aparecer na sua companhia, ela podia se conter e não atacar só por causa da cara. Você quer ir à sua casa agora, com o objetivo de ver as piadas dela?

- Eu não sou!

- Essa coisa não dependia da sua vontade mas do seu comportamento. Não estrague a sua dignidade, volte atrás, está quase na hora da sua injeção.

Olhei para Guilherme e de repente senti um mistério sobre ele,

- Pensei que você saberia mais sobre Cícero, não achei que você conhecia Raquel tão bem.

- Isso é estranho?

- Você diria que sim?

- Eu não acho estranho.

Guilherme levantou os pés até a porta do elevador e tocou botão do elevador,

- Você é a minha esposa, Raquel é a sua amiga, Cícero não é. Quem eu preciso conhecer, não preciso perguntar.

Acabou de dizer, a porta do elevador abriu. Guilherme levantou a sua mão e fez um círculo acima da cabeça, fazendo um gesto convidativo como cavaleiro,

- Por favor, Sra. Aguiar.