O Labirinto de Amor romance Capítulo 962

É provavelmente uma vantagem de ser jovem, que sempre pensa nas relações de forma ideal.

Sempre que encontre uma pessoa por quem tem um pouco de fraquinho, já faz o juramento de casamento, sem saber que a vida é longa. Na realidade, a maioria das pessoas com quem se apaixona na juventude acaba sendo apenas uma passageira na vida.

Como se não tivesse ouvido a sua retórica idealista, eu levantei a cabeça para olhar o expositor de andar e deixei o rapaz imerso nas suas imaginações encantadoras.

- Ding…

A porta do elevador se abriu. Eu carreguei as malas em direção ao quarto 302 e Casimiro me seguiu tal como uma sombra.

Quando eu abri a porta do quarto, ele também não se considerou um estranho e inclinou o corpo, pronto para entrar. Eu fechei a porta apressadamente para o impedir:

- O que quer fazer? Quer morar no mesmo quarto comigo?

Casimiro deu uma olhada esperta para dentro do quarto e descobriu que a luz não foi ligada ainda. Somente então ele recuou um passo e levantou as mãos, com um sorriso malicioso:

- Não, já que Raquel não está, não vou entrar. Se não, ela vai sentir inveja.

Que pirralho! Que lhe deu essa confiança infundada?

Após tantas experiências de amor, Raquel já tinha o coração pacificado. Se quisesse que ela ficasse ciumenta, era melhor esperar que Marte atingisse a Terra.

Eu lhe dei um olhar de sem palavras e fechei a porta diretamente, deixando o rapaz fora do quarto.

Ao mesmo tempo, a luz do quarto foi acesa imediatamente.

Deitada no sofá em pijama, Raquel estava cuidando das unhas no relaxo e parecia completamente insensível à paixão frenética desse jovem.

Eu suspirei e disse depois de trocar os chinelos:

- Não é uma solução continuar a esconder-se dessa forma. É melhor falar claramente com ele.

- Você acha que eu não quero? Eu já recusei de forma implacável, mas ele simplesmente não entendeu. Eu realmente não tenho jeito para ele. Vamos ver. - Raquel estava muito resistente a isso e abanou a mão para desviar o tópico. - Quanto à venda de caridade amanhã, que coleção você preparou?

- Coleção? - Eu fiquei confusa e parei na entrada do banheiro. - Eu não sabia.

O convite foi preparado por Guilherme, que só me avisou ontem à noite. Eu ainda não tive tempo para analisar a situação específica.

Ouvi falar sobre os leilões semelhantes, em que cada participantes doaria um item valioso voluntariamente para mostrar a bondade e todo o valor adquirido seria usado para a causa de caridade. Mas sempre haveria uma coordenação com antecedência para evitar o embaraço de turnos desfeitos.

-É viável comprar algo agora? - Eu quebrei a cabeça e só tive essa solução.

Raquel provocou a minha ansiedade mas se manteve concentrada em jogar o celular, sem se mexer nada, o que me deixou ainda mais irritada.

- Me dê uma ideia. Você conhece melhor a Nação M do que eu. Sabe onde eu posso comprar um item adequado? - Não pensei por mim própria, mas com a presença de todos os nomes fortes domésticos e estrangeiros, eu não poderia perder face do meu próprio país.

Sem levar isso a sério, Raquel mudou uma posição mais confortável:

- Porque ficou ansiosa? Eu só perguntei casualmente. Se você não preparou nada, Guilherme não iria deixar você constrangida. Tudo bem se você chegar pessoalmente. Todos os anos, a organizadora do leilão sublinha as coleções preciosas que não são vistas há anos, o que vai gerar grandes sensações. Que tal você abre uma transmissão ao vivo para mim naquele momento? Por acaso, eu investi numa empresa de novas mídias na Capital Imperial. Com essas informações da primeira mão, uma grande popularidade será garantida.

Eu me surpreendi pelo sentido comercial sagaz dela:

- Quando é que você começou a ter interesse em novas mídias? Porque é que eu não sabia?